30 setembro 2010

Mas o que está acontecendo com os bancários do Banco do Brasil de Taubaté?

Sob a orientação do Sindicato dos Bancários e Financiários de Taubaté e Região, os bancários da região deliberaram em assembléia geral a deflagração da greve da categoria, a partir do dia 29/09, paralisando as atividades em várias agências da cidade, dos mais variados bancos, deixando claro que os bancários vão à luta para garantir o atendimento das suas reivindicações.

23 setembro 2010

VAMOS FALAR E CONHECER MELHOR O SUS

O SUS ou o Sistema Único de Saúde é confundido, via de regra, com os problemas da Saúde Pública Brasileira, cuja responsabilidade está nas mãos dos Governos Federal, Estadual e Municipal.

16 setembro 2010

A gente não quer só comida

Próximo ao inicio dos anos 80, junto ao processo de redemocratização no Brasil e o movimento das Diretas Já, os trabalhadores passaram a promover grandes mobilizações e greves, intervindo nas relações de trabalho impostas pela ditadura e contra as desigualdades sociais.
Esses movimentos levaram ao surgimento do Partido dos Trabalhadores, e também do chamado “novo sindicalismo”, que teve na CUT, fundada em 1983, e seus sindicatos precursores, a sua principal expressão.

As greves metalúrgicas e bancárias foram momentos expressivos de luta que colocaram em cena os trabalhadores como sujeitos políticos. Essas grandes mobilizações dos trabalhadores impulsionaram a retomada da iniciativa sindical, resultando, entre outros aspectos, na criação da CUT.

Nossa central, em apenas uma década, foi capaz de alcançar uma abrangência nacional e representar as mais importantes categorias de trabalhadores. O diferencial era defender a idéia de um modelo de sindicalismo chamado Sindicato Cidadão, ou seja, uma nova visão de sindicalismo. Isso significava que, além das óbvias discussões sobre aumento de salário e melhores condições de trabalho, deveríamos incorporar às nossas preocupações o trabalhador como um ser humano integral que, além de emprego e salário, precisa de habitação, transporte, saúde, educação, lazer, segurança e oportunidades.

Trazíamos para o sindicalismo o verso: “A gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte...”.

Além de fazer e distribuir jornais, realizar assembléias e construir algumas greves, os trabalhadores não devem só trabalhar, como dizem alguns patrões, temos que nos qualificar para também disputar espaços de poder em nosso país, exercer a cidadania plena.

O melhor exemplo disso é o LULA. Onde estaria nosso país hoje, se continuasse a prática e a concepção de governo adotada pelo PSDB e demais partidos conservadores? Devemos ter responsabilidade e principalmente coragem de fazer nossa historia.

Desde quando assumi a presidência deste sindicato, sempre apoiamos candidatos ligados ao PT/CUT e, inclusive nesta eleição, apoiamos VERA SABA, que é membro da diretoria do nosso sindicato.

Apoio porque acredito que seja minha obrigação como dirigente orientar os trabalhadores a votarem em candidatos que são, essencialmente, pessoas que saíram dos movimentos de trabalhadores: compromissados com nossos interesses, que representam nossa categoria e que defendem a construção de uma sociedade mais justa, e que não represente somente a COMIDA.


Por: Luizão

13 setembro 2010

Vamos à luta!

Várias pesquisas mostram que nós, mulheres, somos as maiores vítimas do assédio moral no trabalho. Somos educadas para sermos “dóceis” e “frágeis”, e adoecemos mais do que os homens diante da violência organizacional, que exige resultados absurdos e impõe humilhação como estratégia para elevar a produtividade de nosso trabalho.

Precisamos denunciar os abusos, sermos solidárias com as companheiras vítimas de assédio e exigir melhorias na legislação, pois trabalho não é lugar de sofrimento.
Precisamos lembrar que os avanços no mundo do trabalho foram conquistados por meio de campanhas, piquetes e lutas dos trabalhadores. Se hoje as mulheres desempenham lideranças, há alguns anos, elas necessitavam de autorização do pai ou do marido para se candidatarem a um emprego.

Hoje, já conquistamos a licença-maternidade de seis meses, e não temos mais a exigência de exames de esterilização ou estado de gravidez para contratação.

Ainda temos uma longa luta pela frente, para podermos consolidar nossas carreiras sem comprometer a saúde, e sem prejuízo para nossas vidas em família ou sociedade.
Portanto, trabalhadores e trabalhadoras, vamos aproveitar este momento de campanha salarial e vamos à luta!




Maria Isabel dos Santos - Diretora do Sindicato dos Bancários e Financiários de Taubaté e Região

09 setembro 2010

BANCOS - FÁBRICA DE FAZER DINHEIRO.

Os bancos conseguiram quintuplicar seus ganhos se comparado à média mundial, elevando a cobrança de tarifas e o forte movimento de concentração bancária. A aceleração do crescimento econômico e a maior bancarização complementam o cenário.

No governo Lula, o cenário macroeconômico é o melhor possível. Os níveis de renda e emprego melhoraram muito, e vimos uma explosão no mercado de crédito e de capitais.

O lucro líquido dos três maiores grupos do país – Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil – que respondem hoje por 80% do mercado, saltou quase 420% entre os oito anos do governo do PSDB (1995-2002) e os sete anos e meio da gestão Lula (2003-2010).

Os ganhos dessas instituições somaram R$ 167,471 bilhões desde 2003, contra R$ 32,262 bilhões no governo anterior. Os valores estão corrigidos pelo IPCA.

No Governo anterior do PSDB, os bancos ganharam muito dinheiro com as operações no mercado financeiro, beneficiados pelas taxas básicas de juros, que chegaram ao teto histórico de 45% ao ano.

Naquele momento, o Brasil ainda era bastante vulnerável às crises internacionais, devendo ao FMI, e fazendo com que o governo subisse a taxa Selic para estancar a perda de recursos externos. Como se tratava de taxa que serve de base para remunerar os títulos públicos, os bancos não precisaram se esforçar muito para garantir resultados: bastava aplicar os recursos na ciranda financeira.

Entre 1995 e 2002, o BB registrou prejuízo de R$ 16,310 bilhões. Do Governo Lula para cá, a estatal já lucrou R$ 50,298 bilhões, pouco mais do que o Bradesco. O Itaú Unibanco lidera os ganhos na era Lula, com R$ 67,120 bilhões.

Com a redução dos níveis da Selic (que chegou ao piso de 8,75%), os bancos passaram a emprestar mais ao setor produtivo e às pessoas, já que os ganhos com Tesouraria não eram tão atraentes.

De 2003 para cá, os bancos também passaram a cobrar mais tarifas. Ao todo, as receitas com cobrança de serviços – tarifas bancárias, de fundos de investimentos, de seguros etc. – saltaram para 83% entre as eras FHC e Lula, somando R$ 258,7 bilhões só entre 2003 e junho passado. No caso do Bradesco, as receitas com serviços cresceram 130% no período, somando R$ 76,1 bilhões.

As operações de empréstimos dos bancos tiveram expansão de quase 170% entre os dois governos, totalizando R$ 3,575 trilhões, valor também corrigido pela inflação. Destaque para o Itaú Unibanco, com um salto de 200% no período. Na era Lula, o estoque de crédito no setor financeiro saltou 300%, chegando a R$ 1,529 trilhão. Já no governo anterior, a expansão não passou de 110%.

O excelente resultado do setor agrada o Presidente Lula. Recentemente, ele disse que “fica feliz que os bancos estejam ganhando porque, caso contrário, poderiam ter de receber recursos do Estado em épocas de crise, como o americano Lehman Brothers”.

Tudo cria um cenário que deveria extinguir qualquer dificuldade em negociar salários com esses senhores, mas muito pelo contrário, a intolerância e arrogância dos banqueiros são insuportáveis.

A categoria bancária tem que estar preparada para a greve, sob pena de nossa campanha salarial ser esvaziada pelas eleições que se aproximam.

Luizão - Presidente em exercício do Sindicato dos Bancários e Financiários de Taubaté e Região