Independentemente dos reflexos da crise financeira, o ano de 2009 continuou a trazer excelentes resultados para o Itaú Unibanco. No período, a holding acumulou lucro líquido de R$ 10,066 bilhões, o que representa um crescimento de 29%. Nos 12 meses antecedentes, a cifra foi de R$ 7,803 bilhões.
Conforme balanço divulgado pela empresa, o lucro recorrente em 2009 foi de R$ 10,5 bilhões. A carteira de crédito se encontrava em R$ 278,4 bilhões no fim de dezembro do ano passado, incluindo avais e fianças. Isto representa crescimento de 2,4% no confronto com o resultado em 31 de dezembro de 2008.
No quarto trimestre de 2009, o lucro líquido foi de R$ 3,213 bilhões, excedendo o R$ 1,871 bilhão somados nos mesmos três meses de um ano antes. O ganho recorrente ficou em R$ 2,813 bilhões, maior do que os R$ 2,339 bilhões do trimestre final de 2008.
Entre julho e setembro de 2009, o lucro líquido se situou em R$ 2,268 bilhões e o lucro recorrente, em R$ 2,687 bilhões.
O saldo da carteira de empréstimos e financiamentos do Itaú Unibanco, incluindo as operações de avais e fianças, chegou a R$ 278,382 bilhões em 31 de dezembro do ano passado, uma expansão de 3,6% no comparativo com o terceiro trimestre. "As operações de varejo cresceram 5,7%, no trimestre, e 14,0% no ano, em função da retomada econômica que caracterizou o período", informa o banco.
“O crescimento do lucro do Itaú Unibanco já era aguardado se levarmos em conta todo o empenho no trabalho prestado pelos bancários durante o período”, afirma Valdir Machado de Oliveira, diretor de Bancos Privados da FETEC/CUT-SP e funcionário do Itaú Unibanco de Taubaté.
Para o dirigente, diante do montante, o banco tem de reconhecer os esforços de seus funcionários pagando a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) integral conforme prevista na Convenção Coletiva da categoria mais a PCR (Participação Complementar nos Resultados) com a devida evolução. “No ano passado, o banco pagou R$ 1.800,00 de PCR. Agora com o lucro ainda maior, ele pode pagar mais sem qualquer desconto da PLR. O Bradesco, cujo lucro não atingiu tamanha cifra, está pagando a PLR cheia”, exemplifica Oliveira.
O dirigente da FETEC SP lembra ainda que, no ano passado, tanto o Bradesco como o Itaú Unibanco desembolsaram bônus milionários aos seus executivos. No Bradesco, foram depositados R$ 250 milhões na conta de 150 executivos. No Itaú Unibanco, a bolada destinada ao alto escalão foi de R$ 272 milhões. “A discrepância com a política de remuneração é tamanha e só reforça a necessidade de melhor remunerar os principais responsáveis pelos lucros astronômicos dos bancos, ou seja os bancários”, finaliza Oliveira.
Fonte: Lucimar Cruz Beraldo - Fetec/SP, com informações Valor On Line