Pessoas físicas e jurídicas podem dar opiniões e fazer sugestões no sítio do Banco Central. Consulta vai até 26 de março
São Paulo - O Banco Central colocou em audiência Pública, desde nesta sexta-feira, dia 23, a proposta de criação de ouvidorias em todos os bancos e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BC. Todo cidadão e toda empresa pode opinar pelo www.bcb.gov.br. O objetivo é manter um canal direto de comunicação entre bancos, clientes e usuários, inclusive na mediação de conflitos.
A minuta de resolução do BC avisa que será obrigação das instituições dar ampla divulgação a respeito da existência das suas ouvidorias e da forma de utilizá-las, além de garantir o acesso dos clientes e usuários ao atendimento prestado por elas. Além de receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal às sugestões, solicitações e reclamações, a ouvidoria deverá prestar os esclarecimentos necessários e informar aos solicitantes e reclamantes acerca do andamento de suas demandas e das providências adotadas, no prazo de até dez dias úteis após o seu acolhimento. Também caberá informar o prazo previsto para a resposta final às demandas cuja resposta inicial não for conclusiva e sugerir à diretoria da instituição a adoção de medidas corretivas.
A audiência pública termina no dia 26 de março. Depois, as sugestões serão encaminhadas ao Conselho Monetário Nacional. “Vamos incentivar clientes e bancários a participar da consulta. Defendemos a instalação desse canal, que jamais poderá ser transformado em um espaço de punição dos bancários”, ressalta o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. Ele defende que os bancários utilizem o espaço para colocar a boca no trombone e denunciem a falta de estrutura nas agências e o número reduzido de funcionários, situação que deixa o atendimento ao cliente a desejar, item que por sinal é campeão de reclamações no Banco Central.
“Muitos dos problemas enfrentados nos bancos hoje podem ser minorados se as ouvidorias funcionarem de maneira correta e independente.”, avalia o dirigente, lembrando que as ligações para denúncia devem ser gratuitas e que a criação do serviço não preveja qualquer ônus aos clientes. “Do jeito que os bancos são, é capaz de quererem criar tarifa para o serviço.”
Cláudia Motta - 26/02/2007
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