30 setembro 2008

Adesão acima de 70% marca protesto de 24 horas na Região

Confira a Galeria de Fotos do protesto!

Os bancários fizeram paralisação de 24 horas no último dia 30 de setembro organizada por mais de 126 sindicatos de todo país, depois de rejeitarem, em assembléias, a proposta de reajuste de 7,5% apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na semana passada.


Na cidade de Taubaté, a paralisação de 24 horas contou com adesão de 80% dos Bancários. Os Bancos também pararam em Pindamonhangaba, Caçapava e Ubatuba. As exceções ficaram por conta do Bradesco.


“Os Bancários estão de parabéns, a adesão à paralisação foi alta, cumprindo o objetivo do Comando Nacional dos Bancários de aquecer os motores e advertir os bancos de que a categoria está pronta para uma greve por tempo indeterminado caso eles não apresentem nova proposta que atenda as reivindicações”, afirma Luizão, Presidente do Sindicato.


Vamos nos organizar!

Para o Presidente do Sindicato, Luizão, o momento é de nos organizarmos por meio de reuniões e assembléias. “A categoria deve continuar participando com o Sindicato mostrando sua força, uma vez que a Campanha Salarial ainda não está definida. Se houver greve geral, os Bancários vão parar o Brasil”, avisa.

Indicativo de Greve por tempo indeterminado

A diretoria do Sindicato se reuniu na última quarta-feira, 1º de outubro, para avaliar a mobilização e a continuidade da campanha salarial. "Agora cabe à Fenaban chamar o Camando Nacional para apresentar nova proposta. Em caso contrário, vamos propor novas assembléias no dia 7 para aprovar a Greve Nacional por tempo indeterminado a partir do dia 8 de outubro", afirma Luizão. O Sindicato deve realizar assembléias com os Bancários em diversas cidades da região: Taubaté, Pindamonhangaba, Caçapava, Ubatuba, entre outras.

Protesto é destaque no ValeParaibano


Confira a Galeria de Fotos do protesto!

26 setembro 2008

Assembléia Geral Extraordinária

O Sindicato convoca todos os bancários (as) da base para participarem da Assembléia Geral Extraordinária que ira discutir e deliberar a seguinte ordem do dia:

1 - Avaliação e deliberação sobre a proposta econômica apresentada pela FENABAN na negociação de 24/09/2008.

2 - Deliberação acerca de paralisação de 24 horas a partir de 00h00 do dia 30 de setembro de 2008.

DIA: 29/09/2008 – Segunda -feira

HORÁRIO: 18h Primeira Convocação

19h00 Segunda Convocação

Local: SEDE DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS TAUBATÉ
Rua: Dr. Silva Barros, 248 – Centro – Tel: 3633-5329

24 setembro 2008

Bancários não aceitam proposta dos banqueiros e prometem paralisações

A rodada de negociação desta quarta-feira, dia 24, não durou nem uma hora. Os negociadores da federação dos bancos (Fenaban) apresentaram proposta que não atende o que os bancários querem. Diante disso, o Comando Nacional rejeitou o que foi apresentado e está convocando os trabalhadores para o Dia Nacional de Luta, nesta quinta-feira, para mostrar aos banqueiros que se não querem negociar com seriedade, a greve vem aí.

Os Bancários devem atrasar as abertura das agências já nesta quinta-feira em todo Brasil e a indicação é de protesto de 24 horas já no dia 30/09.

Também nesta quinta nosso Sindicato realiza uma Plenária as 18:30 na Sede da Entidade para deliberar sobre a proposta.

Os banqueiros querem: 7,5% de reajuste para os salários, pisos e demais verbas, como vale-refeição, alimentação, auxílio-creche/babá – a inflação medida pelo INPC para o período de 30 de agosto de 2007 a 31 de agosto de 2008 é de 7,15%. A PLR manteria o mesmo modelo do ano passado, com o reajuste de 7,5% no valor fixo, o que configuraria 80% do salário mais R$ 943,85.

Ou seja, a proposta feita pela Fenaban não considera os 5% de aumento real que reivindicamos, não valoriza pisos nem vales e auxílios. Está fora do que consideramos prioridade nessa campanha. Além disso, se o modelo de PLR não for alterado, conforme querem os bancários, a maior parte da categoria receberá menos que em 2007, já que o crescimento do lucro dos bancos, esse ano, não contemplaria o pagamento do adicional, que no ano passado chegou a R$ 1.800.

A exemplo do que aconteceu ontem nas principais concentrações de bancos em São Paulo, temos que apontar para os banqueiros, nesta quinta-feira, nossa insatisfação e forçar a apresentação de uma nova proposta com aumento real, valorização dos pisos, dos vales e auxílios, além de PLR maior. Eles podem pagar.

Calendário – Não há nenhuma nova rodada de negociação prevista. Além do Dia de Luta, nesta quinta, 25, os bancários fazem uma assembléia, no dia 29, para rejeitar formalmente essa proposta e convocar paralisação de 24 horas para 30 de setembro. Esperamos que os banqueiros repensem a proposta apresentada e convoquem uma nova rodada de negociação. Caso contrário, vão deixar claro para os bancários que a saída é a greve.

Fonte: Seeb SP

22 setembro 2008

Negociação avança só com mobilização. Proposta econômica sairá no dia 24

Após seis rodadas de negociações, nas quais rejeitaram todas as propostas sobre saúde e condições de trabalho, igualdade de oportunidades, emprego e segurança, os bancos anunciaram nesta quarta-feira 17 que apresentarão propostas para as cláusulas econômicas da pauta de reivindicações na próxima reunião, marcada para o dia 24.

Consciente de que os banqueiros só negociarão a sério com pressão da categoria, o Comando Nacional dos Bancários aprovou um calendário de mobilização que aponta para a greve caso os bancos não atendam às reivindicações.

O calendário de mobilizações aprovado pelo Comando ao final da rodada de negociações desta quarta-feira é o seguinte:

19/9 - Negociação das questões específicas da Caixa Federal.
22 a 29/9 - Manifestações em todo o país.
23 e 24 - Negociação das reivindicações específicas do Banco do Brasil.
24 - Negociação para apresentação de propostas econômicas com a Fenaban.
25 - Dia Nacional de Luta.
26 - Negociação das questões específicas com a Caixa Federal e com o BNB.
Até 29/9 - Realização de assembléias em todos os sindicatos para avaliar as propostas que a Fenaban apresentará no dia 24.

Cláusulas econômicas

A rodada de negociação desta quarta-feira começou com os representantes dos bancos querendo condicionar a negociação das cláusulas econômicas à discussão dos três temas propostos por eles no dia anterior (redução do tempo de concessão do auxílio-creche/babá, diminuição do vale-transporte a estabilidade dos bancários em situação de pré-aposentadoria).

O Comando Nacional rejeitou a condicionante e insistiu na necessidade de os bancos apresentarem propostas concretas que atendam as expectativas dos bancários, com aumento real de salário e valorização dos pisos. "Deixamos claro para eles que o fechamento de um acordo na campanha deste ano passa pela valorização dos pisos", diz Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf/CUT e membro do Comando Nacional.

Os negociadores da Fenaban disseram que os bancos vão se reunir somente no dia 23 para discutir as reivindicações e que apresentarão no dia seguinte propostas para o índice de reajuste, para os pisos salariais e para os auxílios (creche/babá, tíquete-refeição, cesta-alimentação etc.).

Os bancários exigiram também resposta sobre a reivindicação para acabar com as metas abusivas. Os negociadores da Fenaban disseram que não existem metas abusivas e que a questão das metas é assunto individual de cada banco em suas estratégias de concorrência. Acrescentaram que esse não é tema econômico e que, quando houver problemas relacionados a ele, devem ser discutidos na mesa temática sobre assédio moral.

PLR

O Comando Nacional também exigiu resposta à nova formulação de participação nos lucros apresentada pelos bancários, mais simples e com aumento de valor: três salários mais R$ 3.500. Os representantes dos bancos responderam que ainda não fizeram simulação sobre a nova proposta.

Fonte: Contraf/CUT

16 setembro 2008

Seminário reforça luta por emprego e direitos no Santander/Real

A luta para conquistar garantia de emprego por três anos foi reforçada pelo Seminário Nacional dos Dirigentes Sindicais do Santander e Real, promovido pela Contraf-CUT e encerrado nesta sexta-feira, dia 5, em Atibaia, interior de São Paulo. Os 95 participantes de todo o País definiram um conjunto de propostas para organizar os funcionários dos dois bancos e dialogar com a sociedade. Somente com mobilização será possível barrar o processo de demissões e preservar os direitos dos trabalhadores.

Veja a Galeria de Fotos do Seminário!

Para
Alemão, Diretor do Sindicato, da Afubesp e Funcionário do Santander, A defesa do emprego é prioridade. "Somente em São Paulo mais de mil funcionários dos dois bancos foram dispensados sem justa causa em 2008". Além disso, quase o mesmo número de trabalhadores pediu desligamento, muitos por não agüentarem a pressão pelo atingimento das metas abusivas do banco", afirma. Desde 2000, quando o Santander adquiriu o Banespa, mais de 22 mil empregados já foram demitidos. É como se um banco inteiro tivesse sido fechado e os bancários mandados embora.

Leia mais sobre as negociações com o Santander/Real


Informações: Ademir Wiederkeh -
Seeb Porto Alegre

15 setembro 2008

Bancos crescem mais que PIB e podem atender reivindicações dos bancários

O produto interno bruto (PIB) do setor bancário cresceu 41,7% no ano passado, quase oito vezes mais que a economia como um todo, e caminha para um resultado semelhante em 2008. Levantamento divulgado nesta quarta-feira 10 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o setor de intermediação financeira e seguros (que inclui bancos, seguros e previdência complementar) teve um crescimento de 12,5% no primeiro semestre deste ano, mais que o dobro do aumento do PIB nacional no período, que foi de 6,1%, superando todas as expectativas.

"O fantástico desempenho dos bancos mostra que eles não têm nenhuma razão para rejeitar as reivindicações da categoria. Queremos incorporar aos nossos direitos e salários uma parte da riqueza que ajudamos a construir", afirma Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, que está negociando a campanha salarial com a Fenaban.

Na próxima quarta-feira, 17, os bancários começam a discutir com os bancos as cláusulas econômicas da pauta de reivindicações, que inclui aumento real de 5% (acima dos 7,15% da inflação medida pelo INPC/IBGE nos últimos 12 meses), aumento e simplificação da PLR, valorização dos pisos salariais, cesta-alimentação no mesmo valor do salário mínimo (R$ 415) e contratação da remuneração total. Clique aqui para conhecer as principais reivindicações e aqui para ver o calendário estabelecido para as negociações.

Na rodada de negociação marcada para terça-feira, 16, o Comando Nacional pretende concluir as discussões sobre as cláusulas não econômicas, que incluem saúde e condições de trabalho, igualdade de oportunidades e segurança bancária.


O aumento da riqueza dos bancos

De acordo com os dados do Relatório Social dos bancos divulgado no mês passado pela Febraban, a riqueza gerada pelo setor bancário (valor adicionado; veja no quadro o que é) em 2007 foi de R$ 136,9 bilhões, contra R$ 92,5 bilhões em 2006 - aumento de 41,7%. No mesmo período, o PIB nacional subiu 5,4%. Com isso, a participação do setor bancário no PIB nacional, que era de 4,0% em 2006, cresceu para 5,4% no ano passado.

Distribuição do valor adicionado dos bancos (R$ milhões)
2007 (1) 2006 Evolução Real*
RECURSOS HUMANOS 45.510 36.662 18,8%
Salários e Honorários 24.620 20.181 16,8%
Encargos Sociais (30%) 12.310 10.090 16,8%
Benefícios (10%)4.103 3.363 16,8%
Participações (funcionários e minoritários) 4.477 3.028 41,6%
GOVERNO 33.212 23.97732,6%
Despesas Tributárias 12.015 9.135 25,9%
IRPJ e CSLL 11.964 7.274 57,5%
INSS sobre salário (22,5%)9.233 7.568 16,8%
LÍQUIDO PARA ACIONISTAS 58.176 31.851 74,9%
Dividendos distribuídos 14.627 8.256 69,6%
Lucro retido 43.881 24.768 69,6%
Prejuízos(332) (1.173)79,4%
TOTAL136.898 92.490 41,7%

Fonte: Austin Asis/Relatório Social dos Bancos 2007 - Febraban
(1)em 2007, os dados são de 150 bancos, contra 147 em 2006
*Valor Deflacionado pelo IPCA/IBGE de 2007, igual a 4,46%


Os resultados dos bancos no primeiro semestre indicam a mesma tendência de crescimento em 2008, como demonstram os dados do IBGE divulgados na quarta-feira. Enquanto o PIB de toda a economia cresceu surpreendentes 6,1% nos primeiros seis meses, a riqueza do setor de intermediação financeira e seguros aumentou mais que o dobro (12,7%). Mais uma vez foi o segmento que mais cresceu. O setor de serviços de informação, que ficou em segundo lugar, teve acréscimo de seu valor adicionado em 9,7%.

O levantamento do IBGE não permite separar os segmentos de bancos, seguros e previdência complementar, o que dificulta um comparativo do setor estritamente bancário com o crescimento no primeiro semestre do ano passado.


A participação dos salários cai

Como a tabela da Febraban mostra, o valor destinado aos acionistas dos bancos registrou um extraordinário aumento real de 74,9%, enquanto os gastos com salários cresceram apenas 18,8%. Ou seja, o crescimento do valor pago aos donos do capital é quatro vezes superior ao crescimento do montante pago aos donos da força de trabalho (18,8%), os trabalhadores.

O que significa que piorou o quadro da distribuição de renda do setor bancário, com redução da renda do trabalho e a ampliação da renda do capital. Sobre isso, os dados são reveladores. Pois, além de divulgar e identificar o valor da riqueza gerada por uma empresa, o valor adicionado revela também como essa riqueza foi distribuída entre aqueles que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua geração.

Além disso, os dados do Relatório Social da Febraban mostram que da riqueza gerada pelo setor bancário em 2007 os trabalhadores viram a participação de sua renda reduzida de 39,6% para 33,2% da riqueza. Enquanto os donos do capital (investidores) ampliaram sua participação de 34,4% para 42,5%. O governo, por sua vez, também viu sua fatia (impostos) sendo reduzida de 25,9% para 24,3% da riqueza do setor bancário.

Fonte: Contraf/CUT

09 setembro 2008

PSDB quer privatizar BB e Caixa

Enquanto os bancários de São Paulo lutam para manter o último banco público do estado, a Nossa Caixa, que foi colocada à venda pelo governador José Serra (PSDB), em Brasília, projeto de lei de um deputado federal também tucano prevê a privatização do Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal.

O PL do parlamentar Feu Rosa (PSDB/ES) quer modificar os artigos 2º e 3º da Lei 9.491/1997, que trata do Programa Nacional de Desestatização criado por Fernando Henrique Cardoso. Esse programa levou à privatização de várias estatais, a exemplo do Banespa, em São Paulo, mas mantinha como exceção os bancos que agora são ameaçados por Feu Rosa, que em seu projeto de lei diz considerar prioritária a desestatização das instituições financeiras federais.

Em São Paulo, acabaram com o Banespa e agora investem contra a Nossa Caixa. Não bastasse isso, agora partem para cima, na surdina, com um projeto de lei contra os bancos federais que são os principais responsáveis pelo investimento em produção no Brasil.

O PL já passou pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, pela Comissão de Finanças e Tributação, e está na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. No dia 21 de agosto encerrou-se o prazo para apresentação de emendas.

Fonte: Cláudia Motta
- Seeb SP

03 setembro 2008

Bancários doam mais de 500 kg de alimentos

No último dia 23 de agosto o Sindicato dos Bancários de Taubaté e Região realizou um almoço com churrasco, antecipando o dia 28 de Agosto, “Dia do Bancário”. Todos os bancários sindicalizados foram convidados e doaram pelo menos 1 kg de alimento, que ao final da festa somaram mais de 500 kg.

Todos os mantimentos foram doados para o Centro Espírita André Luiz, que realiza um trabalho permanente de assistência e inclusão social, com crianças, gestantes e adolescentes, num projeto de reintegração da cidadania.

Para o Diretor do Sindicato, Alemão, os Bancários estão de parabéns pela participação. “A categoria provou que está sintonizada com questões sociais e o Sindicato agradece a todos pela contribuição, que com certeza vai ajudar muitas pessoas”, comenta o diretor.

Clique na figura abaixo e leia a Carta de Agradecimento do Centro Espírita:

Veja também a Galeria de Fotos do churrasco!

HSBC: banco continua líder de reclamações no BC

Conforme levantamento do BC, HSBC continua na liderança do ranking de reclamações contra os bancos.

Conforme o Banco Central, os clientes de bancos estão bastante descontentes com o mau atendimento prestado pelas instituições financeiras. O úlitmo levantamento disponibilizado no site do BC reúne 17.654 reclamações sobre o mau atendimento e falta de fornecimento de documentos.

O HSBC mantém-se campeão de reclamações desde abril até julho deste ano, após adotar fechamento de agências e também efetuar varias demissões no Brasil.


No mês de julho, o HSBC, Unibanco, ABN Real, Santander e Bradesco estão entre os cincos bancos com o maior índice de reclamações. "Se olharmos o gráfico, eles se mantêm desde janeiro trocando de posições de quinto a segundo lugar no ranking das reclamações", afirma Valdir Machado, diretor de Bancos Privados da FETEC SP e do Sindicato de Taubaté e Região.


Conforme o dirigente, o movimento sindical já sinalizou aos bancos a falta de funcionários. "Nesta Campanha Nacional dos Bancários pedimos mais contratação e melhor atendimento aos clientes e usuários", finaliza o dirigente.


Fonte: Lucimar Cruz Beraldo - Fetec/SP

01 setembro 2008

Negociação avança para política de prevenção ao assédio moral

A segunda rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ocorrida nesta terça-feira (02), foi marcada por uma conquista importante à categoria bancária. Depois de muitos anos de luta, os trabalhadores do ramo financeiro finalmente garantiam a inclusão de uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que busca combater a prática de assédio moral nos bancos.

Dentre as diretrizes apresentadas pelos representantes dos bancários para a construção de uma Política Permanente de Combate Assédio Moral estão: a criação de um manual de conduta a ser debatido banco a banco, a implementação de um canal de denúncia com a participação do movimento sindical, o estabelecimento de prazo de até 60 dias para a solução de conflitos, a
realização de cursos de treinamento específicos sobre o tema e a aplicação de critérios que levem em consideração as boas práticas interpessoais para a promoção.


O movimento sindical bancário vem há anos denunciando a prática de assédio moral no cotidiano da atividade bancária, mas os banqueiros sempre negaram essa política de gestão. O estabelecimento dessas cláusulas mostra, portanto, que os banqueiros finalmente admitiram a existência dessa prática danosa aos trabalhadores.


A redação final das claúsulas sobre assédio moral acontecerá no dia 08 de setembro. No mesmo dia, serão debatidas as temáticas sobre saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades. Na terça-feira (09), as negociações prosseguem com os debates sobre emprego, itens sociais e cláusulas renováveis.

Cesta-alimentação


Na primeira rodada, o Comando Nacional também reafirmou aos bancos o seu entendimento de que o pagamento da décima-terceira cesta-alimentação vale para todos os bancários, inclusive aos afastados. E defendeu que esse entendimento deve estar explicitado na Convenção Coletiva que será assinada este ano.

"Consideramos que houve avanços nessa primeira rodada de negociações com a Fenaban, uma vez que conseguimos estabelecer uma dinâmica que permitirá discutir em profundidade as reivindicações dos bancários", avalia Vagner Freitas, presidente da Contraf/CUT e coordenador do Comando Nacional.

Banco do Brasil e Caixa

A direção do Banco do Brasil confirmou para o dia 4, às 14h, em São Paulo, a primeira rodada de negociação com os bancários nessa Campanha Nacional 2008. Os trabalhadores levarão para a mesa as questões específicas do banco, definidas no 19º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado nos dias 28 e 29 de julho. Clique aqui para conhecer as reivindicações específicas dos funcionários do BB.

A Caixa Econômica Fedeal também agendou a primeira rodada de negociação para a sexta-feira, dia 5, 16h. Os trabalhadores irão solicitar a prorrogação do acordo coletivo conquistado no ano passado até o fechamento das negociações e acertar o calendário de reuniões para negociar a pauta específica definida pelo 24º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef). Clique aqui para ver as principais reivindicações.


Conheça o calendário de negociações

Pelo calendário acertado, as negociações terão o seguinte cronograma:

2 de setembro: conclusão da discussão sobre assédio moral e ativação das comissões temáticas que discutirão saúde e condições de trabalho, igualdade de oportunidades e segurança bancária.

9 de setembro: Emprego, questões sociais e cláusulas renováveis da Convenção Coletiva dos Bancários.

16 e 23 de setembro: Remuneração total.

Clique aqui para acessar a Página Especial da Campanha!


Fonte: Contraf/CUT e Fetec/SP

Segurança bancária: semana é marcada por uma série de reuniões, em Brasília

A primeira semana de setembro começa agitada para os dirigentes sindicais que discutem Segurança Bancária. Na segunda-feira, dia 1º, às 14h, acontece a reunião do Grupo de Trabalho de Segurança. Na terça-feira, dia 02, às 9h, se realiza a reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Cecasp), onde serão julgados os processos de autuações contra as instituições financeiras. Já na tarde da terça e durante o dia de quarta, dia 03, estará sendo debatido por esta Comissão as propostas de alteração da Legislação sobre Segurança Privada. Todas as reuniões acontecerão em Brasília.

Na segunda, o ponto alto da reunião será a discussão das propostas debatidas pelos bancários a serem apresentadas na reunião do dia 03. Dentre elas destacam-se: necessidade de vedação de transporte de valores e malotes realizados por bancários; proibição de posse e guarda da chave dos cofres nas mãos dos bancários; maior rigor quanto a negligência dos bancos em relação à segurança de bancários, vigilantes, clientes e usuários e não privatização da segurança pública.

Na terça, serão julgados os processos nos quais as instituições financeiras e empresas de segurança que foram autuadas por irregularidades e infrações à lei 7.102/83 que dispõe sobre segurança privada. Estarão em pauta mais de 400 processos.

No final do segundo e terceiro dia de reuniões, será iniciado os debates sobre a redação final da proposta de lei que pretende alterar a legislação de segurança bancária vigente, trazendo várias inovações, tais como: a inclusão da porta de segurança; a criação do cadastro nacional de segurança privada; e o sistema nacional de segurança privada.

Contador de assaltos - Já está disponível no portal da Contraf/CUT o contador de assaltos a bancos, que vai facilitar o registro de ocorrências em todo o país. A intenção é criar e divulgar uma estatística o mais confiável possível sobre os riscos a que estão expostos bancários, vigilantes, clientes e usuários.

As informações sobre os crimes ou tentativas deverão ser enviadas à Contraf/CUT, que fará a compilação dos dados. Mensalmente, será divulgado um relatório detalhado sobre as ocorrências e a situação de segurança nas agências e postos de atendimento bancário em todo o país.

Informações: Michele Amorim - Fetec/SP