31 outubro 2007

Bancários pressionam e Itaú se compromete a reavaliar aditivo

Depois da pressão dos bancários, o Itaú se comprometeu nesta terça-feira, dia 30, a reavaliar juridicamente o termo aditivo que impôs unilateralmente aos funcionários. Em negociação com a Contraf-CUT, o banco afirmou que vai rever o documento classificado pelos bancários como inaceitável e ditatorial.

"A negociação desta terça foi dura e criticamos fortemente o acordo aditivo que o Itaú colocou no Portal de Recursos Humanos. Não houve qualquer discussão sobre este termo com o movimento sindical, até porque jamais concordaríamos com o monitoramento da conta corrente dos funcionários", afirma Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do Itaú.

Depois de muita discussão, o Itaú aceitou rever o termo. "Mas se houver qualquer tipo de pressão, os bancários devem denunciar. E nenhum funcionário do Itaú deve assinar este acordo, que permite uma medida tão arbitrária", ressalta Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do Seeb SP

Santander: Negociação tem calendário confirmado

Está definido o calendário de negociação específica do Santander. Integrantes da Comissão de Empresa dos Trabalhadores do Santander (COE) e representantes do banco se reúnem nos próximos dias 06, 09 e 14 de novembro para discutir, respectivamente, cláusulas renováveis, cláusulas que precisam de alterações na redação e cláusulas novas.


A pauta aditiva dos bancários foi definida durante a 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, em julho, e retomada no Congresso dos Funcionários do Santander Banespa, em agosto. Quatro eixos destacam-se como as principais reivindicações dos funcionários do banco, sendo elas: necessidade de melhorar a implantação do PCS, participação dos funcionários na gestão e melhoria dos serviços prestados pelo plano de saúde, aprofundamento das discussões relacionadas ao fundo de pensão e fim das metas abusivas.


Conforme o diretor-executivo da FETEC/CUT-SP, Sérgio Godinho, espera-se que os dois primeiros encontros sejam tranqüilos, pois não haverá grandes alterações no Acordo Aditivo já existente. “No dia 06, trataremos das cláusulas renováveis e, no dia 09, faremos alterações na redação de claúsulas já contempladas”, explica.


O grande debate segue, então, para o dia 14, quando os trabalhadores e representantes dos bancos discutem cláusulas novas, com destaque para Auxílio Educacional, Garantias contra a Dispensa Imotivada, Grupo de Trabalho para Criação de Plano de Cargos e Salários (PCS) e Assédio Moral/Violência Organizacional.


“Esperamos que o diálogo e o bom senso prevaleçam e os trabalhadores sejam reconhecidos pelo trabalho que prestam, por meio de novas cláusulas aditivas à Convenção Coletiva”, diz o dirigente da FETEC/CUT-SP.


Godinho ressalta ainda que em se tratando de Assédio Moral/Violência Organizacional a categoria conquistou avanços durante a Campanha Nacional deste ano. “Será criado um Programa de Prevenção e Combate ao Assédio Moral que contemplará todos os trabalhadores do ramo financeiro, por meio de um Canal de Denúncia”, lembra. Godinho acrescenta que sobre o tema resta a COE definir junto ao banco como será a melhor forma de implementar o programa no Grupo.


C.O.E - Em razão das negociações que estão marcadas com o banco para tratar da pauta aditiva, os membros da Comissão de Empresa dos Trabalhadores do Santander (COE) estarão se reunindo na próxima segunda-feira, dia 05 de novembro, às 14 horas, na sede da Contraf-Cut, para discutir estratégias e organização para as rodadas de negociação.


“É muito importante a participação dos sindicatos nas discussões que antecedem as rodadas de negociação, para que o discurso dos representantes dos trabalhadores esteja em sintonia com os anseios dos bancários do Santander”, finaliza Godinho.

Fonte: Michele Amorim (Fetec/SP)

27 outubro 2007

Sindicato orienta funcionário do Itaú não assinar aditivo

Banco que ter acesso às contas dos funcionários; reunião com a direção discutirá o assunto

O Sindicato recebeu denúncias de que o banco Itaú está solicitando aos funcionários a assinatura eletrônica de um termo aditivo no Portal de Recursos Humanos do banco.

Entre as normas do aditivo está uma autorização para que a empresa possa ter acesso à conta bancária do funcionário. O trabalhador assina estar ciente que receberá punições cabíveis em casos de descumprimento de qualquer dos termos mencionados no aditivo.

"O Sindicato orienta que o bancário não assine o termo por enquanto. Vamos nos reunir para retirar do aditivo a decisão sobre as contas bancárias, que vai contra a lei. Dia 30 haverá reunião da Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE) e este assunto será discutido com a direção do banco.

Fonte: Gisele Coutinho - www.spbancarios.com.br

24 outubro 2007

Bancos começam a pagar a Participação nos Lucro e Resultados

Um dia depois da assinatura da Convenção Coletiva que garante o pagamento da Participação nos Lucro e Resultados, os bancos começaram a divulgar a data em que deposita a primeira parcela do benefício. Segundo o acordo, as empresas têm o dia 26 para fazer os créditos. A Contraf-CUT continua pressionando para que os bancos façam o pagamento o quanto antes.

A PLR deste ano é de 80% do salário mais valor fixo de R$ 878 na regra básica (teto de R$ 5.826). Os bancos que ao calcularem a distribuição da PLR não atingirem 5% do lucro líquido devem aumentar esse valor até chegar a dois salários, com teto de R$ 11.652. A este montante será acrescido adicional à PLR de até R$ 1.800, dependendo do crescimento do lucro de cada banco. Sobre essa parcela adicional não haverá desconto de programas próprios de remuneração.

Confira abaixo os bancos que já divulgaram a data do pagamento:

Banco do Brasil - pagou no dia 11
Santander - pagou nesta sexta, dia 19
Caixa Econômica Federal - dia 22
Real/ABN Amro - dia 25
Nossa Caixa - dia 25
Safra - dia 25
Itaú - até o dia 26
Unibanco - até o dia 26
Bradesco - até o dia 26

Fonte: Contraf-CUT

Contraf-CUT e Banco do Brasil assinam acordo aditivo

A Contraf-CUT e o Banco do Brasil assinaram nesta segunda-feira, dia 22, o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho, com as cláusulas específicas do funcionalismo. Entre outras conquistas, o acordo prevê a correção do Plano de Cargos e Salários (PCS) e vários itens de isonomia entre os bancários contratados antes e depois de 1998.

"A assinatura do acordo aditivo com o Banco do Brasil fecha uma campanha salarial em que os trabalhadores saíram vitoriosos, com aumento real de salários, melhor participação nos lucros e resultados e uma nova conquista, a 13ª cesta-alimentação. Para os funcionários do BB, garantimos várias reivindicações específicas numa campanha em que os bancários apostaram no processo de negociação, com um novo modelo que rendeu frutos", destaca Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Uma das principais conquistas do acordo aditivo é a melhora significativa que ocorreu no Plano de Cargos e Salários. Com a incorporação dos R$ 33 para o E1 e VP-020 e mais o reajuste de 6%, o PCS do Banco do Brasil teve uma correção de 10,08% em todos os níveis, contra inflação do período de 4,82%. Essa correção também melhorou o VCP (Vencimento de Caráter Pessoal). A diferença entre cada interstício ficou em 3%.

Os bancários também garantiram, pelo quinto ano consecutivo, avanços na isonomia entre novos e antigos. Este ano, a igualdade foi atingida para o adiantamento de férias para ser pago em até dez vezes, na universalização dos direitos de adiantamento salarial para cobrir a cobrança de consignações em atraso, e na devolução das vantagens por desistência de remoção parcelada em dez vezes.

As negociações específicas com o BB também mantiveram para os funcionários a melhor Participação nos Lucros e Resultados do sistema financeiro. O acordo sobre o tema foi assinado na semana retrasada, quando o banco creditou a primeira parcela do benefício.

Fonte: Contraf-CUT

19 outubro 2007

Comando Nacional assina acordo aditivo de PLR e do valor adicional

O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) assinaram nesta quinta, dia 18, acordo aditivo à Convenção Coletiva Nacional para a distribuição da Participação nos Lucros e Resultados e para o valor adicional.

O acordo garante o pagamento de PLR composta por 80% do salário mais valor fixo de R$ 878 na regra básica (teto de R$ 5.826). Os bancos que ao calcularem a distribuição da PLR não atingirem 5% do lucro líquido, devem majorar o valor até chegar a dois salários, com teto de R$ 11.652. A este montante será acrescido adicional à PLR de até R$ 1.800, dependendo do crescimento do lucro de cada banco, pago acima da regra da PLR e sem desconto de programas próprios de remuneração.

Pelo acordo, os bancários terão pagamento antecipado de 50% da PLR (40% do salário mais R$ 439) e de seu adicional com valor de até R$ 900. A outra metade será paga até março de 2008.

Os bancários do Santander recebem o adiantamento de 50% da PLR e de seu adicional nesta sexta, dia 19. A Nossa Caixa credita no dia 25 de outubro. O Itaú, Unibanco e Bradesco fazem o pagamento até o dia 26 de outubro. O Safra credita 50% do valor adicional no dia 25. As demais instituições financeiras ainda não comunicaram a data do crédito.

Entenda o debate - A Convenção Coletiva de Trabalho, que garante o reajuste de 6% nos salários, pisos e verbas, 13ª cesta-alimentação, além das cláusulas sociais, de segurança e de condições de trabalho foi assinado no dia 11 de outubro.

Já o acordo da PLR, por força de legislação, é feito separadamente. Historicamente, desde que foi conquistada em 1995, as assinaturas ocorriam na mesma data. Neste ano, no entanto, ocorreram problemas de redação que adiaram a assinatura para essa semana.

17 outubro 2007

Bancários assinam acordos aditivo e de PLR com a Caixa nesta quarta

A Contraf-CUT e a Caixa Econômica Federal assinam nesta quarta-feira, dia 17, o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho e o acordo de PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A solenidade está marcada para 18h, no Edifício Matriz da Caixa, em Brasília.

O acordo aditivo prevê, entre outros benefícios, uma PLR de R$ 4.100 para os empregados sem cargo de comissão e de R$ 4.362,84 para os comissionados. O pagamento da primeira parcela, equivalente a 60% do total, será feito no dia 20 de outubro. A segunda parcela será paga em março de 2008, com acréscimo de R$ 600 desde que a variação do lucro anual da Caixa seja superior a 15% em 2007.

Outro compromisso assumido pela Caixa no acordo aditivo é a discussão da isonomia no Plano de Cargos e Salários, PCS, com a unificação das tabelas. Foi acertado um cronograma de implantação do novo Plano até julho de 2008, com início das negociações 30 dias após a assinatura do aditivo.

O acordo ainda prevê o parcelamento do adiantamento de férias em 10 vezes, a aplicação da menor taxa de juros existente para os empréstimos em consignação e garantia do direito de permanecer no Saúde Caixa ao empregado que tenha se aposentado pela Previdência oficial em efetivo exercício no banco.

Outro ponto importante foi a garantia de contratação de mais 3.000 empregados até dezembro e a abertura de concurso público nacional para formação de banco de candidatos. Há, ainda, o compromisso de conceder 4.100 bolsas de incentivo para graduação em 2008, outras 4.000 bolsas para cursos de idiomas no valor de R$ 1200 ao ano por empregado, de pagar tíquetes para os novos empregados no mês da contratação, pagar o auxílio-creche a partir do 1º mês de nascimento do filho (hoje é a partir do 3º), incluir os aposentados do PMPP na Funcef, reabrir o saldamento do REG/Replan até 31/12/2007 e converter até 30 dias de licença-prêmio e Apip em espécie.

Fonte: Contraf-CUT

15 outubro 2007

Bancários assinam acordo com Fenaban e com a direção do BB

O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban assinaram na tarde de quinta-feira, dia 11, a Convenção Coletiva de Trabalho 2007/2008. Depois de dois meses de negociações, patrões e empregados chegaram ao acordo, que prevê, entre outras conquistas, 6% de reajuste salarial. O acordo aditivo com questões específicas também foi assinado com a direção do Banco do Brasil no dia 11. O acordo com a CEF deve ser assinado ainda essa semana.

Principais conquistas da Convenção Coletiva

Reajuste de salários e benefícios
6% (inflação de 4,82%)

13ª cesta-alimentação
R$ 252,36 (incorporada a partir de agora na Convenção Coletiva)

Participação nos Lucros e Resultados
80% do salário, mais valor fixo de R$ 878 (teto de R$ 5.826)
Caso o valor distribuído com a PLR não atinja 5% do lucro líquido, os bancos devem aumentar o limite até chegar a dois salários ou o teto de R$ 11.652.

Parcela adicional de 8% da variação do lucro líquido de 2006 para 2007 dividido pelo número de empregados (teto de R$ 1.800). Quando a variação do lucro líquido de 2007 para 2006 for maior que 15%, os bancos pagarão no mínimo R$ 1.200.

Fonte: Contraf-CUT

11 outubro 2007

Santander atende reivindicação e antecipa PLR

Os funcionários do Santander receberão no pagamento do dia 19, a Participação nos Lucros e Resultados de 40% do salário mais metade do valor fixo – que é de R$ 439 – e 50% do adicional da PLR, além do reajuste salarial de 6%, retroativo a setembro. Os bancários recebem também as verbas de natureza salarial como vale-alimentação, vale refeição e auxílio-creche/babá, já reajustados, além da 13ª cesta-alimentação.

De acordo com cálculos do Sindicato, as diferenças de algumas verbas a receber neste mês são: auxílio-refeição, R$ 36,67; cesta-alimentação, R$ 28,57; e no auxílio-creche/babá, R$ 10,27.

Pelo acordo com a Fenaban, os bancários têm até 10 dias para receber a PLR e a parcela adicional, após assinatura do acordo que acontece neste dia 11. Já o reajuste salarial e demais verbas, pela convenção deveria ser pago até novembro. “O Sindicato cobrou e a direção do banco atendeu. Essa antecipação valoriza o processo de negociação entre a empresa e os trabalhadores", afirma a funcionária do Santander e diretora do Sindicato Rita Berlofa.

10 outubro 2007

Governo Serra ignora pareceres e libera contratos sem licitação

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo ignorou sete pareceres de técnicos da própria instituição e aprovou por unanimidade um contrato de R$ 671 milhões, sem licitação, firmado entre a Nossa Caixa e a Asbace – associação de bancos estatais investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.


A decisão do TCE, a quem cabe fiscalizar atos do Executivo e de empresas públicas, serviu de esteira para que outros quatro contratos da estatal com a Asbace fossem celebrados na seqüência, todos sem licitação.

Sem infra-estrutura para a execução dos serviços, a associação subcontratou empresas, em acordos que não são submetidos ao tribunal de contas.

A Asbace está sob suspeição desde junho, quando a polícia e a Promotoria do Distrito Federal deflagraram a Operação Aquarela, que prendeu o ex-presidente da associação e do BRB (banco estatal de Brasília) Tarcísio Moura e o ex-secretário-geral e principal homem da entidade, Juarez Cançado.


Foi apontado um rombo de R$ 50 milhões dos cofres do BRB. Para a polícia, há “fortes indícios” de que o desvio se repetiu na Nossa Caixa.

Em São Paulo
Em 2003, a Nossa Caixa contratou a Asbace para que a associação cuidasse da instalação de redes de auto-atendimento (caixas eletrônicos) em todo o Estado. O acordo foi fechado por R$ 671 milhões e tem validade até outubro de 2008.


Para justificar a contratação direta num valor tão alto, a Nossa Caixa se baseou no inciso XIII, do artigo 24 da lei nº 8.666/93, que prevê a dispensa de licitação se a contratada não tiver fins lucrativos, gozar de inquestionável reputação ético-profissional e for voltada ao ensino, à pesquisa ou ao desenvolvimento institucional.
Esse argumento não foi acolhido por técnicos do TCE, que estudam a legalidade de um contrato antes de o caso ser submetido à avaliação final dos conselheiros do tribunal.

Vaivém
O primeiro técnico a opinar foi Alan Roberto Hoffmeier. Para ele, sem pesquisa de mercado, não era possível garantir o caráter econômico do acordo.

O processo voltou à Nossa Caixa, que reafirmou que a Asbace era a mais recomendada para a execução do serviço.

De volta ao TCE, o contrato passou por mais quatro técnicos. Todos opinaram pela irregularidade do documento.

Mais uma vez chamada a se explicar, a Nossa Caixa manteve o mesmo argumento.
No tribunal de contas, o acordo novamente foi rejeitado, desta vez, em dois pareceres.

O processo seguiu, então, para três técnicos do tribunal que ainda não haviam examinado o contrato. Eles se manifestaram pela regularidade.

O último a opinar foi Cláudio Plaschinsky, que substituiu o diretor-geral Sérgio Ciquera Rossi -que já havia dito que os argumentos do banco “careciam de comprovação efetiva”.

Segundo o TCE, Rossi não votou pois “estava de férias ou dando palestras no interior”.

No plenário do tribunal, o conselheiro e relator Eduardo Bittencourt acolheu os argumentos da Nossa Caixa e considerou legal a dispensa de licitação. Os colegas Edgard Rodrigues e Cláudio Ferraz de Alvarenga acompanharam o voto do relator. A partir daí, os demais contratos também foram feitos sem concorrência pública.

Subcontratos
Após fechar contrato com a Nossa Caixa, a Asbace, que não tem fins lucrativos, subcontratou a ATP Tecnologia e Produtos, que tem fins lucrativos e pertence à própria associação.

A ATP, por sua vez, subcontratou a ONG Caminhar, cujos funcionários relataram à polícia terem prestado serviços fictícios à Nossa Caixa.

Para o promotor Eduardo Rheingantz, a Nossa Caixa não poderia ter dispensado a licitação. O fato de a Asbace subcontratar empresas para a execução de serviços, diz, mostra que ela não é especializada.

“Não tenho dúvida de que a licitação deveria ter ocorrido. A minha investigação é para apurar se a dispensa foi por equívoco ou por má-fé e também se houve prejuízo ao erário, pois o Estado de São Paulo é o acionista majoritário da Nossa Caixa”.


Para o líder do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, Simão Pedro, houve uma “tremenda forçação de barra” no TCE para que os contratos fossem aprovados sem licitação.


“É de extrema gravidade ver o TCE, a despeito da opinião de vários técnicos que desaconselharam o contrato, aprovar a dispensa de licitação. Não estamos falando de R$ 10 mil para uma situação de emergência. São R$ 671 milhões para a instalação de caixas eletrônicos, que não tem nada de urgente”.

Fonte: Folha de S.Paulo

09 outubro 2007

Trabalhadores encerram greve da Caixa Federal depois de sete dias

Os bancários da Caixa Econômica Federal demonstraram durante sete dias sua garra e disposição para a luta. E quando corriam o risco de ver tudo ser colocado em risco pela postura antidemocrática da direção do banco, viraram a mesa e conseguiram arrancar uma nova proposta que foi aprovada em assembléia nesta terça-feira em Taubaté, acabando assim com a greve.

Confira a galeria de fotos da Greve em Taubaté e Região.

Foi uma lição de mobilização. No dia 3, os empregados da Caixa, por falta de avanço nas questões específicas, decidiram em assembléia rejeitar a proposta aceita pelos trabalhadores dos bancos privados, da Nossa Caixa e do Banco do Brasil. Desde então, construíram uma greve que cresceu a cada dia.

A direção da Caixa demonstrou pouca habilidade e optou pela pior possibilidade, o ajuizamento de dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Mais uma vez os bancários deram o exemplo. Recorreram a parlamentares e ministros em Brasília, destacando o risco da medida para os trabalhadores e a sociedade. Uma nova negociação foi marcada e avançou durante toda a noite de segunda e a madrugada desta terça. A Caixa solicitou a suspensão da audiência no TST, aguardando a decisão das assembléias.

A proposta aceita (veja abaixo) representa avanços. Menores do que os trabalhadores mereciam, mas infinitamente maiores do que a direção da empresa pretendia conceder. O banco preferiu, por exemplo, alterar a forma de distribuição da PLR – prejudicando uma parcela dos bancários – do que aumentar o montante a ser distribuído.

Toda essa mobilização não termina com o fim da campanha. As conquistas precisam ser aprimoradas, consolidadas. O Sindicato e os delegados sindicais da Caixa têm encontros permanentes marcados para fiscalizar a aplicação da proposta e buscar novas conquistas. Cada decisão será partilhada com o valoroso time de trabalhadores que nessa Campanha Nacional 2007 deu a todos uma lição de cidadania.

Veja a seguir todos os detalhes da proposta aprovada em assembléia:

Índice de reajuste - 6% para salários e demais verbas

PLR

>>R$ 4.100,00 aos empregados não-comissionados
>>R$ 4.362,84 aos empregados comissionados

O pagamento será feito 60% até dez dias após a assinatura do acordo e 40% até março de 2008. Se o banco tiver crescimento do lucro superior a 15% em comparação a 2006, serão acrescidos R$ 600 que também serão pagos até março de 2008

13ª cesta-alimentação - incorporada ao contrato de trabalho de R$ 252,60

Adiantamento de férias - Parcelamento passa de 5 para 10 meses sem juros

Plano de Cargos e Salários - Construção de diretrizes e premissas do novo PCS em 30 dias após a assinatura do acordo. Apresentação da proposta de novo PCS até 30 de abril de 2008. Implantação até 1º de julho de 2008

Unificação das carreiras - Todos os empregados da carreira administrativa passam a ter um único Plano de Cargos Salários. Além disso, as atuais vantagens pessoais (VP) dos escriturários passam a integrar a tabela do PCS, o que traz mais segurança na carreira funcional do empregado

Incorporação - Os R$ 30 (correspondentes à campanha de 2004) serão incorporados no Plano de Cargos e Salários, realinhando a curva salarial numa nova tabela. A forma de ascensão será por antigüidade e merecimento e os critérios serão apresentados até 30 de abril de 2008

Emprego - Contratação de mais 3 mil empregados até dezembro deste ano e realização de concurso público em março de 2008

Taxa de juro - Os bancários da Caixa terão direito à menor taxa de juro de consignação nominal

Internet - Em até 30 dias após a assinatura do acordo devem ser apresentadas pela Comissão de Funcionários propostas de alterações para facilitar a utilização da internet

Saúde Caixa - Fica garantido aos empregados em efetivo exercício na Caixa e que venham a se aposentar pela Previdência Social o plano de Saúde Caixa

Licença Prêmio Apip - Conversão de até 30 dias da licença-prêmio - para aqueles que já têm este direito - mais a Apip (ausência permitida para tratar de interesses particulares) em espécie

Bolsas - Ampliação da bolsa de incentivo à graduação para 4.100 vagas

Idiomas - Bolsa para cursos de idiomas – inglês, espanhol e japonês – de até R$ 1.200 por ano

Antecipação do tíquete-refeição - aos contratados até o 15º dia útil do mês

Auxílio-creche a partir do 1º mês – hoje é a partir do 3º mês

Funcef - Empregados atualmente no Plano de Melhoria de Proventos e Pensões (PMPP) poderão aderir ao novo plano de benefícios do fundo de pensão

Mais Informações:

Luizão (Presidente do Sindicato): (12) 9106-5243
luiztaubate@uol.com.br

Vera Saba (Vice-presidente do Sindicato): (12) 9102-8724

Sede: Rua Dr. Silva Barros, 248 - Centro – Taubaté
Tel: 3633-5329 e 3621-9751

Outras informações, fotos e vídeos sobre a Campanha Nacional dos Bancários no site do Sindicato: www.bancariostaubate.com.br

Jornalista: Victor Martin
imprensa@bancariostaubate.com.br
Tel: (12) 9719-5350

08 outubro 2007

Fenaban: acordo será assinado na quinta-feira

Contraf-CUT e Fenaban agendaram para a próxima quinta-feira a assinatura da Convenção Coletiva Nacional. Os bancos assumiram o compromisso de pagar a primeira parcela da PLR dez dias após essa assinatura.

Negociação - Antes da assinatura, o Comando Nacional dos Bancários e os representantes dos bancos voltam a negociar sobre as mesas temáticas na segunda -feira.

Reunião do Comando Nacional - No mesmo dia da reunião com a Fenaban, o Comando reúne-se para debater a campanha na Caixa Federal e a possibilidade de ajuizamento de dissídio.

Bancários da Nossa Caixa participam de ato da CUT contra privatizações

Na segunda-feira, dia 8, os bancários da Nossa Caixa vão protestar contra a intenção manifestada pelo governador José Serra de privatizar o banco. A mobilização faz parte de ato promovido pela CUT-SP contra as privatizações.

As atividades começarão na sede do banco (R. XV de Novembro, 111, Centro - SP) às 8h30. Às 9h30, os bancários se reunirão com outros trabalhadores em frente à Secretaria da Fazenda do Estado, na Praça da Sé (Rua Rangel Pestana, s/n, Centro - SP). A denúncia será feita por meio de uma atividade de teatro organizada pelos bancários.

"O que está ficando muito claro é que o Serra pretende se desfazer das empresas públicas do estado de São Paulo. O intuito disso é fazer caixa para viabilizar sua candidatura a presidente da república, sem medir o prejuízo que isso traz", denuncia Elias Maalouf, diretor da Fetec-SP e funcionário da Nossa Caixa. "Empresas como a Nossa Caixa, a Sabesp, o Metrô e outras têm interesse público, precisam ser publicas. Os funcionários da Nossa Caixa têm consciência disso e, à medida que o processo avançar, vão se mobilizar para garantir seus empregos, porque privatização significa desemprego", afirma.

O governo de São Paulo abriu processo de licitação para verificar o valor de mercado de 18 empresas do patrimônio de São Paulo entre as quais Nossa Caixa, Metrô, CDHU, EMTU, Emplasa e CESP, que lidam com setores fundamentais como transporte, saneamento e energia elétrica. A abertura dos envelopes com as propostas das consultorias ocorrerá na segunda, na Secretaria de Fazenda .

Fonte: Contraf

Após ameaça da Caixa, greve cresce e atinge 80%

A ameaça da Caixa Econômica Federal de ajuizar dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, caso os bancários não encerrassem a greve, foi respondida pelos empregados nesta sexta-feira, dia 5, com mais paralisações.

A greve, que começou na quarta-feira com o fechamento de 70% dos postos de trabalho no Brasil inteiro, cresceu e já atinge 80% das agências e departamentos do banco.

Até o final desta sexta-feira, não houve nenhuma sinalização da Caixa para a retomada das negociações, embora os bancários tenham deixado claro na última rodada que apostam num acordo negociado. Sem avanço, os bancários da Caixa devem ampliar a greve ainda mais na segunda-feira.

Confira a galeria de fotos da Greve em Taubaté e Região.

Clique aqui confira a Minuta de reivindicações da Caixa.

05 outubro 2007

Caixa não apresenta proposta viável e greve continua

O Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados avaliaram que a proposta apresentada pelos representantes da Caixa na noite da quinta-feira, dia 4 é um retrocesso a todo o processo negocial construído nos últimos anos.

Confira a galeria de fotos da Greve.

Foram várias horas de negociação onde a Caixa apenas demonstrou seu descaso para com os trabalhadores. A proposta é uma afronta ao forte movimento nacional deflagrado pelos empregados, demonstração inequívoca de que eles estão indignados com a postura do banco.

Proposta da CEF: A proposta apresentada limita-se ao cumprimento dos itens econômicos acordados com a Fenaban e não avança nas reivindicações específicas. Para que a proposta fosse melhor, a única diferença que a Caixa apresentou foi o aumento do valor da antecipação da primeira parcela da PLR.

Sobre as reivindicações específicas, o banco apenas assume um "compromisso" com a estruturação de um projeto de unificação das tabelas de remuneração da carreira administrativa; com o aumento do número de bolsas de incentivo à graduação de 4.000 para 4.100; o pagamento do auxílio-creche na data do nascimento do filho (hoje é pago a partir do terceiro mês), entre outros.

Reivindicações dos bancários: Na negociação, os dirigentes sindicais reafirmaram as reivindicações dos trabalhadores, como recomposição do poder de compra, contração de mais empregados, melhores condições de trabalho, fim da restrição do acesso à internet, questões de isonomia, Plano de Cargos e Salários e que a Participação nos Lucros e Resultados seguisse os mesmos parâmetros do ano passado. Nos anos anteriores, por meio das negociações, os empregados conquistaram PLR maior, cesta-alimentação igual à da categoria, deltas no PCS e aumento real nos salários. Agora, em vez de superar o impasse por meio do diálogo, a empresa tenta chantagear os empregados, ameaçando ajuizar dissídio na Justiça do Trabalho.

Próxima negociação: Na tentativa de superar o impasse, os representantes dos bancários disseram que apostam na negociação e propuseram uma nova rodada na segunda-feira.

Assembléia e Greve: No último dia 5 os bancários realizaram assembléia na Sede do Sindicato em Taubaté deliberando a continuação da greve. Nesta segunda, dia 8, em outra assembléia, os funcionários da Caixa resolveram dar continuidade a greve por tempo indeterminado em Taubaté, Caçapava, Pindamonhangaba, Tremembé, Ubatuba e Moreira César.

02 outubro 2007

Negociação continua nesta quinta e greve também

Depois de o Brasil inteiro deflagrar uma greve por tempo indeterminado na Caixa Econômica Federal, o banco e a Contraf-CUT voltaram a negociar nesta quarta-feira, dia 3, em Brasília.

Depois de quatro horas de reunião, a discussão foi suspensa e prossegue nesta quinta-feira,
enquanto os empregados da Caixa permanecem de braços cruzados em greve por tempo indeterminado.

O banco não apresentou nenhuma proposta.


Os bancários exigem uma proposta com avanços para que ela possa ser avaliada nas assembléias.

Greve: As quatro agências da Caixa Econômica Federal em Taubaté aderiram à greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira, dia 3. Também estão em greve agências da Caixa nas cidades de Caçapava, Pindamonhangaba, Tremembé e Ubatuba. Em Moreira César a agência da Caixa está funcionando normalmente, mas os funcionários permanecem em Estado de Greve.

Confira a galeria de fotos da Greve.

Clique aqui confira a Minuta de reivindicações da Caixa.

Outros Bancos: Os funcionários dos bancos Privados, BB e Nossa Caixa aprovaram a proposta da Fenaban. Clique aqui e leia a matéria completa.

Negociações com a Caixa: Não faltou boa vontade dos empregados da Caixa para resolver a campanha na mesa de negociação. Após muita pressão, o Sindicato conseguiu marcar, no dia 10 de setembro, a primeira negociação para discutir as questões específicas: Plano de Cargos e Salários, Plano de Cargos Comissionados, isonomia de direitos, questões da Funcef e dos aposentados, entre outras. Desde então, ocorreram três negociações em que o banco demonstrou não ter interesse em atender as reivindicações dos bancários. A última reunião aconteceu nesta segunda, dia 1º, novamente sem registrar avanços.

Tal postura demonstra a falta de sensibilidade do banco para com as demandas de seus empregados ao se negar a debater o processo de isonomia entre novos e antigos de maneira mais abrangente e não se dispor a praticar uma PLR nos mesmos moldes do ano passado. No que diz respeito ao PCS/PCC, embora tenha se colocado favorável a promover alterações, não abriu o debate sobre parâmetros da reestruturação e critérios de negociação.

Mais Informações:

Luizão (Presidente do Sindicato): (12) 9106-5243
luiztaubate@uol.com.br

Vera Saba (Vice-presidente do Sindicato): (12) 9102-8724

Sede: Rua Dr. Silva Barros, 248 - Centro – Taubaté
Tel: 3633-5329 e 3621-9751

Outras informações, fotos e vídeos sobre a Campanha Nacional dos Bancários no site do Sindicato: www.bancariostaubate.com.br

Jornalista: Victor Martin
imprensa@bancariostaubate.com.br
Tel: (12) 9719-5350

Privados, BB e Nossa Caixa aprovam proposta, CEF rejeita

Mais de 50 bancários presentes na assembléia da noite desta terça, dia 2, em Taubaté, aprovaram a proposta de itens econômicos apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última segunda-feira.

Os funcionários do Banco do Brasil também aprovaram essa proposta e as específicas apontadas pela direção da empresa. Somente os empregados da Caixa Federal, diante da falta de proposta para as questões específicas apresentadas ao banco, poderão entrar em greve por tempo indeterminado a partir dessa quarta, dia 3.

O reajuste será de 6% (aumento real de 1,13%) para salários e demais verbas, como vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche.

Os bancários conquistaram o pagamento da 13ª cesta-alimentação, que este ano terá valor de R$ 252,36 depositado até a folha de pagamento de novembro. A cesta será definitivamente incorporada à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Outro importante avanço: além dos 80% do salário mais valor fixo de R$ 878 – que pode chegar a dois salários nos bancos que não atingirem os 5% do lucro na distribuição – o valor adicional à PLR foi aumentado em 20%, o que corresponde ao crescimento do lucro dos bancos no 1º semestre.

Inovação –
A Campanha Nacional 2007 ganhou um novo formato de negociação graças à intervenção dos trabalhadores. O Comando Nacional dos Bancários, durante mais de um mês, apostou num processo que previa que os blocos de reivindicações seriam debatidos até que se esgotassem as discussões de cada tema. O objetivo: decidir a campanha desse ano sem os percalços que a greve traz para bancários e população, e evitar o “não para tudo” que sempre caracteriza a postura dos banqueiros.

Na primeira rodada foi acertada a criação de programas para prevenção e combate ao assédio moral – com canal de denúncias para o bancário – e de prevenção e tratamento de doenças ocupacionais, entre outros avanços.

Quando começaram a ser debatidas as cláusulas econômicas, os banqueiros voltaram a enrolar. Após quatro rodadas apresentaram uma proposta que previa somente a reposição da inflação. Foram necessárias mais cinco rodadas até que aparecesse a proposta aceita pelos bancários na noite desta terça.

Como fica a PLR
Pela regra da Participação nos Lucros e Resultados assegurada em convenção coletiva nacional todas as empresas devem destinar no mínimo 5% e no máximo 15% de seu lucro líquido na distribuição a seus funcionários.

Quando a distribuição for inferior aos 5%, o banco tem de majorar o pagamento até atingir dois salários do funcionário – com teto de R$ 11.652.

Pelas projeções do Sindicato, todos os trabalhadores do Bradesco, Itaú, Unibanco, Santander e Real ABN receberão dois salários.

Vale lembrar que a PLR será de 80% do salário mais o valor fixo de R$ 878 para os bancos que gastarem acima dos 5% do lucro líquido, como é o caso do HSBC: 50% desse valor (40% do salário mais R$ 439) serão pagos dez dias após a assinatura do acordo e a segunda parcela vem até março de 2008.

Adicional – Os funcionários desses bancos também receberão o adicional à PLR que pode variar de R$ 1.200 até R$ 1.800. Metade deste valor, de R$ 600 até R$ 900, também será creditado dez dias após a assinatura do acordo. O adicional é pago acima dos tetos e sem desconto de programas próprios de remuneração.

O valor adicional equivale a 8% da variação do lucro líquido do primeiro semestre de 2006 para o primeiro semestre de 2007, dividido pelo número de empregados.

Quando a variação do lucro do primeiro semestre for igual ou maior que 15%, será garantida a parcela mínima de R$ 600.

01 outubro 2007

Fenaban avança na proposta e terça tem Assembléia Geral

Os bancários estão convocados para uma assembléia esta terça-feira, dia 2, na Sede do Sindicato, às 18:30h. A categoria deverá decidir se aceita a proposta ou se irá à greve a partir do dia 3, quarta-feira.

Proposta: A mobilização dos bancários deu resultado. A Federação dos Bancos (Fenaban) convocou negociação e apresentou proposta de reajuste de 6%, representando aumento real de 1,13% para salários e demais verbas, como vale-refeição e cesta-alimentação. Outro importante avanço: o valor adicional à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) será aumentado em 20%, o que corresponde ao crescimento do lucro dos bancos no 1º semestre.

A proposta saiu na nona rodada de negociação sobre cláusulas econômicas, realizada nesta segunda-feira, 1º de outubro, e após a paralisação de 24 horas da sexta, 28 de setembro.

Caso seja aprovada, os valores devem ser pagos até 10 dias após a assinatura do acordo.

Na última rodada, os bancos haviam proposto 5,2% de reajuste, valor prontamente rejeitado pelo Comando Nacional dos Bancários.

Incorporação de cláusula nova – O pagamento da 13ª cesta-alimentação, que este ano terá valor de R$ 252,36, será incorporado à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e depositado até a folha de pagamento de novembro.

PLR – A PLR mantém o formato de 80% do salário mais o valor fixo que, reajustado pelos 6%, ficaria em R$ 878 na regra básica (teto de R$ 5.826). Os bancos que ao calcularem a distribuição da PLR não atingirem 5% do lucro líquido, devem majorar o valor até chegar a dois salários com teto de R$ 11.652. O pagamento seria feito da seguinte maneira: metade até dez dias após a assinatura do acordo e a outra metade em março de 2008.

Adicional à PLR – Paga-se 8% da diferença nominal entre o lucro de 2007 e de 2006 divido entre os funcionários do banco, com teto de R$ 1.800. Ela vale para todos os bancos, inclusive para a Nossa Caixa, que deve receber no mínimo R$ 600 de antecipação.

Antecipação do pagamento da PLR – Será antecipada 50% da regra básica, a ser paga dez dias após a assinatura da convenção coletiva. Dessa forma, os bancários receberão 40% do salário, mais parcela fixa de R$ 439 limitado a 15% do lucro líquido do primeiro semestre. A parcela adicional que também será antecipada e paga dez dias após a assinatura da convenção coletiva será 8% da variação do lucro líquido nominal do primeiro semestre de 2006 para 2007, com teto de R$ 900 e mínimo de R$ 600, se o lucro for maior do 15%.

Greve – A proposta também prevê que os dias parados de greve até 1º de outubro não sejam descontados.

Caixa não avança e BB faz nova proposta aos bancários

CEF: A direção da Caixa Econômica Federal chegou à mesa de negociação desta segunda-feira, 1º de outubro, sem nenhuma novidade para os trabalhadores. Com o resultado deste terceiro encontro, ocorrido na sede do banco em Brasília, a orientação do Comando Nacional é que os empregados da Caixa participem das assembléias de amanhã (02) e votem pela deflagração de greve por tempo indeterminado.

BB: Após a negociação com a Fenaban nesta segunda-feira, o Banco do Brasil entrou em contato com a Contraf-CUT e apresentou uma proposta de acordo específico. Ela prevê Participação nos Lucros e Resultados (PLR) adicional à da Fenaban, correções no Plano de Cargos e Salários (PCS) e na isonomia entre novos e antigos funcionários.

Conheça a proposta
Pela proposta da direção do BB, a PLR semestral teria parcela fixa de R$ 439, mais 40% do E6 para escriturário, ou este percentual do E6 mais comissão de caixa para os caixas, ou 40% do Valor de Referência para os comissionados. Além da regra básica, similar à da Fenaban, o Banco do Brasil se compromete a distribuir 4% do lucro líquido de forma linear para todos (o equivalente a R$ 1.168,92 por funcionário), garantindo no mínimo um VR para quem cumpriu o acordo de trabalho (ATB).

Para o PCS, o Banco do Brasil aceita a incorporação dos R$ 33 para o E1 e VP-020. A diferença entre cada interstício será de 3%.

Isonomia
O Banco do Brasil avançou nos itens de isonomia. Na negociação desta segunda, a direção concordou com o adiantamento de férias para ser pago em até dez vezes. O BB já havia concordado em universalizar os direitos de adiantamento salarial para cobrir a cobrança de consignações em atraso e a devolução das vantagens por desistência de remoção parcelada em dez vezes.