Durante a 9ª Conferência Estadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, os 362 delegados debateram e deliberaram reivindicações que serão encaminhadas a Conferência Nacional. Quatro mesas com temas específicos foram constituídas, com representantes dos sindicatos filiados a FETEC-SP.Na primeira Mesa, cujo tema era Emprego, as deliberações a serem encaminhadas à Conferência Nacional foram: o cumprimento da jornada de trabalho de 6 horas por dia, a ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), garantia de emprego, negociação de programas de inserção do jovem no mercado de trabalho bancário e, por fim, pressionar e regular a Resolução 2.707, do Banco Central, que se refere à atividade do Correspondente Bancário, buscando a contratação desses trabalhadores.
A segunda Mesa tratou do tema Remuneração e dentro das deliberações destacam-se: o piso da categoria, benefícios, PLR (Participação dos Lucros e Resultados) e remuneração total. Conforme os delegados, ficou definido que a categoria reivindicará o salário mínimo do DIEESE de R$ 1.628,24, para o ingresso de escriturários. Hoje, esse piso é R$ 792,98 para funcionários em período de experiência de 90 dias e R$ 869,33 após a efetivação. Ainda dentro dessa discussão, o que se propõe é um PCS (Plano de Carreira e Salários) para todos os bancários, independente de ser funcionário do setor público ou privado.
Em relação aos benefícios, os delegados definiram que tanto o vale-alimentação quanto o auxílio-creche deverão seguir o salário mínimo vigente, ou seja, R$ 380,00 para cada. Já para a PLR, os bancários propõem como regra básica, dois salários com um teto máximo de 15% do lucro líquido dos bancos. Como regra adicional, o pagamento deve ser de R$ 3.500,00 para todos.
Já na discussão de Remuneração Total, foram apresentadas duas propostas. A primeira sugere 10% da produção da agência distribuído de forma linear para todos os trabalhadores de forma mensal, vedando ainda a função de venda de produtos para Caixas. A segunda proposta refere-se à distribuição de 5% da RPS (Receita de Prestação de Serviço), sendo distribuída de forma linear e trimestral para todos os bancários, independente de trabalhar em agência ou setor administrativo. Por fim, reivindica-se que 1% daquilo que o bancário receber de forma adicional seja incorporado no salário fixo, anualmente.
Na terceira Mesa do dia foram deliberadas pautas referentes ao tema Condições de Trabalho. Dentre as propostas sugeridas pelos delegados estão: a luta pelo fim das metas abusivas, o combate à violência organizacional do trabalho - especialmente em relação ao assédio moral -, o cumprimento da lei de cotas para portadores de deficiência - com condições adequadas para desenvolver o trabalho - e a garantia de igualdade de oportunidades para todos.
A última Mesa da Conferência Estadual tratou das Estratégias, sendo os pontos em destaque, a manutenção da Campanha Nacional Unificada, com mesas concomitantes para debates de questões específicas, atividades e assembléias específicas quando necessário e um índice de reajuste de 9,31%.
No final do encontro foram eleitos os delegados do Estado de São Paulo para a 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que será realizada entre os dias 27 e 31 de julho, em São Paulo.
Fonte: Michele Amorim - Fetec/SP
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