17 julho 2009

Conferência aprova pauta de reivindicações e estratégia da Campanha 2009

Após três dias de discussões, os 640 delegados de todo o país presentes à 11ª Conferência Nacional dos Bancários definiram neste domingo a pauta de reivindicações e a estratégia da Campanha 2009.

Veja fotos da participação do Sindicato na Conferência!

As principais bandeiras são índice de reajuste de 10% (reposição da inflação mais 5% de aumento real), PLR de três salários mais R$ 3.850, contratação de toda remuneração dos trabalhadores (inclusive a parte variável), valorização dos pisos salariais, combate às metas abusivas e ao assédio moral, PCS para todos, mais segurança nas agências e regulamentação do Sistema Financeiro Nacional, que incentive o crédito e reduza os juros.


Está mantida a campanha nacional unificada entre bancos públicos e privados, com negociações das questões de cada banco sendo realizadas simultaneamente em mesas específicas. A pauta de reivindicações será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no início de agosto.

Aumento real de salário

Confirmando a vontade manifestada pela maioria dos bancários nas consultas feitas pelos sindicatos em todo o Brasil e pela pesquisa encomendada pelo Comando Nacional, os delegados que participaram da Conferência Nacional aprovaram reivindicar o índice de reajuste de 10%, o que pelas projeções da inflação para setembro significa aumento real de mais de 5%. O mesmo índice de reajuste deve ser aplicado nas demais verbas salariais (como vale-alimentação e refeição).

PLR maior e contratação da remuneração total

A reivindicação definida após os debates da conferência e que será levada aos banqueiros é o pagamento de três salários mais R$ 3.850 a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Essa é uma das alternativas de distribuição da PLR que o Comando Nacional havia apresentado na semana passada à Fenaban, nas conversações já iniciadas visando a mudança na fórmula de pagamento, de maneira a torná-la mais justa e transparente.

Os representantes dos bancários que participaram da 11ª Conferência Nacional também aprovaram a proposta de contratação total da remuneração da categoria, incluída a parte variável.

Valorização dos pisos

Os bancários querem a valorização dos salários de ingresso na categoria, com o piso salarial de escriturário baseado no salário mínimo do Dieese, de R$ 2.047. O piso de portaria seria de R$ 1.432,90 e o de caixa R$2.763,45. Para o primeiro comissionado, a reivindicação é de R$ 3.477,88 e para o primeiro gerente R$ 4.605,73.

Plano de Carreira

A Conferência manteve a proposta de criação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos os bancos, com o acompanhamento dos sindicatos - que já estava na pauta de reivindicações do ano passado.

A proposta prevê 1% de reajuste a cada ano de trabalho. A cada cinco anos, esse reajuste será de 2%. O banco é obrigado a promover o bancário pelo menos um nível a cada cinco anos. A proposta de PCS determina, ainda, que os bancos são obrigados a treinar o trabalhador para a nova função por no mínimo 60 dias. E quando houver uma nova vaga, o banco é obrigado a fazer um processo de seleção interna para preenchê-la. Para cada cargo e função, o banco deve apresentar a grade curricular necessária e oferecer o curso aos trabalhadores dentro do expediente. Em caso de descomissionamento do bancário, a comissão será incorporada ao salário integralmente.

Preservação do emprego

Novas contratações, fim das terceirizações, garantia de emprego inclusive durante os processos de fusão, luta pela ratificação da Convenção 158 da OIT que proíbe dispensas imotivadas, acabar com as demissões por justa causa em função de endividamento, respeito à jornada de trabalho. Essas foram algumas das prioridades definidas pelos trabalhadores para garantir o emprego dos bancários.

Os delegados bancários também definiram reivindicar a ampliação do auxílio-educação para todos e a licença-maternidade de seis meses.

Fonte: Contraf-CUT

Crédito da foto: Renato Silva/Rede de Comunicação dos Bancários

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