29 junho 2007

Itaú: avanços no plano de saúde

Agora haverá reembolso nas cidades em que não possuem rede conveniada

Em negociação com a Contraf-CUT e representantes dos sindicatos, os bancários garantiram nesta terça-feira antiga reivindicação dos associados do plano de saúde. A partir de agora, o funcionário que precisar utilizar serviços médicos de emergência nas cidades em que não há uma rede conveniada será reembolsado em 100% dos valores gastos.

“Este foi um grande avanço que conquistamos, porque há muitos bancários que precisam se deslocar dezenas ou centenas de quilômetros para ser atendidos por uma rede conveniada ao plano de saúde do Itaú. E, quando utilizavam os serviços ‘por fora’, muitas vezes ficavam com o prejuízo. Essa é uma reivindicação de longa data, mas ainda temos um caminho grande para percorrer até garantirmos a abrangência nacional do plano”, diz Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do Itaú.

Segundo o banco, os gastos com emergência serão reembolsados em até quinze dias. A Contraf-CUT solicitou que o dinheiro seja pago em no máximo 48 horas e que o reembolso seja feito também para os gastos com consultas, incluindo clínicas nas cidades que não possuem hospital. O Itaú ficou de avaliar as reivindicações.

Embora ainda não sejam previstas na cobertura, o banco garante também que vai arcar com as despesas nos chamados “eventos de grande porte”, que incluem acidentes, infarto e internações de emergência. “Isto é um reconhecimento do quanto ainda precisamos avançar em relação ao plano de saúde”, afirma Adriana Magalhães, diretora do Sindicato de São Paulo e integrante do Comitê de Acompanhamento de Saúde Itaú.



Outro avanço que o banco já anunciou é a garantia, na minuta que
regulamentará o acordo sobre o plano de saúde, da inclusão de parceiros do mesmo sexo. Segundo a empresa, hoje já há a possibilidade, mas ela será regulamentada nos moldes previstos na lei.

Outras pendências

A Contraf-CUT cobrou do Itaú respostas para as reivindicações já apresentadas, como a ampliação do número de consultas de psicoterapias de 12 para 14 por ano e a inclusão do RPG. O banco informou que, sobre o RPG, libera o tratamento de acordo com os casos. Sobre a psicoterapia, o Itaú se mostrou resistente e disse que só autoriza mais sessões com prescrição do psiquiatra.

Os bancários também cobraram uma série de dados sobre os aposentados que integram o plano e o banco se comprometeu a responder na próxima reunião. “Também solicitamos informações sobre o plano odontológico, que o banco nos prometeu em quinze dias. Elas serão importantes nas negociações sobre a desvinculação dos planos médico e odontológico”, diz Adriana.

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