A agência de Pindamonhangaba da Caixa Econômica Federal adotou uma postura de exclusão social quando demitiu um técnico bancário portador de deficiência. A alegação foi de “reduzida capacidade de memorização de informações”, além de “falta de iniciativa e de comunicação no trabalho”.
Segundo a dirigente do Sindicato Alessandra Campos, a alegação do banco beira ao absurdo. “O respectivo trabalhador foi admitido através de concurso público, na cota de portadores de deficiência, com laudo médico de PORTADOR DE PARALISIA CEREBRAL, COM REDUÇÃO DE MOVIMENTO DO MEMBRO SUPERIOR DIREITO”, explica Alessandra.
A Caixa aplicou ao trabalhador portador de deficiência os mesmos critérios adotados no processo de acompanhamento e avaliação profissional para o trabalhador não portador de deficiência, demonstrando, inclusive, o total desconhecimento da deficiência apresentada pelo técnico bancário.
“A Caixa, além de deixar de cumprir a cota de 5% que reserva postos de trabalhos para portadores de deficiência, esquece que a Constituição veda toda e qualquer discriminação quanto aos critérios de admissão do trabalhador de deficiência”, destaca o dirigente do Sindicato Valdir Aguiar.
A Caixa com essa conduta enterra por vez, todos os anunciados progressos conquistados pelo Governo Lula na questão de igualdade de oportunidades e gênero, principalmente quando tal conduta é adotada por uma instituição pública que tem de ser exemplar no campo da responsabilidade social.
Não concordando com essa atitude, o Sindicato dos Bancários encaminhou ao Ministério Público do Trabalho em São José dos Campos uma representação denunciando a perversa conduta adotada pela Caixa e estará ingressando com uma ação de reintegração.
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