25 fevereiro 2008

COE Itaú define principais eixos para 2008 em seminário

Previdência, Ramo, Remuneração e Saúde/Condições de Trabalho serão os principais eixos de debate entre trabalhadores e o banco Itaú em 2008. A definição dos temas pela Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE) aconteceu durante o Seminário de Planejamento 2008, realizado nos dias 19 e 20 de fevereiro, em Atibaia/SP.

De acordo com o diretor de Bancos Privados da FETEC SP, Valdir Machado, que também é diretor dos Bancários de Taubaté e Região, além dos quatro eixos principais, que conduzirão futuras negociações, também será abordado outros pontos pertinentes à categoria, como demandas referentes ao Programa AGIR e pautas pendentes de 2007.

O Seminário de Planejamento da COE/Itaú foi considerado pelos dirigentes sindicais como um dos melhores dos últimos anos. "O debate de alto nível, com participação de todas as Federações, representando os anseios dos trabalhadores do Itaú em todo o país, resultou num dos melhores encontros. Esperamos que esse entrosamento se reflita positivamente nas negociações deste ano", comenta Machado.

O dirigente da FETEC SP ressalta ainda que a reunião do Coletivo Estadual do Itaú está confirmada para o dia 12 de março, às 10h, na sede da FETEC SP.

Fonte: Michele Amorim – Fetec/SP

18 fevereiro 2008

PLR é conquista dos bancários

Com a publicação dos balanços de 2007, os bancos já começam a pagar a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados. Os primeiros a receberem foram os 65 mil bancários do Bradesco. No dia 01 de fevereiro, eles receberam dois salários a título de PLR mais o valor adicional de R$ 1.800, descontada a primeira parcela paga em novembro último.


No próximo dia 22/02, será a vez de os bancários do Itaú receberem o seu quinhão. Após negociações, a direção do Itaú aceitou pagar dois salários de PLR, mais R$ 1.800 de valor adicional e PCR (Programa Complementar de Remuneração) de R$ 1.500, descontando-se os valores creditados em 2007.


No Unibanco, o pagamento será no próximo dia 29/02. Os sindicatos cobram dois salários de PLR e o pagamento integral do valor adicional de R$ 1.800.

Conforme estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o pagamento da PLR aos bancários, assim que concluído pelo conjunto dos bancos, injetará na economia brasileira cerca de R$ 2,140 bilhões.


“O crédito vem em boa hora, pois alivia o orçamento doméstico, normalmente mais apertado em todo início de ano”, afirma Pedro Sardi, secretário geral da FETEC/CUT-SP, ao classificar a PLR, como uma importante conquista da categoria.

“Como a segunda parcela da PLR vem meses depois da assinatura da Convenção Coletiva, os bancários costumam desvinculá-la das conquistas da campanha salarial e achar que se trata de uma benesse dos bancos. Mas não é isso. A PLR vem ano-a-ano sendo aperfeiçoada por força da mobilização da categoria”, destaca Sardi.


Para se ter idéia, os bancários foram a primeira categoria a garantir, em 1995, cláusula em Convenção Coletiva Nacional, após a PLR ter sido estabelecida na Constituição Federal de 1988. No início, os bancos privados pagavam aos seus funcionários 72% do salário mais o valor fixo de R$ 200. Já nos bancos públicos, como BB e Caixa, a PLR passou a ser paga de forma linear a partir da campanha de 2003.


De lá para cá, o pagamento vêm sendo aperfeiçoado até que, na última campanha, a categoria conquistou novo avanço, com melhorias na parcela adicional. O valor foi elevado em 20%, percentual correspondente ao crescimento do lucro dos bancos no 1º semestre de 2007.

Fonte:Lucimar Cruz Beraldo - Fetec/SP

11 fevereiro 2008

Bancários na luta pela redução da jornada de trabalho

Aderindo à Campanha Unificada pela Redução da Jornada de Trabalho sem Redução de Salário, promovida pela CUT, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Taubaté e Região foi na manhã desta segunda-feira, dia 11, para a Praça Dom Epaminondas em Taubaté coletar assinaturas e mobilizar as pessoas que passam pelo local com informações sobre a campanha.

Confira aqui as fotos!

A CUT realizou o primeiro ato de rua da Campanha nesta manhã com um ato em frente ao Teatro Municipal, em São Paulo.

Para o presidente da CUT, Artur Henrique, o ato deve servir como marco de uma ampla campanha unificada com as centrais e, ao longo do tempo, o desafio será incorporar também outros atores sociais. "A redução da jornada será uma mudança significativa, que enfrentará forte oposição. Por isso a necessidade de uma frente de luta ampla", diz.

Artur destaca que os sindicatos cutistas devem divulgar a campanha e conquistar apoio em suas bases, na vizinhança, nas cidades e regiões. "A capacidade de mobilização da CUT é muito grande, é um diferencial. Vamos encarar essa campanha como uma oportunidade de resgatar aquele trabalho militante que tanto conhecemos", convoca.

A prioridade das centrais neste início de campanha é a coleta de assinaturas para o abaixo-assinado de apoio à emenda constitucional 393/01. O objetivo da CUT é coletar pelo menos 1 milhão de assinaturas.

Clique aqui para baixar os formulários do abaixo-assinado.

A partir do ato inicial desta segunda-feira, o desafio da CUT será organizar mais e mais atos em diversas regiões. No dia 13, a CUT vai realizar uma grande mobilização diante do Congresso Nacional, em Brasília, somando a bandeira da redução da jornada ao ato de entrega das Convenções 151 e 158 para ratificação.

Mais empregos
A redução da jornada, além de melhorar a saúde e a qualidade de vida do trabalhador, vai possibilitar a abertura de novas vagas, principalmente se houver uma limitação ao abuso de horas extras. Pelos cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos), "a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais teria o impacto potencial de gerar em torno de 2.252.600 novos postos de trabalho no país".

O cálculo considera que: O Brasil tinha 22.526.000 pessoas com contrato de 44 horas de trabalho, em 2005, segundo dados da Relação Anual das Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego; Diminuindo quatro horas de trabalho semanais de cada uma delas, cria-se a possibilidade de gerar 2.252.600 novos postos de trabalho; A conta a ser realizada é ¨ (22.526.000 x 4) : 40 = 2.252.600".

"É claro que para potencializar a geração de novos postos de trabalho, a redução da Jornada de Trabalho deve vir acompanhada de medidas como o fim das horas extras e uma nova regulamentação do banco de horas", esclarece o Dieese. Desta forma, "se impediria as empresas de compensar os efeitos de uma jornada menor de outra forma que não com a contratação de novos trabalhadores. Esse conjunto de medidas é necessário porque a contratação de novos trabalhadores tem sido, em geral, a última alternativa utilizada pelos empresários, com a adoção de outros métodos que acabam por impedir a geração de empregos".

Conforme o Dieese, o que existe hoje é uma realidade de extremos: "De um lado, muitos estão desempregados e, de outro, grande número de pessoas trabalha cada vez mais, realizando horas extras e de forma muito mais intensa devido às inovações tecnológicas e organizacionais e à flexibilização do tempo de trabalho". Desta forma, "o desemprego de muitos e as longas e intensas jornadas de trabalho de outros têm como conseqüência diversos problemas relacionados à saúde como, por exemplo, estresse, depressão, lesões por esforço repetitivo (LER). Aumentam também as dificuldades para o convívio familiar, que tanto podem ter como causa a falta de tempo para a família, como sua desestruturação em virtude do desemprego de seus membros".

Assim, "se, do ponto de vista social, fica evidente a necessidade da Redução da Jornada de Trabalho, também é sabido que a economia brasileira hoje apresenta condições favoráveis para essa redução uma vez que: a produtividade do trabalho mais que dobrou nos anos 90; o custo com salários é um dos mais baixos no mundo; o peso dos salários no custo total de produção é baixo; o processo de flexibilização da legislação trabalhista, ocorrido ao longo da década de 90, intensificou, significativamente, o ritmo do trabalho".

Ao longo da história, esclarece o Dieese, a luta pela redução do tempo dedicado ao trabalho teve diversos focos. "Num primeiro momento foi uma luta pela sobrevivência. Depois, durante um longo período, o objetivo era mais tempo livre, ou seja, a conquista de uma vida melhor. Hoje a redução da jornada de trabalho tem como objetivo a luta contra o desemprego, o que significa um retrocesso em termos históricos, porque se volta à luta pela sobrevivência. Na década de 90 do século XX, no Brasil, e em quase todo o mundo, a flexibilização e desregulamentação dos direitos dos trabalhadores levaram à deterioração crescente e contínua do mercado e das condições de trabalho".

Os sinais mais evidentes deste processo foram: "o aumento do desemprego e da informalidade; a queda da remuneração; o aumento do número de estágios; a crescente terceirização, entre vários outros. Estes fatos trazem a necessidade de um esforço em direção à mudança".

"No Brasil, a taxa de desemprego - ainda que atualmente esteja em queda - tem níveis elevados desde a década passada. Quanto aos salários, a situação não é muito melhor", demonstram os estudos do Dieese, lembrando que "os rendimentos, que sofreram forte redução na década de 90, apresentam apenas uma recuperação tímida nos últimos anos. No caso das mulheres e dos jovens, a situação é mais grave ainda, pois as taxas de desemprego para estes grupos são bem superiores à média em todas as regiões pesquisadas".

Mais informações sobre a campanha:

www.cut.org.br

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Fonte: Contraf-CUT, com informações da CUT

Auxílio-educação: Bancários definem estratégias para pressionar o Bradesco

Os bancários do Bradesco definem essa semana os primeiros passos para a campanha pelo auxílio-educação. A Comissão de Organização dos Empregados (COE) reúne-se na terça-feira, dia 12, na Contraf-CUT, para discutir a melhor forma de mobilização para pressionar o banco a conceder o benefício aos seus trabalhadores. Atualmente, o Bradesco é o único entre os oito maiores bancos que atuam no país que não paga bolsa de estudos para seus funcionários.

Na última rodada de negociações, realizada no dia 28 passado, o Bradesco mais uma vez frustrou seus empregados e se negou a pagar o auxílio-educação. "No mesmo dia em que o banco mais uma vez negou nossa reivindicação, o Bradesco divulgou seu balanço de 2007 com um lucro recorde de R$ 8 bilhões, 58,8% a mais que em 2006. Como uma empresa que lucra R$ 8 bi se nega a pagar uma ajuda de custo para seus funcionários estudarem? Investir no trabalhador é investir na própria empresa, mas ao negar isso, o Bradesco mostra que seu único interesse é ganhar dinheiro sacrificando seus empregados", destaca Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT e funcionário do banco.

Vagner afirma que a Contraf-CUT vai investir pesado na mobilização dos bancários neste primeiro semestre para arrancar o auxílio-educação no Bradesco. "Não podemos aceitar que o maior banco privado do país seja o único que a não oferecer bolsas de estudo aos seus empregados. Na próxima semana, a COE vai definir os primeiros passos para intensificarmos a Campanha pela Valorização dos Funcionários do Bradesco. Todos os sindicatos da Contraf-CUT devem esquentar a mobilização, com visitas constantes às agências para discutir a situação com os bancários", ressalta Vagner.

Clique aqui para baixar o boletim da Campanha, em formato PDF .

"O auxílio-educação é uma antiga reivindicação dos bancários e nos últimos anos intensificamos a campanha pelo benefício, o que nos levou à vitória em praticamente todos os bancos. Só no ano passado, conquistamos as bolsas de estudo no Itaú, Santander e no Unibanco. ABN, HSBC, Safra, Banco do Brasil e Caixa Federal já pagavam o benefício. Agora só falta o Bradesco e vamos concentrar nossas forças neste primeiro semestre para arrancarmos mais esta conquista", comenta Carlindo Dias, o Abelha, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

07 fevereiro 2008

Auxílio-educação: confira aqui prazos e valores das bolsas

Os bancários conquistaram em mesas de negociações permanentes o auxílio-educação no Itaú, Santander, Unibanco, ABN/Real, HSBC, Banco do Brasil e Safra. Dos oito maiores bancos que atuam no país, somente o Bradesco se nega a pagar as bolsas de estudo. Os bancários vão intensificar a campanha contra o Bradesco como forma de pressão (leia mais aqui).

Confira abaixo os bancos em que as inscrições para o auxílio-educação encontram-se abertas:

Caixa Econômica Federal
Prazo de inscrição: até 8 fevereiro
Valor: até R$ 350 para graduação, pós-graduação e cursos de idiomas.
Mais informações aqui .

ABN/Real
Prazo de inscrição: até 29 de fevereiro para os bancários que já possuem bolsa e de 3 a 14 de março para quem entrar com o pedido pela primeira vez.
Valor: 50% do valor da mensalidade para graduação e pós, sem teto, mas os cursos têm que estar relacionados à área de negócios da organização e também à função do bancário.
Mais informações aqui .

Itaú
Prazo de inscrição: até 29 de fevereiro.
Valor: 50% da mensalidade limitado ao máximo de R$ 320, só para a primeira graduação.
Mais informações aqui .

Safra
Prazo de inscrição: até o dia 29 de fevereiro.
Valor: são 275 bolsas de até 50% para cursos de graduação que tenham relação com as atividades do bancário, sem teto. O bancário precisa ter no mínimo um ano de banco.
Mais informações aqui .

HSBC
Prazos de inscrição: os bancários que precisam renovar sua bolsa têm até o dia 5 de março. Para inscrições de novas bolsas o prazo é de 10 de março a 4 de abril.
Valor: A ajuda é de 50% do valor da mensalidade limitado a R$ 292,50. O auxílio é válido para trabalhadores com pelo menos um ano de casa e os cursos devem ter relação com as atividades do mercado financeiro.
Mais informações aqui.

Fonte: Contraf-CUT