02 setembro 2007

Negociação aprofunda debate de temas

Negociação desta sexta envolveu auxílio educacional, 13ª cesta-alimentação, segurança, previdência complementar, entre outros temas

As negociações do primeiro bloco de reivindicações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação dos Bancos) foram encerradas nesta sexta-feira, dia 31, com a previsão de criação de um programa de prevenção de doenças ocupacionais e de reabilitação de afastados, além da instalação de um canal de denúncia contra o assédio moral. O próximo bloco que trata de cláusulas econômicas, entre elas a reivindicação de 10,3% de reajuste salarial, será discutido na próxima negociação marcada para o dia 5 de setembro.

Veja a seguir o resultado de cada ponto das negociações desta sexta-feira:

Auxílio educacional - Os bancos insistem que esse não é assunto para constar em Convenção Coletiva Nacional (CCT), que deve ser uma política banco a banco. O Comando Nacional dos Bancários insistiu que essa é uma política que já vem sendo adotada por várias empresas e que deve constar na CCT. O debate será retomado nas discussões sobre remuneração total.

13ª cesta-alimentação - Pela primeira vez não descartaram logo no início da negociação. A negociação será retomada quando se discutir remuneração total no próximo dia 5.

Abrangência (CCT para todos os trabalhadores do sistema financeiro) - Aceitaram debater, com a ressalva de que não podem negociar sem mandato das financeiras e outras empresas. Pela primeira vez admitiram que é inevitável "um dia fazer acordo para todo o ramo financeiro".

Segurança Bancária - Foram apresentados três temas: obrigatoriedade de instalação de porta de segurança, emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) em caso de assaltos e seqüestros, não transporte de numerários por bancários. Os representantes dos bancos disseram não ter autorização para debater questões técnicas e ficaram de levar as propostas para os bancos.

Isenção de tarifas para funcionários - Afirmam que é diferente do auxílio educacional, que esta é uma cláusula coletiva, mas que deve ser tratada banco a banco. Foi requisitado que a Fenaban oriente os bancos a abrirem então essas negociações.

Previdência Complementar - Não houve avanços.

Delegado Sindical - Não houve avanço

Veja aqui os resultados das negociações de quinta-feira.

Próxima negociação - No próximo bloco que prevê as reivindicações econômicas estão: reajuste de 10,3%, que prevê aumento real de salários de 5,5%; participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500. Os bancários também querem a criação de um piso salarial de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese para que o trabalhador tenha atendidas suas necessidades básicas), além de Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.

Uma novidade na minuta de reivindicações é a proposta de contratação da remuneração variável nos acordos coletivos da categoria. O objetivo é regrar o pagamento e acabar com a cobrança abusiva de metas. Assim, os bancários querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos os empregados da unidade. E 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.

Os demais encontros acontecem nos dias 13 (reivindicações sociais e sobre defesa do emprego) e 20 de setembro (cláusulas renováveis da CCT).

Negociação - O novo formato de negociação prevê a discussão de um bloco de reivindicações por semana. A idéia é esgotar as discussões de cada bloco até que o outro seja iniciado. Esta nova estratégia foi proposta pelos dirigentes sindicais, com o objetivo de fortalecer o processo de negociação. “Estamos tendo mais espaço para os debates na mesa de negociação, o que favorece a qualificação de argumentos técnicos e comparativos de conquistas que já são aplicadas em alguns bancos na mesa de negociação”, disse Marcolino ao ressaltar que essa fórmula fica ainda mais completa com a mobilização da categoria.

Fonte: Contraf-CUT e / Bancários SP

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