Brasília - O lucro líquido do Banco do Brasil chegou a R$ 2,3 bilhões no primeiro trimestre de 2008. Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, 14, pela instituição, esse valor é 66,6% maior do que o registrado no mesmo período de 2007. Em relação ao quarto trimestre de 2007, o aumento foi de 92,9%. O resultado é fruto do esforço e do suor do bancário, mesmo diante do desrespeito por parte de direção do banco.
Os funcionários sofrem diariamente com a sobrecarga de trabalho que, além de sugar a energia e a saúde do trabalhador, causa ainda revolta e irritação nos clientes e um conseqüente clima tenso e agressivo nas agências.
Um dos motivos para a alta, segundo o próprio banco, é resultado direto do trabalho do bancário: a expansão da carteira de crédito. Ao final de março, o valor chegou a R$ 172,760 bilhões, crescimento de 23,1%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Com o resultado, o banco evoluiu de 16% de participação no Sistema Financeiro Nacional no trimestre anterior para 16,3% e continua na liderança da concessão de crédito no país. Quanto à inadimplência, o índice (operações vencidas há mais de 60 dias do total da carteira) ficou em 2,8% no período, menor que o resultado observado no trimestre anterior (3,3%).
Acorda BB - A divulgação do resultado reforça a campanha Acorda BB, promovida pelos trabalhadores. Com esses bilhões, o banco não tem como se negar a voltar a pagar as substituições aos comissionados. Com esses números, qual é o motivo para não aumentar o reduzido quadro de funcionários, que gera o torturante excesso de trabalho?
A ação mais recente promovida pelos trabalhadores foi o atraso no horário de abertura de oito agências no centro de São Paulo – Liberdade, Luz, 7 de Abril, Dom José Gaspar, Barão de Duprat, João Mendes, Bom Retiro e Vieira de Carvalho. Os clientes receberam carta aberta dos funcionários, explicando os motivos do protesto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário