28 novembro 2008

Caixa Federal quer punir grevistas impondo trabalho aos sábados

Mesmo contrariando a Súmula 113 do Superior Tribunal do Trabalho, a Caixa Federal está impondo aos seus funcionários uma convocação ilegal de trabalho aos sábados, para uma suposta compensação de horas devidas em função da última greve.

O Sindicato sustenta desde a publicação da CI 07: “não há previsão legal para trabalho aos sábados, que é considerado dia útil não trabalhado, ou seja, o sábado é dia de descanso do bancário. Tal expediente só é permitido em ocasiões excepcionais, em que a empresa fundamenta a extrema necessidade por ocasião excepcional”.

Entendemos que a compensação deveria ser realizada dentro da previsão legal, ou seja, um acréscimo de no máximo duas horas à jornada dos trabalhadores. O cumprimento será dentro do período acordado na cláusula 46 da Convenção Coletiva de Trabalho e cláusula 33 do Acordo Coletivo de Trabalho vigente, ou seja, até dia 19 de dezembro de 2OO8.

A atitude ilegal da Caixa sujeita os gestores da cada unidade a responderem pela autuação, fiscalização, multa e demais conseqüências verificadas por parte da SRMTE.

O Sindicato não vai aceitar essa postura autoritária da Caixa, e determinou que o Departamento Jurídico ingressasse com ação judicial denunciando o banco.

"A Caixa é o principal órgão de difusão das políticas do Governo LULA, governo este que tem demonstrado um espírito transformador e democrático em nosso País, mas é lamentável a postura do banco. A culpa dessa situação é de gestores autoritários antidemocráticos e que tem como característica o desrespeito a seus funcionários e a constituição, perseguindo trabalhadores por terem participado de uma greve legal e previsível, face às posições tomadas. Acho que o Governo Federal deveria rever a orientação dada a direção da CAIXA”. afirma Luiz Antonio da Silva (Luizão) Presidente do Sindicato dos Bancários.

REDE DE SOLIDARIEDADE EM SANTA CATARINA

Diante dos últimos acontecimentos em Santa Catarina, onde muitos municípios sofrerem as consequências das chuvas intensas, deixando milhares de desabrigados e com o registro de dezenas de vítimas fatais, a
solidariedade é necessária e urgente. Por isso a sua ajuda. As doações serão encaminhadas à Defesa Civil para distribuição. São necessários ítens como:

-roupas e agasalhos

-colchões, colchonetes, cobertas, lençóis, travesseiros

-alimentos não perecíveis

-água potável

-medicamentos

-produtos de higiene

-fraldas

POSTOS DE DOAÇÕES:

TAUBATÉ:
As doações poderão ser encaminhadas de preferência neste final de semana (29 e 30 de novembro) para o Guarda Voluma da Rodoviária Nova em Taubaté. Rua Benedito Silveira de Morais, Sn, Bairro Ana Emilia – Taubaté/SP. Telefone (12) 3635-2818 ou 8804-6409 / 91782743 (falar com Fábio Teles Aquino, organizador da campanha).


BLUMENAU:
As doações poderão ser encaminhadas ao gabinete na Assembléia Legislativa
(Palácio Barriga Verde, rua Jorge Luz Fontes, 310, gabinete 308 - tel. (48)
3221-2804 - Florianópolis) ou na Casa Amarela, em Blumenau (rua São Paulo,
65, centro - telefone (47) 3041-0300).

DOAÇÕES EM DINHEIRO:
As contas bancárias abertas em nome do Fundo Estadual da Defesa Civil e já receberam R$ 2.024.480,10 até a noite de quinta-feira (27).

Para quem quiser doar, as contas são:

- Banco do Brasil
Agência: 3582-3
Conta corrente: 80.000-7

- Besc
Agência: 068-0
Conta Corrente: 80.000-0

- Caixa Econômica Federal
Agência: 1877
operação 006
conta 80.000-8

- Bradesco
Agência: 0348-4
Conta Corrente: 160.000-1

- Itaú S/A
Agência 0289
Conta Corrente 69971-2

25 novembro 2008

Bancários se organizam para 5ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora

Pelo quinto ano consecutivo os bancários do Estado de São Paulo se organizam para participar de uma das atividades políticas mais esperadas pelos trabalhadores – a Marcha Nacional da Classe Trabalhadora. O evento que acontece no dia 03 de dezembro, em Brasília, tem como objetivo entregar aos parlamentares um documento com as principais bandeiras de luta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais.

Além da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (FETEC/CUT-SP), também serão disponibilizados ônibus nas demais regiões do Estado. Os bancários interessados em participar da 5ª Marcha devem entrar em contato com o sindicato dos bancários de sua região ou com as sub-sedes da CUT até o final desta semana para garantir uma vaga na caravana paulista.

A 5ª Marcha Nacional terá como tema “Desenvolvimento e Valorização do Trabalho”. Entre as reivindicações das centrais estão a redução na jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e a ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Os trabalhadores brasileiros também reivindicam a ampliação dos direitos trabalhistas; a valorização do salário mínimo; o fim do Imposto Sindical e a instituição da contribuição negocial; o fim do fator previdenciário; o combate a todo o tipo de discriminação; a igualdade de remuneração entre homens e mulheres; reforma agrária; e valorização do serviço público e dos servidores.

A Marcha vai erguer ainda as bandeiras de reajuste da tabela do Imposto de Renda, fazendo justiça tributária a partir de novas faixas de contribuição com descontos progressivos; da defesa do Piso Salarial Nacional do Magistério, fundamental para a melhoria da qualidade do ensino; e a defesa do patrimônio nacional do Pré-sal para o povo brasileiro.

Fonte: Michele Amorim - Fetec/SP

21 novembro 2008

Compra da Nossa Caixa pelo BB: Contraf-CUT negocia nesta sexta

A Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região se reúnem com o Banco do Brasil nesta sexta-feira, para seguir nas negociações referentes a aquisição da Nossa Caixa pelo banco federal.

Desde que a notícia da provável compra foi anunciada meses atrás pelos governos federal e estadual, o movimento sindical passou a buscar negociações com as empresas e seus governos no interesse dos bancários, clientes e do papel público dos bancos.

Agora que a operação foi anunciada como fato, é hora de garantir os empregos e direitos dos bancários de ambos os bancos, além de buscar a manutenção das agências e o atendimento dos clientes e usuários do maior banco público do país e do único banco público do Estado de São Paulo.

O negócio – O fato relevante publicado pela Nossa Caixa em seu site nesta quinta-feira informa que o Estado de São Paulo, acionista controlador da Nossa Caixa, e o Banco do Brasil chegaram a um acordo para a alienação do controle acionário de 76.262.912 ações do banco estadual, 71,2% do capital, pelo preço total de R$ 5,386 bilhões – R$ 70,63 por ação. O valor será pago em 18 parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas pela taxa Selic (atualmente em 13,75% ao ano), vencendo-se a primeira em 10 de março de 2009 – prazo esse que pode ser prorrogado em comum acordo pelas partes.

De acordo com o fato relevante, "o valor da operação foi calculado com base em avaliação econômico-financeira elaborada por consultores contratados pelo Estado, a qual levou em consideração, entre outras metodologias, as perspectivas de rentabilidade futura e o fluxo de caixa descontado da Nossa Caixa". O documento estabelece também a "posterior incorporação societária da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, com a manutenção da prestação de serviços para o Estado de São Paulo".

A venda deverá ser aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo até 10 de março de 2009, e ter a aprovação prévia ou ratificação por assembléia dos acionistas do Banco do Brasil. Como qualquer outra fusão, a operação também tem que ser aprovada pelo Banco Central.

O fato relevante informa que a operação preserva os interesses do público relacionado às empresas, incluindo empregados, correntistas, acionistas e outros parceiros.Os bancos – Nos nove primeiros meses de 2008, o lucro líquido do Banco do Brasil foi de R$ 5,9 bilhões, 52,5% de crescimento em relação ao observado no mesmo período de 2007. Os ativos totais do BB cresceram 10,2% no trimestre, e 26,5% em 12 meses, alcançando R$ 444,7 bilhões.

No mesmo período, o lucro da Nossa Caixa somou R$ 596 milhões, alta de 87,5% sobre os nove primeiros meses de 2007. Os ativos totais da Nossa Caixa, segundo o balanço do terceiro trimestre, totalizaram R$ 53,43 bilhões.

Juntos, BB e Nossa Caixa mantêm uma carteira de crédito de R$ 213,7 bilhões e um total de depósitos de R$ 264 bilhões. Além disso, contam com 103 mil funcionários, 4.888 agências e 53,3 mil clientes.

Em entrevista à Globonews, o presidente do Banco do Brasil, Antonio Francisco de Lima Neto, afirmou, após o anúncio da compra, que não há planos para fechamento de agências já que a sobreposição de unidades entre os dois bancos é mínima. Já no site Terra, o presidente do banco disse que no máximo 30 agências das 599 que a Nossa Caixa possui podem ser fechadas. Lima Neto acredita que o atendimento ao cliente da Nossa Caixa tende a melhorar com a utilização da tecnologia do BB. O executivo prevê que o nome Nossa Caixa deve ser mantido por até um ano.

Aquisição do Nossa Caixa pelo BB equilibra o mercado, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (20) que a compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil permite manter o equilíbrio entre os grandes bancos brasileiros além de fomentar a competição no mercado.

O Banco do Brasil anunciou nesta tarde a compra da Nossa Caixa por R$ 5,386 bilhões. "Essa aquisição fortalece o Banco do Brasil, pois a Nossa Caixa possui cerca de trezentas agências em São Paulo, onde o Banco do Brasil tinha uma presença pequena em relação aos demais bancos. Agora, ele terá uma presença maior", disse.

De acordo com o ministro, é importante que bancos públicos como o BB e a Caixa, sejam bancos fortes e tenham poder de competição com grandes bancos brasileiros. Ele lembrou ainda que é necessário, neste momento de crise financeira mundial, que o país tenha bancos que não tenham nenhuma restrição de crédito. "O fortalecimento destes bancos podem até acrescentar mais crédito e ajudar a manter o mercado sólido", declarou.

Mantega comentou a fusão entre o Itaú e o Unibanco que passou a ser o maior banco brasileiro. "Agora o Banco do Brasil passou para a segunda posição, logo atrás do Itaú-Unibanco. Vamos continuar trabalhando com bancos públicos sólidos aumentando o crédito e abaixando as taxas de juros", disse.

20 novembro 2008

Encontro Nacional deflagra campanha permanente no Itaú, Unibanco e HSBC

O Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais do Itaú, Unibanco e HSBC organizado pela Contraf/CUT terminou nesta quarta-feira 19 com a aprovação da deflagração das campanhas permanentes em cada banco para negociar as reivindicações específicas. Os dirigentes decidiram que a campanha no Itaú e no Unibanco já será unificada, tendo como eixos centrais a garantia dos empregos e a preservação dos direitos. Nos dias 8, 9 e 10 de dezembro será a vez dos dirigentes sindicais do Bradesco e do Santander/Real realizarem o seu Encontro Nacional.

"Com esses encontros nacionais, estamos consolidando a estratégia de campanhas articuladas, com negociações dos temas de interesse comum da categoria realizadas na mesa da Fenaban durante a campanha salarial e negociações permanentes, durante o ano todo, das questões específicas de cada banco", explica Vagner Freitas, presidente da Contraf/CUT. "Nosso objetivo é organizar e mobilizar a categoria para irmos atrás das reivindicações e avançarmos nas conquistas."

* Veja outras notícias do Encontro Nacional dos dirigentes do Itaú, Unibanco e HSBC:
- Debate sobre crise abre o encontro dos dirigentes do Itaú, Unibanco e HSBC
- Itaú reafirma que não haverá fechamento de agências e demissões com a fusão
- 'Fusão também tem que ser benéfica aos bancários e à sociedade'
- 'Com esse encontro, estamos dando continuidade à campanha salarial'

Mais de 150 dirigentes sindicais dos três bancos privados participaram do Encontro Nacional, iniciado na segunda-feira 17, no município de Embu das Artes, na Grande São Paulo.

Em defesa do emprego no Itaú e Unibanco

Além da luta pela garantia dos empregos e preservação dos direitos dos bancários, os encontros do Itaú e Unibanco aprovaram uma série de reivindicações específicas, que serão unificadas na reunião que será realizada no dia 8 de dezembro entre as comissões de empresa dos funcionários dos dois bancos.

Já está decidido que haverá uma campanha de mídia em defesa do emprego e dos direitos, com a definição de uma marca e confecção de camisetas e jornais para clientes do Itaú e do Unibanco. Os dirigentes sindicais vão elaborar ainda um documento que será entregue ao Cade e ao Banco Central e farão um monitoramento minucioso nos Estados sobre o nível de emprego nos dois bancos.

"Foi extraordinária a unidade demonstrada pelos dirigentes sindicais do Itaú e do Unibanco em torno da necessidade estratégica de defender os empregos e os direitos dos bancários no processo de fusão", avalia Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf/CUT, que é funcionário do Itaú. "Ficou claro que é importante dialogar tanto com a categoria quanto com a opinião pública, para mostrar que a fusão não pode ser benéfica apenas aos banqueiros, mas também precisa ser positiva para a sociedade e para os bancários."

Fonte: Contraf/CUT

14 novembro 2008

Debate "Outra Amazônia" com IGNACY SACHS

Vejam que convite interessante:



DEBATE com IGNACY SACHS - Prof.honorário da École de Hautes Etudes em
Sciences Sociales, Centro de Pesquisas do Brasil Contemporâneo. É
economista e sociólogo. Sachs ajudou a formular o conceito que passou a ser
chamado de Desenvolvimento Sustentável.

TEMA: "Outra Amazônia - Laboratório das Biocivilizações do Futuro"

ONDE: Teatro TUCA/PUC SP (Rua Monte Alegre 1024, Perdizes - SP) - Fone
11.3670.8453

QUANDO: 17 de novembro de 2008, às 19h30, no TUCA
ENTRADA GRATUITA E LIVRES - LUGARES LIMITADOS.

Outros debatedores presentes:
Ladislaw Dowbor, Economista/PUC SP
Gilmar Mauro, MST (Movimento dos Trababalhadores Rurais Sem Terra)
Guilherme Leal, Natura/Empresa de Cosméticos
Ricardo Young, Instituto Ethos
Marcelo Furtado, Greenpeace

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES DEVEM SER FEITAS DIRETAMENTE COM A PUC/SP.

11 novembro 2008

Bancários cobram garantias. Unibanco e Itaú negam, mas negociação continua

Dirigentes sindicais bancários estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira (10) com os diretores de recursos humanos do Itaú e do Unibanco. O encontro teve por objetivo formalizar o compromisso de que não haverá demissões nos dois bancos, assumido pelos presidentes das instituições, Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, ao anunciarem a fusão das empresas, na semana passada.

Os negociadores do Itaú e do Unibanco reafirmaram o compromisso, inclusive de manutenção no número de agências, mas não quiseram assinar nenhum documento com garantias. Por reivindicação dos dirigentes sindicais, as negociações vão continuar. A nova rodada de negociação entre Sindicatos e as direções do Itaú e do Unibanco está marcada para a tarde do dia 9 de dezembro.

Fonte: Michele Amorim, com informações da Contraf/CUT

08 novembro 2008

Lula é quem vai decidir sobre Nossa Caixa

O Estado de São Paulo
Carlos Marchi e Elizabeth Lopes

Depois de acertar os detalhes finais da compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil com o governador José Serra (PSDB), o ministro Guido Mantega, da Fazenda, explicou ao governador que quem vai bater o martelo da compra, pelo lado do governo federal, não é a direção do Banco do Brasil, mas o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mantega ficou de buscar essa autorização com Lula entre ontem e hoje.

Na última rodada de negociações, anteontem, em Brasília, Serra esteve acompanhado por seu secretário de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, que é o negociador pelo lado paulista.

Serra também explicou a Mantega que a venda da Nossa Caixa precisa ser autorizada pela Assembléia Legislativa de São Paulo. O governador disse que já tem praticamente redigido o projeto, que será enviado à Assembléia com caráter de urgência tão logo Mantega comunique a aprovação de Lula para os termos do negócio.

Serra e Mantega também discutiram a tramitação desse projeto na Assembléia e os dois concordaram em que não deverá haver problemas para aprová-lo, já que é de alto interesse tanto da base aliada do governo paulista na Assembléia quanto do governo federal. Mantega tranqüilizou Serra e garantiu que o governo Lula poderia ajudar a contornar uma eventual reação da bancada do PT.

Fontes próximas às negociações entre Banco do Brasil e o governo de São Paulo afirmaram que a venda pode ser concluída entre hoje e segunda-feira, mas ainda dependerá do aval do legislativo paulista. A negociação tem girado entre R$ 5,5 bilhões e R$ 6,5 bilhões, apesar de Mantega e Serra terem negado que o valor da operação já esteja fechado.

Parlamentares da base governista e da oposição disseram ontem que dificilmente o projeto enfrentaria resistências para ser aprovado. A base aliada do governo paulista é favorável à venda, sobretudo porque parte dos recursos vai compor o dinheiro da agência de fomento que o governo paulista está criando, uma espécie de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do Estado, para subsidiar investimentos em São Paulo.

A oposição também não pretende criar empecilhos porque, com essa operação, o Banco do Brasil ampliará a sua presença no mercado. Embora não ultrapasse a nova holding financeira Itaú-Unibanco no ranking das maiores instituições do País, o BB se aproximaria do grupo e somaria R$ 54 bilhões aos seus R$ 416 bilhões de ativos.

A expectativa de tramitação do projeto de lei que autoriza a venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil é de cerca de dez dias, já que a perspectiva é de acordo entre governistas e oposição. O governo paulista tem 71,25% do capital da Nossa Caixa. Os 28,75% restantes são dos acionistas minoritários.

A expectativa de que o banco possa ser vendido em breve refletiu no desempenho das ações. Enquanto o setor bancário nacional seguiu a trajetória negativa do mercado financeiro ontem, os papéis da Nossa Caixa subiram 13,07%.

NÚMEROS

R$ 6 bilhões
é o possível valor de negociação entre a Nossa Caixa e o Banco do Brasil

R$ 54 bilhões
é o valor dos ativos da Nossa Caixa com base no balanço de junho

R$ 416 bilhões
é o valor de ativos do Banco do Brasil com base no balanço de junho

Fonte: Estado de São Paulo

07 novembro 2008

Itaú confirma queda no lucro

O Itaú confirmou, na última terça-feira (4), queda de 8% no lucro líquido
consolidado de janeiro a setembro de 2008 em comparação a igual período do ano passado.

Conforme balanço, a cifra deste ano foi de R$ 5,9 bilhões, enquanto que em 2007 o resultado alcançado foi de R$ 6,44 bilhões. Já o lucro líquido recorrente apresentou crescimento de 11,9% em relação ao mesmo período de 2007 e rentabilidade anualizada
de 26,8%.

A divulgação dos números ocorreu um dia depois do anúncio da fusão com o Unibanco, cuja operação deverá resultar em um conglomerado com valor de mercado entre os 20 maiores do mundo. O novo banco deverá ser o maior do hemisfério sul, segundo comunicado oficial do Itaú.

“Com a queda no lucro, o banco vai pagar uma PLR menor em seu montante
em comparação ao efetuado em 2007. Por outro lado, a diminuição do resultado, aliada ao anúncio da fusão, faz surgir uma série de incertezas entre os empregados”, adverte Valdir Machado, diretor de Bancos Privados da FETEC/CUT-SP e dos Sindicato dos Bancários de Taubaté e Região.

Somando os mais de 69 mil funcionários do Itaú e os 35 mil do Unibanco, serão mais de 104 mil trabalhadores envolvidos na fusão. “Queremos que estes trabalhadores possam ter tranqüilidade quanto ao seu futuro, com manutenção de emprego e de direitos”, adverte o dirigente ao lembrar a necessidade de também se resguardarem os direitos de clientes e usuários frente à operação recém-anunciada.

As Comissões de Organização dos Empregados do Itaú e do Unibanco estão reunidas, nesta quinta-feira, na sede da Contraf/CUT para definir as estratégias para o próximo período.

Na segunda-feira (10/11), a partir das 15h, os representantes sindicais se reunirão com a direção do Itaú, para cobrar garantias durante todo o processo de fusão.

Lucimar Cruz Beraldo - Fetec/SP

05 novembro 2008

Caixa desrespeita seus funcionários e ameaça descontar dias não compensados

A Caixa divulgou, na última sexta-feira, dia 31, a Caixa a circular interna CI Suape/Surse 107/08, que trata da compensação das ausências decorrentes da greve da campanha salarial deste ano. Nela, o banco desrespeita o processo de negociação realizado entre trabalhadores e bancos na mesa da Campanha Nacional dos Bancários 2008 ao afirmar que os dias de greve não compensados até o dia 15 de dezembro serão descontados do salário dos bancários em janeiro de 2009.

A interpretação da Caixa vai na contramão do que foi negociado entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e que está previsto na Convenção Coletiva de Trabalho Nacional 2008/2009 (CCT), assinada na semana passada. A CI contraria entendimento expresso pelo acordo firmado com a Fenaban de que os dias de greve não serão descontados.

A CCT prevê a compensação até o dia 15 de dezembro do período em que os bancários ficaram em greve. Essa compensação deverá ser feita dentro da jornada semanal de cada bancário, conforme previsto pela legislação. Na contramão desse entendimento, a CI da Caixa orienta os gestores a descontarem na folha de pagamento de janeiro de 2009 "o saldo de horas que eventualmente remanescer sem o devido pagamento por compensação até a data-limite prevista na Convenção Coletiva Nacional".

A postura da Caixa é absurda e autoritária. Estão jogando fora todo o processo ocorrido na mesa de negociações entre bancários e Fenaban sobre essa questão e tentando prejudicar os bancários que entraram em greve para buscar legitimamente seus direitos. O movimento sindical bancário não aceitará essa medida. Buscaremos todas as maneiras possíveis para garantir os direitos dos trabalhadores.

Outro grave equívoco da Caixa é vincular essa compensação a benefícios como férias e abonos, em claro desrespeito aos direitos dos empregados. É lamentável ainda, dado o seu caráter autoritário, o item da CI que afirma o seguinte: "Os empregados que retornaram ao trabalho no dia 27 de outubro não são abrangidos pelo acordo de pagamento das horas por compensação... e estarão sujeitos ao desconto dos dias 23 e 24 de outubro, inclusive os dias de descanso semanal remunerado, na folha de pagamento de novembro".

O trecho se refere às bases em que os empregados da Caixa decidiram, em assembléias realizadas no dia 23, manter a greve no dia 24. A paralisação do dia 23 já havia sido negociada com o banco, que aceitou a compensação da data e prolongou o período de compensação até o dia 16 de dezembro. O Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) já solicitaram à Caixa que seja oferecido o mesmo tratamento de compensação aos bancários que encerraram a greve em 24 de outubro. No entanto, não houve até o momento qualquer resposta do banco.

É inaceitável que a Caixa, de maneira isolada, adote medidas intransigentes e anti-sindicais como as que propõem a CI Suape/Geret 107/08. Punir os empregados que se comprometem a fazer a compensação das ausências decorrentes da greve deste ano, até o período de 15 de dezembro, é um golpe à negociação direta e ao diálogo com os representantes dos trabalhadores. Questões relativas ao tema devem ser tratadas em mesa de negociação, o que não foi o caso, dado que o contrário é tentativa de intimidação ao movimento.

Se essa medida arbitrária não for revista, o Sindicato e as Confederações irão adotar providências cabíveis. Ainda esta semana, o movimento sindical bancário fará solicitação formal para a direção da empresa renegociar essa punição absurda.

Portanto, não assine nenhum termo de acordo entre a empresa e o empregado. Denuncie ao sindicato qualquer postura de Assédio Moral com a intenção de desqualificar a negociação com o Sindicato.

Financiários: Contraf-CUT e Sindicatos conquistam aumento real de 2,66%

A Contraf-CUT e sindicatos se reuniram nesta manhã 3/11 com a direção da Federação Interestadual das Instituições de Crédito (Fenacrefi) para nova rodada de negociação da campanha salarial dos financiários. A propsota definidana mesa de negociação garante um índice de reajuste de 9,48% para quem recebe até R$ 2.500 e de 7,63% para os salários acima deste valor.

Considerando a inflação de 6,64% medida pelo INPC, o reajuste representa aumento real de 2,66% para os menores salários e de 0,93% para quem ganha mais de R$ 2.500, mesmo ganho conseguido pelos bancários.

Ficou acordado que as diferenças salariais e dos tickets serão pagos na folha de pagamento de novembro de 2008. Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), 50% da parcela fixa (R$ 574,77) será pago dez dias após a assinatura do acordo, e os 80% do salário, até 14 de janeiro de 2009. A 13ª cesta alimentação será paga até o dia 20 de dezembro.

"Mesmo com toda morosidade para conseguirmos a negociação, avaliamos que houve avanços significativos com esta proposta", explica Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT.

Entre as principais conquistas está o aumento do auxílio refeição de R$ 15,25 para R$ 16,41, o adicional por tempo de serviço de R$ 14,73 para R$ 15,85, o auxílio creche/babá de R$ 152,36 para R$ 163,99 e a requalificação profissional, de R$ 677,15 para R$ 728,82.

"A nossa luta é para representar todos os trabalhadores do setor financeiro, inclusive os promotores. Iremos prosseguir firmes neste propósito, assim como na unificação da data base para setembro", defende Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT.

Os sindicatos deverão fazer assembléias até 7 de novembro para deliberar sobre a negociação desta manhã.

Veja na tabela abaixo todos os ítens propostos na negociação


FinanciáriosAcordo atualNova propostaBancários (antigo / atual)
Piso de PortariaR$ 627,22 R$ 686,68 R$ 644,70 / 706,22
Piso de Escritório R$ 905,68 R$ 991,54 R$ 924,60 / 1.013,64
Piso de Caixa / TesoureiroR$ 956,45 R$ 1,047,12 R$ 924,60 / 1.013,64
Gratificação do CaixaR$ 248,86R$ 272,45R$ 273,52
Adicional por Tempo de Serviço R$ 14,73R$ 15,85 R$ 15,92
13ª Cesta AlimentaçãoR$ 240,39R$ 258,73 R$ 272,96
Auxílio Cesta AlimentaçãoR$ 240,39R$ 258,73 R$ 272,93
Auxílio refeição
R$ 15,25R$ 16,41 R$ 15,92
Auxílio Creche / Babá R$ 152,36R$ 163,99 R$ 196,18
Indenização decorrente de Assalto R$ 68.644,92R$ 73.882,53 R$ 78.467,57
Requalificação Profissional R$ 677,15R$ 728,82 R$ 784,23
PLR 80% sobre salário base + verbas fixas de natureza salarial, acrescido do valor fixo de R$ 1.050,00 respeitando o teto máximo de R$ 5.880,00.80% sobre salário base + verbas fixas de natureza salarial, acrescido do valor fixo de R$ 1.149,54 respeitando o teto máximo de R$ 6.437,42.90% sobre salário base + verbas fixas de natureza salarial, acrescido do valor fixo de R$ 966,00 limitado ao valor de R$ 6.301,00.

03 novembro 2008

Unibanco e Itaú anunciam fusão e criam gigante financeiro

O Unibanco e o Itaú anunciaram nesta segunda-feira 3 a fusão entre as duas instituições. O novo banco deverá ser o maior do hemisfério sul, segundo comunicado oficial do Banco Itaú. Leia a nota na íntegra:

"Dois dos mais tradicionais e bem-sucedidos grupos empresariais brasileiros, que há mais de 60 anos investem e acreditam em nosso país e suas potencialidades, Itaú e Unibanco decidiram se unir para criar um conglomerado com valor de mercado que o situa entre as 20 maiores instituições financeiras do mundo e a maior do Hemisfério Sul, com plena capacidade de competir com os maiores bancos no mercado global.

O resultado dessa associação é um banco de capital brasileiro, com o compromisso, a solidez, a vocação e a capacidade econômica para se transformar num sócio vital para o desenvolvimento das empresas brasileiras, aqui e no exterior. Com forte presença internacional - e já cobrindo com suas operações de banco comercial todos os países do MERCOSUL -, a instituição terá a agilidade necessária para aumentar a presença do Brasil no cenário internacional.

Esta operação surge em momento de grandes mudanças e oportunidades no mundo, particularmente no setor financeiro. O novo banco consolida-se em um cenário que encontra o Brasil e o seu sistema financeiro em situação privilegiada, com enormes possibilidades de melhorar ainda mais a sua posição relativa no cenário global. Consideramos da maior importância que se faça, nessa etapa de crescimento sustentável do Brasil, movimentos de fortalecimento das grandes empresas nacionais, a exemplo do que vem ocorrendo em outros setores da economia, ampliando continuamente nossa capacidade competitiva.

A associação, amadurecida ao longo de 15 meses de diálogo e construção conjunta, nasce a partir de uma forte identidade de valores e visão convergente de futuro. Os controladores da Itaúsa e Unibanco constituirão uma holding em modelo de governança compartilhada. A presidência do Conselho de Administração ficará a cargo de Pedro Moreira Salles e o Presidente Executivo será Roberto Egydio Setubal.

O conglomerado resultante da associação apresenta escala, expertise e forte base de capital, que o capacitam a reforçar sensivelmente a oferta de crédito ao mercado, correspondendo às expectativas de saudável e vigorosa resposta às demandas de empresas e pessoas físicas.

Será uma grande organização, comprometida com o Brasil e capaz de gerar mais oportunidades para os talentos brasileiros. Um aspecto relevante desta associação é a feliz junção de dois grupos formados por equipes reconhecidamente qualificadas, com grande concentração de talentos. O capital humano do Itaú e do Unibanco representa um dos principais fatores de competitividade da nova instituição. Ou seja, ela já nasce preparada para dar o salto global.

A decisão dos controladores é a de reforçar a presença do novo banco no mercado, sempre com a visão positiva da expansão dos negócios.

Grandes beneficiários desta operação, os clientes do Itaú e do Unibanco passarão a contar com mais facilidades e serviços. Para eles, nada muda operacionalmente neste momento. Todos continuarão a utilizar normalmente os diferentes canais de atendimento, cheques, cartões e demais produtos e serviços.

Algumas informações sobre a nova instituição:

1- Contará com aproximadamente 4.800 agências e PABs, representando 18% da rede bancária; e 14,5 milhões de clientes de conta corrente, ou 18% do mercado. Em volume de crédito representará 19% do sistema brasileiro; e em total de depósitos, fundos e carteiras administradas atingirá 21%.

2- No mercado de seguros, nasce com uma participação de 17%; e 24% em previdência.

3- As operações Corporate somam mais de R$ 65 bilhões, com atendimento a mais de dois mil grupos econômicos no Brasil.

4- O negócio de Private Bank será o maior da América Latina, com aproximadamente R$ 90 bilhões de ativos sob gestão.

5- As operações de Cartões de Crédito passam a contemplar as empresas Itaucard, Unicard, Hipercard e Redecard.

6- O total de ativos combinado é de mais de R$ 575 bilhões, o maior do Hemisfério Sul.

Roberto Setubal destaca "o orgulho que sente pela associação, que possibilitou a criação de uma das maiores instituições financeiras internacionais, com plena capacidade de disputar o mercado com os maiores bancos globais". Para Pedro Moreira Salles, "um dos aspectos mais significativos da associação diz respeito ao grande alinhamento de princípios entre as duas instituições, pautado por valores elevados, capacidade empreendedora e a obstinação de buscar sempre os melhores talentos"."

Fonte: Contraf/CUT