26 agosto 2008

Sindicato lança Campanha Nacional da Categoria em Taubaté e Região

O Sindicato dos Bancários e Financiários de Taubaté e Região realizou nesta quarta-feira, 27 de agosto, o lançamento da Campanha Nacional 2008.

Confira a Galeria de Fotos do Ato!

A atividade, que começou às 10h, percorreu a região central de Taubaté com paradas nas principais agências. A cidade parou para ver os dirigentes sindicais agitando bandeiras e discursando sobre as metas dessa campanha e os problemas do sistema financeiro no Brasil.

O recado dos bancários: “não chora banqueiro, você é quem mais ganha nesse país, agora é a nossa vez”, veio com o bom humor e a irreverência de sempre, com direito a Banda e Palhaço. “Os atos promovidos pelo Sindicato promovem debates com bancários e clientes sobre a campanha nacional, reforçando os objetivos e as preocupações da categoria em melhorar as prestações de serviços a clientes e usuários dos bancos”, afirma Luizão, Presidente do Sindicato.

Representantes do Sindicato dos Bancários de Mogi da Cruzes, Guarulhos, São Paulo e diversas outras cidades, além de representantes das confederações, engrandeceram o ato. “Estamos conseguindo levar ao conhecimento da população nossas bandeiras, mostrando a força e a união da categoria, sempre na tentativa de negociações positivas para que não haja greves”, comentou Francisco Cândido (Chiquinho), presidente do Sindicato de Mogi.

Para Camilo Fernandes, Diretor do Banesprev e do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região, ato em Taubaté foi bem recebido por todos. “Aqui em Taubaté me surpreendi com receptividade da população e dos bancários, inclusive alguns clientes vieram até nós mostrar extratos de tarifas abusivas e mostrando que estão do lado da categoria.

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Negociação com Fenaban define calendário e retoma pendências de 2007

Representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) reuniram-se nesta quarta-feira, dia 27, para dar início às negociações da Campanha Nacional 2008.

Como resultado desta primeira rodada foi definido o calendário preliminar de negociações (confira abaixo) e retomado o debate em torno dos temas que ficaram pendentes na campanha 2007 (saúde e condições de trabalho, igualdade de oportunidades e segurança bancária).

Na oportunidade, o Comando Nacional dos Bancários cobrou acerto na aplicação da 13ª cesta alimentação. O benefício conquistado no ano passado, com o objetivo de favorecer os trabalhadores com menores salários, deveria ser extensivo aos bancários afastados por doença/acidente de trabalho, entretanto, isso não ocorreu na prática. Essa discussão será retomada na próxima rodada.

Além da 13ª cesta alimentação, o Comando quer que os demais direitos sejam extensivos aos afastados (isonomia de direitos), como também aposta na necessidade de se avançar na questão da igualdade de oportunidades, já com a divulgação dos resultados do Mapa da Diversidade. Outro ponto em debate é a extensão do direito ao plano de saúde para parceiros do mesmo sexo.

No que diz respeito a condições de trabalho, uma das pendências de 2007 refere-se à cláusula sobre assédio moral, cujo debate foi salutar. Foi acordado entre as partes que a Convenção Coletiva terá uma citação sobre o programa de combate ao assédio moral, com a criação de um manual de conduta que será debatido banco a banco.

Outro ponto definido é que o prazo para a solução de conflitos será de até 60 dias. Também será implementado um canal de denúncia para que o trabalhador registre o assedio moral sofrido. Este canal estará disponível tanto no sindicato quanto no banco.

Reunião – Os representantes do Comando Nacional se reúnem na próxima segunda-feira, dia 1º de setembro, às 16h, na sede da Contraf-CUT, em preparação para a segunda rodada de negociação com a Fenaban, agendada para o dia 02, terça-feira.

Calendário negociação:

02/09 – fechamento das pendências de 2007 e comissões temáticas
09/09 - emprego, cláusulas sociais e cláusulas renováveis
16/09 - cláusulas econômicas
23/09 - cláusulas econômicas

Informações: Fetec/SP

Todos os detalhes da Campanha Nacional 2008 no site do Sindicato:
www.bancariostaubate.com.br

20 agosto 2008

Dieese reforça que aumento salarial não alimenta a inflação

Em estudo divulgado na segunda-feira, dia 18, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) reforça o argumento do Sindicato de que os trabalhadores não podem “pagar o pato” pela inflação mais alta este ano. “Os trabalhadores não devem aceitar que os custos do combate à inflação lhes sejam transferidos, especialmente se considerado o bom desempenho do mercado de trabalho”, diz o estudo.

No documento, o Dieese rebate o discurso do empresariado, ecoado com intensidade pela mídia, de que aumentos salariais resultariam em risco para o controle da inflação. Não faltaram comentaristas e matérias – até a maquininha de remarcação de preços foi ressuscitada pela imprensa – com este conteúdo para dar suporte aos argumentos dos patrões.

O estudo mostra que a pequena alta inflacionária dos últimos meses deve-se a questões externas e ao aumento dos preços de alguns produtos agrícolas circunscritos, mas que essa tendência está perdendo força e não pode ser um impeditivo para que os trabalhadores busquem aumentos reais de salários.

Leia mais
> O estudo completo do Dieese
> Todos os detalhes da Campanha Nacional 2008 na página especial


Bolsa Família: Cadê os vagabundos?

Carta Capital
20 /08 / 2008
Desde a criação do programa, há quatro anos, 60 mil famílias pediram para deixar de receber o benefício. Não precisam mais.

Uma estatística recém-divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Social derrubou outra tese defendida pelos críticos mais ferrenhos do Bolsa Família: a de que o programa alimenta a vadiagem do povo brasileiro. Desde a sua criação, há quatro anos, 60.165 famílias beneficiadas pediram voluntariamente o seu desligamento. "É a prova de que os pobres não estão se acomodando", avaliou o ministro Patrus Ananias.

Nos últimos dias, trechos de cartas encaminhadas por ex-beneficiários, a solicitar o cancelamento dos pagamentos, ganharam as páginas dos jornais. Alguns trazem relatos comoventes, como o da ajudante de serviços gerais Sueli Miranda, de 47 anos, reproduzido pelo diário O Estado de S. Paulo: "Bom dia! Eu, Sueli Miranda de Carvalho Silva, venho, por meio destas linhas, agradecer os idealizadores do Bolsa Família, os anos que fui beneficiada. Ajudou-me na mesa, o pão de cada dia. Agora, empregada estou e quero que outro sinta o mesmo prazer que eu, de todo mês ser beneficiada. Obrigada".

Mais da metade dos pedidos de desligamento (34.185) vieram de famílias residentes nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. De acordo com Rosani Cunha, secretária nacional de Renda e Cidadania, a justificativa mais comum para o pedido de cancelamento do benefício é o aumento da renda familiar.

Atualmente, o programa Bolsa Família atende 11,2 milhões de beneficiários em todo o País. A secretária garante que o cadastro está em constante renovação. Desde junho de 2006, informa, quase 2,7 milhões de famílias deixaram o programa, seja por vontade própria, seja em razão de inadequações apresentadas por auditorias.

14 agosto 2008

Comando entrega pauta à Fenaban e reivindicações específicas a BB e Caixa

O Comando Nacional dos Bancários entregou nesta quarta-feira 13 a pauta geral de reivindicações da campanha salarial de 2008, à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), e as pautas específicas ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal. A reunião foi realizada na sede da Fenaban, em São Paulo.

BB e Caixa

Após a entrega da pauta geral à Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários apresentou as listas de reivindicações específicas aos representantes do Banco do Brasil e da Caixa, que também estavam presentes na mesa única.


O que os bancários querem

As principais reivindicações aprovadas pelos 830 delegados presentes à 10ª Conferência Nacional são as seguintes:

Aumento real

Manter a estratégia de conquista de aumento real dos últimos quatro anos, reivindicando 13,23% de reajuste (inflação mais 5% de aumento real).

PCS para todos

Plano de Cargos e Salários para todos os bancários de todos os bancos, prevendo 1% de reajuste a cada ano de trabalho. A cada cinco anos, esse reajuste será de 2%. O banco é obrigado a promover o bancário pelo menos um nível a cada cinco anos.

Os bancos são obrigados a treinar o trabalhador para a nova função por no mínimo 60 dias, pagando o novo salário durante o período de treinamento. E quando houver uma nova vaga, o banco é obrigado a fazer um processo de seleção interna para preenchê-la. Para cada cargo e função o banco deve apresentar a grade curricular necessária e oferecer o curso aos trabalhadores dentro do expediente. Em caso de descomissionamento do bancário, a comissão será incorporada ao salário integralmente.

Fim das metas abusivas

As metas serão definidas pela agência/departamento com a participação de todos os trabalhadores, levando em consideração também a abordagem ao cliente e o tempo para sua execução.

As metas serão obrigatoriamente coletivas.

A constituição das metas deverá levar em consideração a região, o porte da agência, o número de funcionários, a base de clientes e o perfil econômico local.

As metas serão regressivas proporcionalmente ao seu cumprimento.

As metas estabelecidas coletivamente serão adequadas no caso de afastamento, licença, ausência, férias de funcionários, etc.

As metas não serão aplicadas aos caixas.

Ficam proibidas quaisquer tipos de comparação dos resultados obtidos, elaboração de rankings ou classificação por desempenho individual, da agência ou por região.

Pisos salariais

Aumento progressivo, em três anos, até atingir o piso do Dieese, atualmente estimado em R$ 2.074, sendo incorporado 50% da diferença entre o piso da categoria (R$ 921,49) e o piso do Dieese neste ano, 25% em 2009 e outros 25% em 2010. Desta forma, neste ano, o piso da categoria passaria a valer R$ 1.497,75 para escriturários, R$ 1.947,07 para caixas e tesoureiros, R$ 2.321,50 para primeiro comissionado, e R$ 3.369,93 para gerente

Contratação da remuneração total

Distribuição de 5% da receita de prestação de serviços de forma igualitária entre todos os bancários. O pagamento deverá ser feito após a publicação do balanço trimestral. Além disso, 10% de toda a produção da agência deve ser distribuída entre os trabalhadores da unidade.

Aumento da PLR

Os objetivos são elevar o valor da PLR e simplificar os critérios de distribuição: três salários mais R$ 3.500 para todos, sem limitador e sem teto.

Vale-refeição

Aumentar o valor para R$ 17,50, de forma a compensar a inflação dos alimentos dos últimos 12 meses.

Cesta-alimentação

R$ 415,00, o mesmo valor do salário mínimo. Além disso, os bancários reivindicarão a 13ª cesta-alimentação conquistada no ano passado.

Auxílio-Creche

Deve ter o mesmo valor do salário-mínimo (R$ 415), com ampliação da idade para 8 anos e 11 meses e comprovação anual dos gastos.

Novas conquistas

Auxílio-educação e a criação de um plano de previdência complementar fechado, com gestão compartilhada

Emprego

Ratificação da convenção 158; defesa do emprego; cumprimento da jornada de 6 horas; contratação de mais funcionários, estabelecendo efetivo mínimo para o atendimento aos clientes

Segurança

Instalação de portas de segurança em todas as agências bancárias, já no auto-atendimento; pagamento de adicional de risco de vida no valor de 40% do salário para funcionários de agências e PABs

Eixos políticos

 Defesa dos bancos públicos.
 Ampliação do crédito produtivo para investimentos, principalmente agrícola.
 Redução da taxa de juros.
 Regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal (que estabelece o papel do sistema financeiro no país).

Fonte: Contraf/CUT

11 agosto 2008

Bancária do Unibanco é reintegrada após demissão

Uma bancária do Unibanco, portadora de doença ocupacional LER/DORT, foi despedida sem justa causa e reintegrada por processo administrativo.

"É importante que no caso de surgimento de algum sintoma de doença ocupacional, o bancário procure imediato tratamento médico e o sindicato, a fim de receber as devidas orientações, buscando garantir seus direitos", afirma Maria Isabel,
Diretora Interina de Saúde, que acompanhou a bancária do Unibanco durante o processo.

Aumento do piso é uma das prioridades da campanha. Meta é o mínimo do Dieese

Uma das prioridade da Campanha Nacional dos Bancários 2008 será a luta pela elevação do piso da categoria. A proposta que está na pauta de reivindicações, aprovada pela 10ª Conferência Nacional dos Bancários, traz este ano uma novidade sobre essa reivindicação antiga dos bancários.

Como no ano passado, o objetivo é que o salário inicial de todos os bancários, hoje em R$ 921,49, seja equivalente ao salário mínimo necessário calculado pelo Dieese, atualmente em R$ 2.074. Esse ano, no entanto, os bancários formularam uma estratégia diferenciada que prevê um aumento progressivo para, em três anos, atingir o objetivo.

Nesse ano, a reivindicação é que seja somado ao valor do piso 50% da diferença entre o piso atual e o salário mínimo do Dieese, ou seja, R$ 576,26. Assim, a partir de 1º de setembro deste ano, o piso passaria a ser de R$ 1.497,75, um reajuste de 62,54%.

Em 2009 e 2010 seria incorporado ao valor mais 25% da diferença em cada ano, alcançando o total em três anos. Em valores de hoje, essas duas etapas equivaleriam a 19,24% de reajuste em 2009 e 16,13% em 2010.

A elevação do piso um ponto primordial desta campanha. Isso porque, além de valorizar os salários mais baixos, a elevação tem reflexos para as gerências médias, cujas comissões são calculadas proporcionalmente ao valor do piso. Assim, os bancários na primeira comissão, estabelecida hoje em 55% do valor do piso, passariam a receber R$ 2.321,50 ainda este ano, caso o reajuste seja aprovado.

O movimento sindical deu um grande avanço quando estabeleceu a luta por uma política de valorização do salário mínimo nacional, que gerou distribuição de renda e ganhos para todas as categorias profissionais. Com os ganhos de produtividade que as empresas têm conseguido, esse é o momento das categorias profissionais exigirem aumentos de seus pisos. Especialmente no setor bancário, que alcança lucros recordes a cada ano, não dá mais para o bancário ganhar um piso tão baixo. Estamos no certos em pedir a equiparação com o Dieese e mostrar o caminho para isso e esperamos que nossa luta se torne um parâmetro para as outras categorias.

Fonte: Contraf/CUT

08 agosto 2008

Itaú divulga lucro líquido de R$ 4,084 bi no primeiro semestre

O Itaú, segundo maior banco privado do país, registrou um lucro líquido de 4,084 bilhões de reais no primeiro semestre de 2008, ante R$ 4,016 bi registrados no mesmo período do ano passado. Em relação ao segundo trimestre, o banco divulgou um lucro líquido de 2,041 bilhões de reais, levemente abaixo do lucro de 2,115 bilhões de reais registrado no ano anterior.

"Mais uma vez os bancos, a exemplo do Itaú e Bradesco, apontam lucros astronômicos. Nada mais justo que na campanha nacional atendam as reivindicações dos bancários e devolvam à categoria o poder de compra, principalmente, no que se refere ao piso dos bancários que esta estacionado a muito tempo", avaliou Valdir Machado, diretor de Bancos Privados da FETEC/CUT-SP e funcionário do Itaú.

Segundo o dirigente sindical, o lucro do banco é reflexo da dedicação dos trabalhadores. "Esta na hora do banco rever seus conceitos de cidadania, proporcionando qualidade de vida a quem tem direito, começando pelos seus funcionários que lutam por aumento na cesta alimentação, no vale refeição e no reajuste do salário", acrescenta.

No que se refere ao PCR ( Participação Complementar de Resultado ), o banco adiantou no dia 1º de agosto uma pequena parte, mas o movimento sindical já deixou claro que neste quisito é possível avançar muito mais e o resultado esta demostrado no lucro do banco.

Fonte: Michele Amorim - Fetec/SP

04 agosto 2008

Bancários pretendem entregar minuta de reivindicações à Fenaban no dia 13

A 10ª Conferência Nacional dos Bancários, encerrada nesta terça-feira, dia 29, aprovou o dia 13 de agosto como data de entrega da minuta de reivindicações à Fenaban. Os bancários agora aguardam resposta da entidade patronal sobre a viabilidade da reunião.

A conferência também aprovou que a Campanha Nacional dos Bancários 2008 será lançada no dia 12.

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