10 setembro 2007

Campanha Nacional entra em fase decisiva

A Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro entra numa fase decisiva a partir de agora. Nesta semana que vai de 10 a 14 de setembro, os bancários e a Fenaban realizam o penúltimo bloco de negociações e iniciam as discussões específicas com os bancos.

O tema das negociações deste terceiro bloco e da semana temática é o emprego. Entre as cláusulas prioritárias sobre o tema que integram a minuta dos bancários está a garantia no emprego, com o cumprimento da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os bancários também querem garantias contra dispensas imotivadas, combate à terceirização e a ampliação do horário de atendimento, com a abertura das agências das 9h às 17h e a criação de dois turnos de trabalho.

Negociações entre bancários e direções de CEF e BB


As negociações sobre reivindicações específicas serão discutidas nesta segunda-feira, 10 de setembro, em Brasília, entre o Comando Nacional dos Bancários e a direção da Caixa Econômica Federal. No dia seguinte, 11 de setembro, os dirigentes sindicais sentam à mesa com a direção do Banco do Brasil. A pauta de reivindicações específicas foi entregue para as direções dos respectivos bancos no dia 14 de agosto, data em que a Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro foi oficialmente lançada.


Concomitantemente, estão sendo realizadas negociações com a Fenaban (Federação dos Bancos) sobre reivindicações gerais da categoria que comporão o Contrato Coletivo de Trabalho. Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem um acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 420 mil bancários.

Reivindicações CEF

  • Criação de um novo Plano de Cargos e Salários (PCS).
  • Contratação de mais empregados.
  • Saúde e condições de trabalho – fim do assédio moral e da violência organizacional.
  • Extensão do auxílio e da cesta-alimentação aos aposentados.

Reivindicações BB

  • Isonomia de direitos entre os funcionários novos e antigos.
  • Mudanças no PCS.
  • Incorporação nos salários dos R$ 30 conquistados na greve de 2004.
  • Pagamento das horas extras e o retorno do anuênio.
  • Para a caixa de assistência dos funcionários do BB (Cassi), exige-se a não-terceirização do Sesmt (Serviço de Engenharia e Segurança de Medicina do Trabalho) e a cobertura por parte do BB de eventuais déficits.
  • Para a Previ, defendem o fim do “voto de minerva” e o aumento das pensões e do benefício, de 90% para 100%.

Isonomia - Os bancários entregaram, no dia 5 de setembro, ao Congresso Nacional abaixo-assinado pela isonomia de direitos entre funcionários novos e antigos dos bancos públicos federais BB, CEF, BNB e Basa. Durante a campanha do primeiro semestre, foram coletadas mais de 22 mil assinaturas em apoio ao projeto de lei dos deputados Inácio Arruda (PCdoB/CE) e Daniel Almeida (PCdoB/BA), que regulamenta a questão.


Fontes: Contraf e Bancários SP


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