Em audiência de conciliação promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, a partir da instauração de dissídio coletivo de greve por parte do Ministério Público do Trabalho (MPT) em face do Sindicato de São Paulo, da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul e da Fenaban, o desembargador Nelson Nazar, vice-presidente judicial do TRT da 2ª Região, apresentou nesta terça-feira 14 a seguinte proposta de conciliação:
* Retomada das negociações da campanha salarial entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban nesta quinta-feira de manhã, dia 16.
* Suspensão da liminar que havia sido concedida ao Ministério Público estipulando multa diária de R$ 200 mil em caso de a greve paralisar mais de 30% dos serviços das agências localizadas na base do Sindicato de São Paulo e da Feeb SP/MS.
* Reunião do Comando Nacional dos Bancários em 48 horas para avaliar a proposta de conciliação.
* Possibilidade de suspensão da greve, por decisão das assembléias, a partir da sexta-feira.
* Manutenção do estado de greve e retomada da paralisação (caso as assembléias acatem a sugestão de conciliação), se em cinco dias úteis não houver acordo entre as partes.
"É importante ressaltar que a proposta de conciliação, que só foi apresentada por causa da força da nossa greve, tem como público o sindicato de São Paulo e os sindicatos paulistas da base da Feeb SP/MS. É lamentável que no século 21 conflitos trabalhistas ainda tenham a interferência e como palco de discussão a justiça do trabalho. O que houve de positivo foi a retomada das negociações com os bancos, que é um dos objetivos da nossa greve. Isso demonstra a importância da continuidade da paralisação em todo o país para que a Fenaban apresente na negociação de quinta-feira uma proposta que contemple as reivindicações da categoria", diz Vagner Freitas, presidente da Contraf/CUT e coordenador do Comando Nacional.
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