30 agosto 2007

Negociação dura o dia todo e continua nesta sexta

Primeira rodada trata de saúde e condições de trabalho, além de assédio mora e igualdade de oportunidades. Próximos temas serão segurança e novas cláusulas, entre elas auxílio-educação

A primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e Fenaban prolongou-se por mais de 7 horas nesta quinta-feira, com os debates sobre os temas de saúde e condições de trabalho, assédio moral/violência organizacional e igualdade de oportunidade; devendo ser retomada amanhã às 9h para tratar das mesas temáticas de segurança e novas cláusulas. Essas negociações prolongadas fazem parte da estratégia do Comando de não se restringir a temas econômicos, discutindo à exaustão todos os aspectos que influenciam o dia-a-dia para conquistar melhores condições de trabalho. "Optamos por um caminho diferente neste ano, mais trabalhoso, mas que pode dar resultados concretos em nossa campanha, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT. "Por isso as negociações continuam e esperamos que avancem. Mas só conquistaremos melhores condições de trabalho e novas cláusulas com a mobilização dos trabalhadores", conclui.

O secretário geral da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, analisa que ocorreram pequenos avanços hoje (veja resumo das negociações abaixo), mas que é necessário dar bastante ênfase às negociações desta sexta sobre segurança e cláusulas novas. "Principalmente em segurança, os bancos têm posição bastante retrógrada, não assumindo suas responsabilidades. Queremos avanços na Convenção Coletiva e medidas concretas para que bancários e clientes possam ir às agências com a certeza de que voltarão para suas casas em segurança". Outro ponto importante é a discussão de cláusulas novas, entre elas o auxílio educação para todos sem discriminação.

Veja a seguir o resultado das negociações desta quinta-feira:

Assédio Moral/violência organizacional
Em relação à proposta de um programa de prevenção, a Fenaban aceita, mas quer direcioná-lo apenas para os gestores. A proposta do Comando Nacional é que seja direcionado para o conjunto dos bancários, independentemente da função. Devem constar em tal programa para os gestores a descrição das práticas que devem ser evitadas. Para o trabalhador, deve ter caráter educativo para que saiba identificar as situações de assédio moral/violência organizacional. Os representantes dos banqueiros ficaram de dar resposta, mas há concordância entre as partes sobre o caráter preventivo do programa.

Em relação à tipificação das situações de assédio: a Fenaban pediu para que fosse apresentada proposta. Para o Comando essa tipificação também tem caráter educativo, explicando quais práticas da gestão seriam aceitas e quais seriam vedadas, pois representam formas de violência contra os trabalhadores. Há possibilidade de avançar, mas ainda não há resposta conclusiva por parte do banco.

Na negociação, as principais divergências foram sobre o acompanhamento dos processos de assédio. Para o Comando, os sindicatos devem ter acompanhamento de todas as etapas desde a denúncia até a decisão final. A Fenaban não concorda e diz que isso é um assunto interno de cada banco.

Comando defende que o tema esteja na Convenção Coletiva, enquanto a Fenaban quer que seja uma recomendação, mas que os bancos que quiserem apliquem o programa por adesão.

Saúde: isonomia entre afastados e bancários da ativa
Em relação à isonomia de tratamento entre afastados por doença e os da ativa e a criação de programa de reabilitação de trabalhadores com seqüelas por acidente do trabalho ou doença de origem ocupacional, os bancos querem vincular as duas discussões. O Comando Nacional não quer vincular, porque a reabilitação é obrigação dos bancos e as duas questões não têm nada a ver uma com a outra. A isonomia tem de ocorrer porque o trabalhador adoece no banco e é punido duplamente: com o comprometimento de sua saúde e com a perda de benefícios.

Mesa de igualdade de oportunidades
Proposta de alteração da cláusula 52 do ACT 2006/2007.
Para o Comando, a cláusula tem de ser alterada por uma questão de concepção, dando ao tema um caráter de mais seriedade. A Fenaban ficou de responder.

Extensão dos benefícios (saúde, previdência etc.) aos parceiros do mesmo sexo.
A Fenaban não avançou nessa proposta, mesmo com a ressalva feita pelo comando de que boa parte dos bancos já pratica essa política, entre eles BB, Caixa, Itaú e ABN Real.

Promoção de igualdade de oportunidade
Foi acordada entre as partes a criação de grupo de acompanhamento e aperfeiçoamento da aplicação do Mapa da Diversidade .

Contratação de trabalhadores com deficiência
A Fenaban alegou a falta de pessoal qualificado no mercado de trabalho. Para o Comando Nacional, está havendo a contratação, porém a maior preocupação não é a quantidade e sim a qualidade da contratação, propiciando boas condições de ambiente de trabalho e respeito às limitações que a deficiência impõe, garantindo a estrutura física adaptada. "Cabe esclarecer aqui que na rodada de 15/08 foi apresentada à Fenaban uma oficina sobre pessoas com deficiência, que tem sido muito elogiada com perspectiva de ser contratada para a sensibilização e desmistificar o público interno dos bancos, principalmente direção, chefia e gestores", afirma Arlene Montanari, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.

Cláusulas que serão discutidas nesta sexta-feira

Segurança nos estabelecimentos bancários

Os bancos deverão tomar todas as providências cabíveis para dotar suas instalações de condições de segurança contra roubos, seqüestros e agressões, tendo como objetivo a defesa dos trabalhadores dos estabelecimentos bancários, bem como dos usuários de seus serviços, garantindo, ainda, a incolumidade física e psicológica dos mesmos.

Cláusulas novas

Abrangência e extensão

Os termos desta convenção coletiva de trabalho devem ser aplicados a todos os trabalhadores empregados diretamente pelos bancos; aos trabalhadores empregados por outras empresas que prestam serviços permanentes aos bancos nas áreas consideradas como atividade bancária; aos trabalhadores de empresas que desenvolvam produtos financeiros ou similares oferecidos pelos bancos; aos trabalhadores empregados de empresas que atuam na área de crédito ou similares, bem como administração ou gestão de ativos/riscos.

13ª cesta-alimentação
Os bancos concederão aos seus empregados, até o último dia útil do mês de novembro de 2007, décima terceira cesta alimentação no valor de R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais), através de crédito em cartão eletrônico ou sob a forma de tíquetes.

Auxílio educacional
As empresas abrangidas por esta convenção ficam obrigadas a pagar Auxilio Educacional a todos os seus funcionários que ingressarem ou que já estejam cursando o nível superior de ensino.

Isenção de tarifas
Os bancos isentarão os trabalhadores abrangidos por esta convenção do pagamento de quaisquer tarifas bancárias.

Fundo de previdência complementar
Os bancos abrangidos por esta Convenção se comprometem a instituir e patrocinar no prazo de 180 (cento e oitenta) dias Fundo de Previdência Complementar fechado para todos os seus empregados, com objetivo de garantir a complementação de aposentadoria.

Delegado sindical
Em cada unidade, os empregados, conjuntamente com o sindicato profissional respectivo, poderão eleger delegados sindicais.

Fonte: Contraf-CUT

28 agosto 2007

Homenagem ao "Dia nacional dos bancários"

Hoje e sempre

Caminhando juntos

Conquistando direitos

Exigindo respeito e dignidade

Buscando a justiça, a verdade

Encontrar a paz

Celebrar a vida intensamente

E ser feliz

Hoje e sempre

Parabéns a todos os bancários e bancárias pelo seu dia!

Dia 28 de agosto

Dia nacional dos bancários

Homenagem

do Sindicato dos Bancários e Financiários de Taubaté e Região


Comemoração pelo país:

Os trabalhadores fizeram a festa na região central, nesta terça-feira, 28 de agosto, Dia dos Bancários. A comemoração foi celebrada na Praça do Patriarca, em frente ao Unibanco, e na rua 15 de Novembro, em frente à matriz do banco Nossa Caixa. Quem passou por lá teve direito a bolo, lembrancinha de aniversário e música.

A atividade marca também o Dia Nacional de Luta da categoria que está sendo realizado em várias regiões do país, como mobilização da Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro 2007. A partir desta quinta, dia 30, o Comando Nacional dos Bancários discute o primeiro bloco de reivindicações da série de quatro que serão negociados com a Fenaban (Federação dos Bancos).

24 agosto 2007

Começam as Negociações

O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) realizaram na tarde desta quinta-feira, 23 de agosto, a primeira rodada de negociação da Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro 2007. Em pouco mais de uma hora, representantes dos trabalhadores e dos banqueiros definiram o calendário de negociação, mantiveram a data-base da categoria e prorrogaram a vigência do Acordo 2006/2007 para 30 de setembro.

Conforme deliberado neste primeiro encontro, o calendário de negociação será composto por quatro mesas negociais, com periodicidade semanal. Na próxima quinta-feira, dia 30 de agosto, o Comando Nacional e a Fenaban voltam a se reunir para discutir “Mesas Temáticas e Cláusulas Novas”. No dia 05 de setembro serão tratados os itens que integram “Remuneração Total”. Já no dia 13 de setembro a pauta de negociação será “Emprego”. Por fim, no dia 20 de setembro, serão discutidas as “Clausulas Renováveis”.

Para o Comando Nacional, a idéia desse novo formato de negociação, proposto pelos trabalhadores, é esgotar as discussões de cada bloco até que o outro seja iniciado, mesmo que isso dure mais de um dia. “Queremos aprofundar o processo de negociação para que haja um diálogo sério e com resultados efetivos”, disse Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.

Na avaliação do presidente da FETEC-SP, Sebastião Geraldo Cardozo, existe uma sinalização de que a negociação deste ano será mais realista e objetiva do que nos anos anteriores. “Nossas reivindicações estão alicerçadas em necessidades reais da categoria e o sistema financeiro tem totais condições de atendê-las. Por isso, esperamos agilidade nas negociações”, afirma Cardozo.

A minuta de reivindicações da categoria foi entregue à Fenaban no dia 10 de agosto. “Agora precisamos de muita união, organização e participação dos bancários nas próximas mobilizações. Para conquistarmos muito mais nesta campanha precisamos ir à luta”, destaca Luizão, Presidente do Sindicato dos Bancários de Taubaté e Região.

21 agosto 2007

Bancários e Fenaban negociam na próxima quinta, dia 23

O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) realizam a primeira rodada de negociação da Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro 2007, nesta quinta-feira, 23 de agosto. Os bancários entregaram no último dia 10 a minuta de reivindicações da categoria. O documento foi recebido pelo presidente da Fenaban, Fábio Barbosa.

A campanha foi lançada oficialmente no dia 14 de agosto em Brasília e este ano tem como tema A gente vale +. Nesta primavera, não conte com a sorte. Vá à luta. No mesmo dia, os bancários entregaram as minutas de reivindicações específicas às direções da Caixa Federal e do Banco do Brasil.

Reivindicações – A pauta dos trabalhadores foi definida no final do mês passado, durante a 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. Entre as principais reivindicações econômicas estão o reajuste de 10,3%, que prevê aumento real de salários de 5,5%, e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500. Os bancários também querem a criação de um piso salarial de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese para que o trabalhador tenha atendidas suas necessidades básicas), além de Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.

Uma novidade na minuta de reivindicações é a proposta de contratação da remuneração variável nos acordos coletivos da categoria. O objetivo é regrar o pagamento e acabar com a cobrança abusiva de metas. Assim, os bancários querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos os empregados da unidade. E 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.

Principais temas da Campanha 2007
> Aumento real de salários
> PLR maior
> Remuneração total
> Garantia de emprego com a ratificação da Convenção 158 da OIT
> Fim do assédio moral/organizacional
> Fim das metas abusivas
> Isonomia de direitos entre novos e antigos bem como com afastados e licenciados
> Plano de Cargos e Salários para todos os bancos
> Piso do Dieese para a categoria
> Igualdade de oportunidades
> Defesa e fortalecimento dos bancos públicos
> Redução dos juros e tarifas e ampliação do crédito produtivo


Fonte: Elisângela Cordeiro ( Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

20 agosto 2007

Quadrilha armada invade banco em São José dos Campos

Troca de tiros dentro da agência leva pânico a clientes em pleno horário de almoço; um menor é detido e três fogem

SJC / 17/08/07 - Uma tentativa de roubo à agência do banco Nossa Caixa da avenida Juscelino Kubitschek, na zona leste de São José dos Campos, acabou em troca de tiros entre criminosos e funcionários. Um suspeito foi baleado e um cliente teve ferimentos causados por estilhaços. Nada foi roubado.

Um dos suspeitos foi preso por policiais do 5º Distrito Policial. A tentativa de assalto ocorreu às 12h56.

Primeiro, dois assaltantes entraram na agência bancária e foram para a área dos caixas eletrônicos. A dupla permaneceu lá esperando a chegada de outro integrante da quadrilha, o que aconteceu em seguida. O terceiro criminoso entrou, carregando na mão direita a parte superior de uma marreta.

Os três se reuniram e conversaram brevemente. Um dos seguranças percebeu a movimentação do trio. Antes que ele pudesse agir, um dos criminosos atirou a marreta sem cabo em direção ao vidro (que separava os caixas eletrônicos e a área de atendimento interno do banco, onde trabalham os funcionários). Começou o tiroteio.

Foram pelo menos 14 disparos, que atingiram o teto, divisórias e vidros. A agência estava com aproximadamente 15 clientes. Um homem, que estava em um dos caixas, ouviu os tiros e se abaixou. Um policial militar que estava de licença médica, andando com muletas, se atirou no chão. Um dos criminosos, menor de idade, foi atingido nas costas.

Nenhum cliente ou funcionário ficou ferido. Um quarto criminoso estaria do lado de fora da agência.

FUGA - Depois do tiroteio, o trio saiu do banco. O mecânico Monacy Caetano Xavier, 20 anos, estava no estacionamento da agência, em seu Uno, quando foi abordado pelo grupo. "Olhei no retrovisor e vi quatro, todos armados, dizendo para levá-los. Apontaram a arma e acelerei", disse ele. Os criminosos atiraram no capô e no vidro da frente.

Pedaços de vidro atingiram Xavier nas pernas, braços e no rosto. "Eu nasci de novo, a bala passou do lado do banco. Eu saí do carro e fui correndo em direção ao banco, dizendo que havia sido assaltado. O vigilante falou para eu entrar no banco", disse a vítima, depois encaminhada ao Pronto-Socorro da Vila Industrial, onde foi medicada.

Após a tentativa frustrada de roubar o Uno, a quadrilha fugiu. Há suspeita que os criminosos teriam roubado outro veículo, porém a hipótese ainda está sendo apurada.

POLÍCIA - O setor de investigações do 5º DP recebeu a informação de que um jovem havia dado entrada em um hospital com dois ferimentos à bala. O paciente, de 17 anos, foi fotografado pelos policiais civis. Por meio da foto, ele foi reconhecido por funcionários do banco. Policiais fazem a escolta do suspeito no hospital.

O caso foi registrado como tentativa de roubo e lesão corporal. A polícia não descarta o envolvimento da quadrilha em outros crimes.

"Tivemos acesso a filmagens de outros assaltos e os suspeitos se parecem com os assaltantes", disse o delegado Osmar Henrique de Oliveira.

A polícia teve acesso à filmagem do circuito interno de vídeo da agência. Além do menor, outros três suspeitos foram identificados

Fonte: Guilhermo Codazzi da Costa (ValeParaibano)

Nossa Caixa ganha R$ 298 milhões

Os efeitos da polêmica compra da folha de funcionários públicos paulistas pela Nossa Caixa já começa a aparecer nos resultados do banco. O lucro do segundo trimestre, de R$ 297,8 milhões, foi afetado negativamente pelo lançamento de uma despesa de R$ 108 milhões pela aquisição, realizada em 27 de março. O preço de R$ 2,08 bilhões foi pago pelo banco a vista, mas para efeitos contábeis será descontado mensalmente dos balancetes, ao longo de cinco anos.

Além disso, a Nossa Caixa também aumentou as provisões contra perdas de ações trabalhistas e cíveis, estas últimas relacionadas aos efeitos dos planos econômicos. Para compensar esses abatimentos, o banco resolveu ativar R$ 302,1 milhões em créditos tributários. Com isso, o lucro acumulou R$ 385,5 milhões no semestre, 33,1% acima do mesmo período do ano passado. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio alcançou 30,6%. Excluindo a ativação dos créditos, o lucro teria sido de R$ 83,4 milhões, 71% menor do que no primeiro semestre de 2006.

A carteira de crédito do banco registrou saldo de R$ 8,2 bilhões no segundo trimestre, um crescimento de 7,4% em relação ao primeiro trimestre e de 21,1% em relação aos R$ 6,8 bilhões do segundo trimestre de 2006. A modalidade que mais contribuiu foi o crédito consignado às pessoas físicas, que aumentou 45,7% em um ano, para R$ 3 bilhões. A Nossa Caixa tem exclusividade na concessão de crédito consignado aos servidores estaduais.

Já a carteira voltada a empresas cresceu apenas 12,1%, para R$ 1,8 bilhão. Segundo o presidente do banco, Milton Luiz de Melo Santos, o banco está investindo em sistemas de análise de crédito e em ações para ampliar essa carteira. A expectativa é crescer neste ano 20% nesse segmento. Para a carteira total, Santos espera um aumento entre 30% e 40%.

A receita total do banco no primeiro semestre cresceu 5,2% em um ano, a R$ 3,8 bilhões. As receitas com prestação de serviços totalizaram R$ 428 milhões, 44,2% acima do primeiro semestre de 2006. Esta, segundo Santos, tem sido a principal fonte para a evolução da receita total do banco. Na comparação entre semestres, a participação evoluiu de 8,2% para 11,2% do total.

O presidente anunciou ainda diversas ações para manter o lucro do banco positivo nos próximos trimestres, sem depender da ativação de créditos tributários. Entre elas está a renegociação de contratos para reduzir custos em até 30%, a reorganização estrutural para focar na originação de operações de crédito e a entrada em novos segmentos, como o consórcio de automóveis. O futuro da empresa de capitalização também está em pauta - o banco ainda não decidiu se vende, se estabelece uma parceria ou reativa a empresa por conta própria.

A Nossa Caixa encerrou o semestre com 5,6 milhões de clientes, dos quais, 220 mil são pessoas jurídicas e 1,6 milhão que só tem conta-poupança. "Estes resistem a consumir outros produtos", admite Santos.

Fonte: (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(Léa De Luca)

Nossa Caixa realizará concurso para atender 1,1 milhão de servidores

A Nossa Caixa fará um novo concurso para funcionários até dezembro. Ainda não foi definido o número de empregos, mas o banco adianta que serão selecionados profissionais para repor vagas em áreas de auditoria e tesouraria.

O banco também convoca 700 aprovados em concursos anteriores - os últimos são de 2005, para 2.224 vagas de auxiliar administrativo e 24 de advogado, segundo a Fundação Vunesp - para reforçar o atendimento gerado principalmente pela inclusão da folha de pagamento de 1,1milhão de servidores estaduais, em março.

As informações são do presidente da Nossa Caixa, Milton Luiz de Melo Santos, que afirmou que o objetivo é investir fortemente na estrutura de crédito consignado (com desconto em folha), com meta de crescimento de até 45% em 2007. "As novas contratações servirão para agilizar processos", disse.

Servidor aumenta lucros

A compra da folha dos servidores do estado de São Paulo foi a responsável pelos resultados positivos da Nossa Caixa no primeiro semestre. No balanço divulgado ontem pelo banco, o lucro líquido de R$ 385, 5 milhões foi puxado pela migração dos servidores, que antes recebiam salário pelo Santander-Banespa.

Os R$ 2 bilhões em salários mensais do funcionalismo estadual pagos pelo banco também foram os responsáveis pelo crescimento do crédito consignado em 45, 7%, se comparado ao mesmo periodo de 2006.

De acordo com o banco, hoje 35, 6% dos servidores recorrem ao empréstimo com desconto em folha. O objetivo é expandir o serviço para atrair os 64, 4% restantes, de acordo com o presidente Milton Santos.

Como exemplo disso, está a linha de crédito consignado para o servidor público, para pagamento em até 72 meses, juros de 1, 5% a 2, 8% e carência de 100 dias para começar a pagar.

"Investimos em pesquisas para entender o perfil desse cliente e oferecer sempre algo mais. Atraí-los é uma operação gradativa, mas hoje boa parte usa esse crédito para quitar as dívidas com o antigo banco."

A compra da folha dos servidores (por R$ 2, 08 bilhões) ainda teve impacto sobre as despesas operacionais do banco: 53%.

Fonte:
Karina Lignelli

17 agosto 2007

Famílias pagarão R$ 626 de CPMF neste ano, diz estudo

Valor representa aumento de 11% em relação aos R$ 564 despendidos em 2006

Incremento da atividade econômica, mais pessoas trabalhando e consumo maior são os motivos que justificam esse aumento

Cada família terá de gastar R$ 626,41 neste ano apenas para o pagamento da CPMF (contribuição cobrada de cada cidadão quanto movimenta dinheiro em contas bancárias). O valor representa aumento de R$ 61,90 em relação aos R$ 564,51 pagos no ano passado. Por pessoa, serão R$ 187,95 neste ano, contra R$ 171,76 em 2006.

Alguns motivos justificam esse aumento nominal de 11%: maior atividade econômica, mais pessoas trabalhando e, em conseqüência, maior consumo.
Os dados constam de estudo divulgado ontem pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) mostrando o histórico do tributo desde sua criação, em 1993, até agora.

Para este ano, o IBPT prevê que a receita com o tributo chegará a R$ 35,5 bilhões, ou 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto). O valor representará aumento de 10,7% em relação aos R$ 32,079 bilhões arrecadados pela Receita Federal em 2006.

Segundo Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT e um dos autores do estudo, se o governo conseguir aprovar a prorrogação da CPMF e a DRU (Desvinculação das Receitas da União) até 2011, a reforma tributária não sairá do papel.

"Se forem mantidas a CPMF e a DRU, o governo deixará a reforma tributária na gaveta." Para Amaral, isso são será novidade, uma vez que já ocorreu no primeiro mandato de Lula e nos dois de FHC, quando o tributo também foi prorrogado.

O estudo do IBPT mostra alguns números para provar que a CPMF é um tributo perverso. Primeiro: como incide em todas as etapas de produção, seu custo é repassado ao consumidor final, que tem de arcar com mais 1,7%, em média, na hora de comprar qualquer produto ou serviço -seja arroz, feijão, carne, roupas, energia etc.

Segundo: a CPMF incide sobre outros tributos. Significa dizer que, quando uma pessoa paga IPTU, IPVA ou outro tributo, seja por meio de dinheiro, cheque ou débito em conta, está pagando mais 0,38%. Isso ocorre também quando uma empresa recolhe IR, PIS, Cofins, contribuição ao INSS etc.

O IBPT calculou esse "mal em dose dupla": desde 1997 até o final deste ano, o governo terá obtido cerca de R$ 19,7 bilhões com a CPMF sobre os outros tributos. Neste ano, essa conta chegará perto de R$ 3,3 bilhões.

Fonte:
MARCOS CÉZARI

Banco Nossa Caixa divulga balanço semestral

O lucro líquido acumulado foi de R$ 385,5 milhões, incluindo aí a ativação de crédito tributário que foi de R$ 302,1 milhões, isso significa que no 2º trimestre o banco teve prejuizo de R$ 4,3 milhões.

Nossa Caixa tinha acumulado R$ 878,9 milhões de Créditos Tributários, dos quais já utilizou R$ 302,1 milhões, referentes aos créditos originários de provisões para contingências cíveis e trabalhistas e para o déficit atuarial do Economus- Instituto de Seguridade Social. Isso se deve à determinação do governo Serra de tirar o máximo que puder do banco, pois junto com a ativação desses créditos foi alterada a periodicidade de distribuição de juros sobre o capital próprio, que de semestral passou para trimestral. com isso o banco transferiu para a Fazenda o valor de R$ 53,2 milhões.

Esse lucro representa um crescimento de 33% em relação ao mesmo período de 2006 e com esse resultado, o banco terá de pagar PLR.

14 agosto 2007

Unibanco divulga antecipação da PLR

Bancários receberão 40% da participação mais R$ 414,00 no próximo dia 30. PRU também será paga nessse dia

O Unibanco anunciou no dia 10 de agosto a antecipação da PLR. Os bancários receberão no dia 30 de agosto 40% do valor da participação mais R$ 414,00. O banco também divulgou que pagará o PRU (Programa de Remuneração Unibanco). No entanto, apenas os funcionários que tiveram conceito A no primeiro semestre recebem essa remuneração.

Jair Alves, coordenador da COE Unibanco da Contraf-CUT, lembra que apenas 20% dos empregados do banco são beneficiados pelo PRU. "É muito dinheiro no bolso de poucos. O movimento sindical reivindica que o programa beneficie todos os funcionários", sustenta Jair. "O trabalho de todos os empregados é importante para o banco, que precisa reconhecer isso", afirma.

Fonte: Contraf-CUT

10 agosto 2007

Ranking de demissões : Santander é o grande campeão na região

De acordo com levantamento realizado pelo Sindicato dos Bancários de Taubaté e Região, a maior concentração de demissões nos bancos privados da base, em 2007, ocorre no Santander. Além de constar do ranking do Banco Central das instituições com maior número de reclamações ao longo do ano de 2006 e nos primeiros quatro meses de 2007, o banco contribuiu até o momento com 34% das demissões ocorridas neste ano na região.

Já o Bradesco e o HSBC estão em segundo lugar na tabela de classificação, com 22% dos desligamentos.

Com relação aos bancos públicos, a liderança fica com o Banco do Brasil, com 62% das demissões, como fruto do plano de antecipação de aposentadoria voluntária. A Caixa Econômica Federal contribuiu com 15% das demissões na base, ao passo que a Nossa Caixa ficou com 23% dos cortes, a maioria por aposentadoria.

Na avaliação de Valdir Machado, a prática dos bancos de reduzir o número de funcionários em suas agências prejudica o atendimento prestado a clientes e usuários. “Uma prova disso é o fato de o Santander constar, desde janeiro, da liderança no ranking do Banco Central no que se refere a instituições mais reclamadas pelos clientes e não clientes. Isso reforça antiga reivindicação do movimento sindical de que os bancos têm que abrir novas vagas para prestar melhor atendimento. Só assim colocarão na prática seu papel de responsabilidade social frente à sociedade, tanto divulgado nos meios de comunicação”.

As “100 AÇÕES” do Santander é reivindicação dos Bancários Espanhóis

Poucos bancários do Banco Santander S/A realmente conhecem os reais motivos que levou o Grupo Espanhol a entregar aos seus funcionários o montante de 100 ações da empresa negociadas na Bolsa de Valores de Madri.

A versão do banco, oficialmente comunicada aos funcionários da instituição dá conta de que essas ações da empresa que valem aproximadamente R$ 3.500,00, tem como motivação a comemoração dos 150 anos de fundação da multinacional financeira, com sede na Espanha.

Não obstante reconhecer positivamente a conduta do banco, segundo dirigentes da Federacion de Servicios Financieros y Administrativos – Comissiones Obreras – COMFIA – CC.OO., entidade sindical espanhola, a respectiva “doação” das 100 ações faz parte de um pacote de reivindicações formulada pela respectiva entidade e pelos bancários espanhóis.

A CONFIA – CC.OO. esclarece que tal reivindicação é uma compensação em reconhecimento à contribuição de todos os trabalhadores e trabalhadoras aos excelentes resultados obtidos pelo Grupo Espanhol. “Não podemos deixar ressaltar que as “100 AÇÕES” recebidas pelos bancários é o resultado da atuação do movimento sindical e dos bancários espanhóis que entendem que a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores deve ser nos dias de hoje, globalizada, pois a forma de exploração da mão de obra pelo capital, é idêntica nos mais diversos países do mundo, principalmente, no que tange as das multinacionais”, manifesta-se Valdir Aguiar, dirigente do Seeb de Taubaté e Região.

08 agosto 2007

Bancos, de cofre cheio, podem atender reivindicações

Recordes nos lucros já não são mais novidades no cotidiano dos bancos no Brasil. O mais recente recorde foi anunciado pelo Itaú, nesta terça-feira, com resultado de R$ 4,016 bilhões no primeiro semestre de 2007. No mesmo período de 2006, a marca foi de R$ 2,958 bilhões. Dentre os motivos da alavancagem estão as vendas da participação acionária do banco na empresa de informações de crédito Serasa e da sede do BankBoston em São Paulo e constituição de provisão para créditos 'de liquidação duvidosa excedente.


Um dia antes, outro recorde havia sido anunciado pelo Bradesco, apontando para um crescimento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado R$ 3,132 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o lucro do maior banco privado do país alcançou a marca de R$ 4,007 bilhões.


O Bradesco tenta descaracterizar o tamanho do resultado, destacando itens extraordinários como fator para elevação das cifras, dentre os quais a venda do investimento na siderúrgica Arcelor Brasil e de parte da empresa de informações de crédito Serasa. "A origem do lucro (no semestre) é composta de R$ 2,782 bilhões, oriundos das atividades financeiras, que correspondem a 69% do lucro líquido, e R$ 1,225 bilhão gerado pelas atividades de Seguros, Previdência e Capitalização, que representaram 31% do lucro líquido", informou o banco em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“O banco tenta minimizar o avanço, mas, queira ou não, esses ativos pertenciam a ele e, ao se desfazer deles, sua liquidez aumenta”, explica o secretário geral da FETEC/CUT-, Pedro Sardi.


Na avaliação do dirigente, o fato de os bancários iniciarem a campanha nacional unificada em um momento em que os bancos registram novos recordes nos lucros tende a facilitar as negociações. “Negociar quando os bancos demonstram saúde financeira é bem diferente do que negociar quando uma empresa apresenta prejuízo. O lucro do Bradesco e do Itaú, acima de R$ 4 bi, reforça o cacife dos bancos para atender as reivindicações do conjunto dos bancários, bem como a negociar seriamente as questões específicas que tanto preocupam seus funcionários”, sinaliza Sardi.


Durante a 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, os funcionários do Bradesco elegeram como prioridades para as mesas de negociação específicas a definição de um novo Plano de Cargos e Salários justo e com critérios claros, Participação nos Lucros e Resultados melhor, auxílio-educação que atenda a todos os trabalhadores da empresa, realização dos cursos do Treinet em horário de expediente e dentro do local de trabalho e fim da exposição do ranking nas agências que desencadeiam assédio moral e pressão por metas.


No caso do Itaú, a 9ª Conferência deliberou como prioridades o fim da violência organizacional (metas abusivas, combate ao assédio moral), correção dos problemas com a previdência complementar (fundos de pensão dos trabalhadores do Itaú), saúde e condições de trabalho (prevenção e reabilitação), novo PCS (Planos de Cargos e Salários), novo PCR (Participação Complementar nos Resultados) e auxílio-educação, já com alguns avanços em negociações com os representantes dos funcionários sobre os dois últimos itens.


Fonte: Lucimar Cruz Beraldo - Fetec/SP

Bancários entregam minuta de reivindicações para a Fenaban no dia 10

A Contraf-CUT e a Fenaban reúnem-se nesta sexta-feira, dia 10, às 15h, para a entrega da minuta com as reivindicações dos bancários para a Campanha Nacional 2007. A pauta dos trabalhadores foi definida há uma semana, durante a Conferência Nacional.

Veja aqui a íntegra da minuta de reivindicações

Entre as principais reivindicações econômicas estão reajuste de 10,3%, que prevê aumento real de salários de 5,5%, e criação de um piso salarial para todos os bancários de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese para que o trabalhador tenha atendidas suas necessidades básicas), além de Plano de Cargos e Salários em todos os bancos. Os bancários também vão lutar por uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários, mais uma parcela fixa de R$ 3.500, distribuída de forma linear para todos.

Os bancários decidiram por uma Campanha Nacional Articulada, o que significa que, juntamente com a mesa da Fenaban, serão instauradas negociações específicas efetivas para os bancos públicos. Dessa forma, questões que dizem respeito a toda a categoria serão negociadas na mesa geral, enquanto as questões específicas dos bancos públicos serão negociadas diretamente com as direções do banco, em mesas específicas.

"Agora a Campanha começa pra valer. Queremos estabelecer um calendário de negociações com a Fenaban e os sindicatos precisam ampliar a mobilização. A luta está iniciada e sem pressão não vamos garantir os avanços que queremos", diz Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.

Além do reajuste salarial, os bancários também querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos os empregados da unidade, creditados mensalmente como verba salarial, incidindo sobre FGTS, 13º, férias e descontos previdenciários.

Outro item que consta na minuta é a remuneração complementar sobre receita de prestação de serviços para todos os bancários. O benefício reivindicado é de 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.

Comando Nacional
Antes da entrega da minuta para Fenaban, o Comando Nacional reúne-se na própria sexta-feira, às 10h, no auditório Azul do Sindicato de São Paulo. O objetivo é debater os desdobramentos da Conferência Nacional e a mídia para a Campanha que está começando.

Principais temas da Campanha 2007
* Garantia de Emprego - Convenção 158 da OIT
* Fim do assédio moral/organizacional
* Fim das metas abusivas
* PLR maior
* Isonomia de Direitos entre novos e antigos bem como com afastados e licenciados
* Plano de Cargos e Salários para todos os bancos
* Piso do Dieese para a categoria
* Igualdade de Oportunidades
* Defesa e fortalecimento dos bancos públicos
* Redução dos juros e tarifas e ampliação do crédito produtivo

Fonte: Contraf-CUT

01 agosto 2007

Reivindicação de reajuste salarial é de 10,3% para toda a categoria

São Paulo - A minuta de reivindicações da campanha 2007 foi aprovada neste domingo, dia 29 de julho, durante a 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. Questões como índice, PLR, saúde e condições de trabalho, remuneração variável e calendário de mobilizações foram definidas em São Paulo pelos 811 delegados de todo o país.

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Cobertura completa da
9ª Conferência Nacional

A minuta será entregue na primeira quinzena de agosto à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). “Os bancários mais uma vez se colocam à vanguarda na representação de seus trabalhadores. Interferir no processo de remuneração variável é mais que passar a regrar todas as verbais salariais. É interferir em um formato cruel de gestão dos bancos que impõe metas abusivas que adoecem os bancários. Isso tem que acabar”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente dos bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Nesta segunda e terça, 30 e 31, a conferência segue com os encontros específicos do Banco do Brasil, Caixa Federal e bancos privados.

Definições – Na primeira votação do dia, os representantes dos bancários aprovaram a campanha nacional articulada entre trabalhadores de bancos privados e públicos, com mesas para discutir itens específicos.

Veja abaixo o que foi definido neste domingo:

Índice –
10,3% (a inflação projetada entre 1º de setembro de 2006 a 31 de agosto de 2007, de 4,5%, mais 5,5% de aumento real) para os salários e demais verbas de natureza salarial exceto:
ATS (anuênio) – 2% do salário
Vale-alimentação – R$ 380 (salário mínimo)
Auxílio-creche – R$ 380 (salário mínimo)

PLR maior – Dois salários limitados a R$ 15 mil (distribuindo até 15% do lucro líquido) mais valor adicional de R$ 3.500

Remuneração variável – Distribuição de 5% da receita com prestação de serviços de forma igualitária entre todos os bancários. O pagamento deve ser feito após a publicação do balanço trimestral. Além disso, 10% de toda a produção da agência devem ser distribuídos entre os trabalhadores da unidade

Pisos salariais/PCS (com base no salário mínimo calculado pelo Dieese)
Escriturário – R$ 1.628,24
Caixa – R$ 2.128,24
Comissionado – R$ 2.768,00
Gerência – R$ 3.582,12

Novas conquistas
13ª cesta-alimentação
14º salário
Auxílio-educação

Emprego
Garantia de emprego contra a dispensa imotivada – ratificação da convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho)
Cumprimento da jornada

Outros eixos de campanha
Fortalecimento e defesa dos bancos públicos
Fim das metas abusivas e do assédio moral
Segurança bancária
Isonomia de direitos entre novos e antigos e entre trabalhadores da ativa e os afastados por motivos de saúde
PCS para todos
Igualdade de oportunidades (leia mais)
Redução dos juros e tarifas e ampliação do crédito produtivo

Calendário de mobilização
1ª quinzena de agosto – entrega da minuta de reivindicações
14 e 15 de agosto – manifestações em Brasília contra a Emenda 3, interdito proibitório, pela ratificação da convenção 158 da OIT, redução e cumprimento da jornada
28 do agosto (Dia do Bancário) – Dia Nacional de Luta

No sábado foram aprovadas, ainda, as reivindicações que constarão da minuta sobre saúde e condições de trabalho (leia aqui) e ramo financeiro (e aqui).

Comando – A conferência foi encerrada com a votação de alteração da composição do Comando Nacional – que negocia com a Fenaban. Eram 21 bancários e agora serão 33 entre membros da Contraf-CUT, federações e maiores sindicatos do país, representando todos as correntes de pensamento que compõem o movimento sindical bancário.

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Cobertura completa da
9ª Conferência Nacional

Ricardo Negrão - Bancários SP

Após intensa negociação, PCR do Itaú sobe para até R$ 1.500

Propostas de melhoria na PCR e de criação de auxílio-educação são fruto de um processo de negociação conduzido pela Contraf-CUT que vem desde o início do ano. Os representantes da COE Itaú estiveram reunidos com a direção do banco Itaú nessa terça-feira, dia 31. A negociação apresentou dois avanços importantes: a PCR (Participação Complementar nos Resultados) e auxílio-educação.

As propostas apresentadas na reunião são fruto de um processo de negociação que vem desde o início do ano.
A PCR é um valor complementar pago pelo banco que engloba princípios que defenedemos há muito tempo: é linear (paga para todos os funcionários com o mesmo valor), sem metas individuais e não é compensável de nenhum programa de remuneração próprio da empresa e nem da PLR prevista na Convenção Coletiva da categoria. Ela foi criada em 2005, quando cada funcionário recebeu R$ 850,00. Em 2006, o valor recebido foi de R$ 1200,00.

A proposta de PCR para 2007 apresenta três indicadores: lucro líquido, ROE e índice de eficiência. Em relação à proposta do ano passado, foram suprimidos os indicadores Posição do banco no ranking do Bacen e Índice do Bacen de reclamações. O valor a ser pago neste ano pode chegar a 1500,00 reais, com a garantia de um pagamento mínimo no valor de 730 reais. A previsão é que o pagamento ocorra junto com a segunda parcela da PLR, ou seja, no inicio de 2008.


A proposta é para assinatura de um Acordo Coletivo de dois anos, mantendo a estrutura, mas corrigindo os valores, e deve agora ser apreciada nas assembléias dos sindicatos. Nos próximos dias, a Contraf-CUT disponibilizará a minuta da proposta na íntegra, juntamente com as orientações jurídicas para a realização das assembléias.


Auxílio educação


Outro ponto debatido na reunião foi a Bolsa-Educação. Demanda antiga dos trabalhadores do Itaú, é um dos itens da minuta de reivindicações específicas do banco e pela primeira vez existe uma proposta concreta.
O acordo discutido com o banco prevê a distribuição de mil bolsas-educação, com valor médio de aproximadamente R$ 400,00 para funcionários não-comissionados cursarem graduação.

Ainda não estão definidos os critérios para a concessão dessas bolsas.
No próximo dia 7 de agosto, a COE vai se reunir com o Itaú para procurar e estabelecer critérios para a concessão das bolsas. Os sindicatos da base da FETEC SP tem até o dia 6 de agosto para mandar contribuições para a definições de critérios.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários definem pautas específicas por banco

As pautas que serão entregues a cada banco foram definidas no último dia da 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.

Os delegados da 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro estavam divididos, na última segunda-feira (30), em nove grupos para debater as reivindicações específicas por banco. Na terça-feira (31), os grupos entregaram suas minutas específicas e enceraram mais uma etapa de debates, após cinco dias de encontro.


Segundo a estratégia de campanha aprovada no domingo (29), os bancários apresentarão uma única pauta de reivindicações à Fenaban, que vale para todas as empresas, conforme indicativa da Campanha Nacional Unificada. Entretanto, as questões específicas continuarão sendo debatidas nas mesas de negociações permanentes.


“Após o término dos debates na segunda-feira, os bancários voltaram a se reunir na terça para votar todas as resoluções e fechar a minuta específica de cada banco, públicos e privados”, comenta Marcel Barros, diretor da Secretaria de Bancos Públicos da FETEC-SP. Os grupos representaram os trabalhadores do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, HSBC, ABN/Real, Unibanco, Santander e ainda bancos estaduais.


Confira abaixo as principais resoluções por banco:


Unibanco - Os representantes definiram como eixos de Campanha Específica Remuneração e Saúde. “Nós já estamos desenvolvendo uma campanha nacional, cujo tema ‘Remuneração para todos’ visa fazer com que o banco contemple de forma justa todos os funcionários e não apenas pessoal, agência e parte dos departamentos. Já em Saúde, reforçaremos os pontos referentes à prevenção, isonomia, segurança bancária, igualdade de oportunidade e fim do assédio moral”, explica Jair Alves, diretor-executivo da FETEC-SP.


O dirigente acrescenta ainda que dentre as propostas de mobilização para a Campanha Nacional foram aprovados, pelos delegados, a produção do Jornal de Saúde, a organização de um Dia Nacional de Luta e mídias.


Bradesco – Com representação de todas as regiões do país, os delegados do maior banco privado pautaram como pontos específicos problemas e possíveis soluções para Plano de Saúde, Treinet e PCS/PCC. “Vale ressaltar que esses pontos não serão tratados em mesa específica, durante a Campanha Nacional, mas via COE (Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco)”, disse Pedro Sardi, secretário-geral da FETEC-SP.


ABN/Real –
Entre os representantes do grupo ABN/Real o ponto consensual de discussão foi a provável fusão do banco com o capital estrangeiro. Nesse sentido, os delegados debateram em cima de duas situações possíveis: a venda direta por consórcio, liderada pelos bancos RBS, Santander e Fortes ou a manutenção no processo de venda para o Barclays. “No primeiro caso, isso resultaria na sobreposição da rede de atendimento e dos centros administrativos causando, segundo o ponto de vista do movimento sindical, cortes de inúmeros postos de trabalho. Já no segundo caso, três cenários são possíveis: a manutenção do negócio no Brasil, da forma como se apresenta hoje; a venda dos ativos do Brasil para o Santander; e a venda dos ativos do Brasil para o Itaú”, esclarece Gutemberg Souza Oliveira, diretor de Assuntos Jurídicos da FETEC-SP.


O dirigente informa ainda que um calendário de atividades foi apresentado pelo grupo. Visita ao Congresso Nacional, interlocução com organizações governamentais, solicitação de intervenção do Banco Central do Brasil e dos Ministérios da Fazenda e de Relações Públicas, junto ao PCN (Ponto de Controle Nacional) serão algumas das ações adotadas pelos funcionários do banco.


Itaú - Bancários do Itaú debatem PCS, por considerar o tema de extrema importância na atual conjuntura de inflação baixa, bem como no sentido de garantir mais uma conquista junto ao salário. No que tange o Plano de Saúde e Odontológico, “apesar da análise de que nas últimas negociações tivemos avanços, o plano ainda apresenta muitas deficiências que iremos discutir com o banco nas próximas reuniões do comitê de acompanhamento”, comenta Valdir Machado, diretor da Secretaria de Bancos Privados da FETEC-SP.

Em relação ao PCR (Participação Complementar de Resultados), Valdir destaca que esse tema já está sendo negociado com o banco. “Queremos um valor maior que no ano passado, pois a categoria entende que R$ 1.200 é pouco se comparado com o lucro que o banco aponto para o próximo semestre”, diz. Quanto ao auxílio-educação os dirigentes consideram o tema de extrema importância para os bancários.


Na avaliação de Valdir, o encontro dos funcionários do Itaú foi muito importante. “Pela primeira vez, nos últimos anos, estamos avançando no que se refere à minuta tirada na Comissão Organizadora dos Empregados. Entretanto, ainda temos muito a conquistar na campanha nacional deste ano”, destaca.


Santander – Neste grupo foram definidos quatro eixos como as principais reivindicações dos funcionários do banco. Todos, entretanto, estão relacionados à renovação do Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2006/2007, sendo eles: necessidade de melhorar a implantação do PCS, haja vista as enormes distorções verificadas dentro do banco; participação dos funcionários na gestão e melhoria dos serviços prestados pelo plano de saúde; aprofundamento das discussões relacionadas ao fundo de pensão; e fim das metas abusivas.


Conforme Vagner Castro, diretor da Secretaria de Administração e Finanças da FETEC-SP, esses eixos sintetizam as necessidades de aproximadamente 23 mil funcionários do Santander em todo o país. “Com base nisso, resolvemos agendar um novo encontro para o dia 24 de agosto, em São Paulo. Os pontos serão aprofundados nas bases e consolidados no grupo. Assim, teremos certeza de estarmos apresentando ao banco reivindicações claras e que contemplam os anseios de todos”, comenta Vagner.


HSBC – Com a participação de 29 integrantes, o grupo destacou como pilares para 2007 os seguintes pontos: RMO (extrapolação da jornada, retirada da gratificação de caixa). Ações para evitar a retirada das gratificações de caixa (GCX), extensão da jornada de trabalho. Retirada do item que penaliza o bancário no BSC-CDP no cumprimento das metas, ou seja, controle das transações na agencia de maneira que não venha a prejudicar a pontuação dos funcionários no sistema de avaliação e ainda a reafirmação, por parte do banco, de não efetuar demissões.


“Em relação à terceirização devemos renovar os acordos específicos com o banco e ampliar nossa interferência, reduzindo a terceirização no HSBC”, afirma Paulo Rogério, diretor do sindicato dos Bancários de São Paulo. Também foram destacados problemas no credenciamento ao plano odontológico, como falta de profissionais e mau atendimento no convenio atual. O banco terá um prazo até setembro apresentar uma proposta.


Banco do Brasil – Os representantes foram divididos em quatro grupos, durante o dia de ontem, para discutir Cassi, Previ, Função do Banco Público e PCS/PCC. Para Cassi ficou definido que os dirigentes devem trabalhar pela orientação à aprovação do estatuto na nova votação que acontecerá entre os dias 08 a 21 de agosto; cobrar do banco o pagamento de eventuais déficits da Cassi; bem como cobrar que as despesas com os tratamentos de saúde ocupacional sejam pagas integralmente pelo banco.


No que se refere a Previ, os delegados definiram que será negociada junto ao banco a utilização do superávit para melhorias de benefícios aos trabalhadores; aumentar a democracia no Previ, com o fim do voto de Minerva e retornando à consulta ao corpo social no que diz respeito à aprovação das contas, alterações na regulamentação e no estatuto.


Na discussão sobre Bancos Públicos os funcionários querem a retomada dos comitês de defesa dos Bancos Públicos, bem como persistirão na denúncia do pacote de reestruturação que expulsa os clientes de baixa renda das agências. Também será realizado um seminário onde se definirá qual é o papel dos BP e apontará a regulamentação do artigo 192 da Constituição, que trata do sistema financeiro. Além de uma campanha Nacional que fale dos 200 anos do BB e abra debate sobre o tipo de banco publico que a sociedade precisa.


Por fim, os delegados trataram do PCS/PCC reforçando a isonomia total entre funcionários; ratificando as mesas únicas e específicas aprovadas na 9ª Conferência Nacional e lutando pela recomposição do poder de compra dos salários. Eles também pedem a reclassificação e pagamento dos dias de greve de 2003 a 2006, fim do banco de horas, volta da anuência, incorporação dos R$ 33 do dissídio de 2004 ao PCS e a antecipação do congresso do BB.


Caixa Econômica Federal - Dentro do Congresso da Caixa foram definidos os pontos referentes ao PCS, Saúde, Funcef/Prevhab, contratação e organização do movimento como principais resoluções específicas para a campanha nacional deste ano. Em relação ao PCS, os delegados querem a implantação de um novo plano, que contemple todos os empregados e garanta a isonomia entre funcionários antigos e novos. A contratação de novos concursados também é uma solicitação dos bancários, uma vez que a Caixa ampliou, nos últimos anos, o número de agências e o leque de atividades relativos ao banco social, além das novas demandas em função do PAC. “Desde de 2003, a Caixa já contratou mais de 20 mil funcionários, entretanto esse número precisa ser ampliando em decorrência da elevação de serviços e da substituição dos terceirizados”, destaca Plínio Pavão, diretor da Secretaria de Saúde da Contraf.


Em relação à Saúde foram discutidos os problemas vivenciados no dia a dia, inclusive o assédio moral, melhorias no plano de saúde (Saúde Caixa) e segurança bancária, com a implementação de mecanismos de segurança que garantam a integridade física dos bancários. Os funcionários aposentados também receberam destaque, no Congresso de discussão. “Solicitamos para esses funcionários a extensão do auxílio-refeição e o auxílio da cesta alimentação para todos os aposentados”, lembra o dirigente da Confraf.


Os delegados também aprovaram, em relação a organização do movimento, que o Conecef seja realizado em meados do primeiro semestre de cada ano, para discutir as questões específicas e propor mobilizações permanentes em cima dos temas em destaque. “As delegações serão retiradas dos fóruns estaduais, na proporção de 1 delegado para cada 300 funcionários. Essa mesma proporção será adotada para a representação de empregados aposentados”, esclarece Plínio Pavão.


O papel da caixa enquanto banco público e instrumento de desenvolvimento social e econômico do país também foi um tema reforçado pelos delegados. Segundo eles, o banco, em algumas questões, vem enfatizando demais os aspectos comerciais. “É importante que não esqueçamos a nossa verdadeira função dentro do sistema financeiro do país”, diz Plínio.


Por fim, os funcionários vão reivindicar à Caixa promoção de eleição de um representante dos funcionários no Conselho Administrativo do banco, para que seja possível participar diretamente da gestão da empresa.


Bancos Estaduais, Regionais e federalizados – Foram definidas enquanto resoluções para esta campanha Nacional os seguintes pontos: Implementação de PCS, Resgate da função social dos bancos, Democratização da gestão dos fundos de previdência, Democratização da gestão dos bancos, com a criação de DIREPs e COREPs, Combate aos processos de precarização do trabalho e Criação de banco de dados acerca deste seguimento pela Contraf-CUT sobre os processos de negociação.


Fonte: Michele Amorim - FETEC/SP

Bancos públicos ampliarão campanha por isonomia

Representantes dos bancos públicos federais – Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia – estiveram reunidos na manhã deste quarto dia da 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro para tratar de Isonomia. No período da tarde, as discussões permaneceram entre os representantes do BB e da CEF.


No ponto de discussão, considerado por todos como um dos principais problemas dos bancos federais está a questão da Isonomia. Além de massificar a campanha, os bancários também definiram pela ampliação da luta para além dos bancos públicos federais, com a inclusão dos estaduais e dos federalizados. Também ficou definido que no dia 14 de agosto será entregue um abaixo-assinado à Câmara dos Deputados, em apoio à lei 6259/2005 que trata da isonomia nos bancos.


Conforme o diretor da Secretaria de Bancos Públicos da FETEC-SP, Marcel Barros, o tema isonomia esteve presente durante todas as discussões, sejam elas, regionais ou nacional. “Contudo, esse é um ponto que merece destaque especialmente entre os funcionários de bancos públicos, pois é nesse meio que verificamos o maior grau de desigualdade entre colegas de trabalho, que exercem as mesmas funções, porém sem receber o mesmo reconhecimento”, explica o dirigente.

Fonte: Michele Amorim - FETEC/SP