O Itaú confirmou, na última terça-feira (4), queda de 8% no lucro líquido
consolidado de janeiro a setembro de 2008 em comparação a igual período do ano passado.
Conforme balanço, a cifra deste ano foi de R$ 5,9 bilhões, enquanto que em 2007 o resultado alcançado foi de R$ 6,44 bilhões. Já o lucro líquido recorrente apresentou crescimento de 11,9% em relação ao mesmo período de 2007 e rentabilidade anualizada
de 26,8%.
A divulgação dos números ocorreu um dia depois do anúncio da fusão com o Unibanco, cuja operação deverá resultar em um conglomerado com valor de mercado entre os 20 maiores do mundo. O novo banco deverá ser o maior do hemisfério sul, segundo comunicado oficial do Itaú.
“Com a queda no lucro, o banco vai pagar uma PLR menor em seu montante
em comparação ao efetuado em 2007. Por outro lado, a diminuição do resultado, aliada ao anúncio da fusão, faz surgir uma série de incertezas entre os empregados”, adverte Valdir Machado, diretor de Bancos Privados da FETEC/CUT-SP e dos Sindicato dos Bancários de Taubaté e Região.
Somando os mais de 69 mil funcionários do Itaú e os 35 mil do Unibanco, serão mais de 104 mil trabalhadores envolvidos na fusão. “Queremos que estes trabalhadores possam ter tranqüilidade quanto ao seu futuro, com manutenção de emprego e de direitos”, adverte o dirigente ao lembrar a necessidade de também se resguardarem os direitos de clientes e usuários frente à operação recém-anunciada.
As Comissões de Organização dos Empregados do Itaú e do Unibanco estão reunidas, nesta quinta-feira, na sede da Contraf/CUT para definir as estratégias para o próximo período.
Na segunda-feira (10/11), a partir das 15h, os representantes sindicais se reunirão com a direção do Itaú, para cobrar garantias durante todo o processo de fusão.
Lucimar Cruz Beraldo - Fetec/SP
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