Várias pesquisas mostram que nós, mulheres, somos as maiores vítimas do assédio moral no trabalho. Somos educadas para sermos “dóceis” e “frágeis”, e adoecemos mais do que os homens diante da violência organizacional, que exige resultados absurdos e impõe humilhação como estratégia para elevar a produtividade de nosso trabalho.
Precisamos denunciar os abusos, sermos solidárias com as companheiras vítimas de assédio e exigir melhorias na legislação, pois trabalho não é lugar de sofrimento.
Precisamos lembrar que os avanços no mundo do trabalho foram conquistados por meio de campanhas, piquetes e lutas dos trabalhadores. Se hoje as mulheres desempenham lideranças, há alguns anos, elas necessitavam de autorização do pai ou do marido para se candidatarem a um emprego.
Hoje, já conquistamos a licença-maternidade de seis meses, e não temos mais a exigência de exames de esterilização ou estado de gravidez para contratação.
Ainda temos uma longa luta pela frente, para podermos consolidar nossas carreiras sem comprometer a saúde, e sem prejuízo para nossas vidas em família ou sociedade.
Portanto, trabalhadores e trabalhadoras, vamos aproveitar este momento de campanha salarial e vamos à luta!
Maria Isabel dos Santos - Diretora do Sindicato dos Bancários e Financiários de Taubaté e Região
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