13 julho 2007

BMB se recusa a negociar e reunião termina em impasse

Em negociação com o Banco Mercantil do Brasil (BMB) realizada no último dia 26 os representantes dos bancários apresentaram à instituição contraproposta do funcionalismo sobre a PLR complementar e deixaram claro que a assinatura do acordo só ocorrerá com a alteração da proposta do banco, que é prejudicial aos bancários e pode aumentar assustadoramente o assédio moral e as doenças ocupacionais nas agências. Porém, o Mercantil mais uma vez se mostrou intransigente, negou todos os itens da contraproposta dos funcionários e não aceitou negociar.

Entre as principais mudanças apresentadas pelo Sindicato e Contraf-CUT estão:
- A desvinculação da PLR complementar da participação nos lucros já estabelecida pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O banco quer descontar a PLR complementar da PLR estabelecida pela CCT;
- Revisão da meta de crescimento estipulada pelo banco. O Mercantil quer condicionar a PLR adicional ao crescimento de 105% do lucro;
- Pagamento da PLR complementar proporcional ao lucro a ser obtido pelo banco no período de vigência do acordo. Na proposta do Mercantil, a PLR só será paga se o crescimento de 105% for alcançado;
- Revisão na distribuição dos lucros entre os participantes do programa. O banco está privilegiando o alto escalão e pagando menos aos demais funcionários.

“O Mercantil, mesmo sabendo que o fechamento de 15 agências irá afetar o desempenho do banco, afirma que pode ter um crescimento de 100% no lucro em 2007. E se recusa a rever essa meta absurda ou a distribuição justa do lucro entre os funcionários”, relata Marco Aurélio Alves, diretor do Sindicato e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil.

Durante a reunião, o banco se recusou a negociar e ainda informou que já assinou o acordo com a Contec.

“O banco montou um teatro na reunião. Além de se recusar a discutir a PLR complementar, o Mercantil afirmou que já havia assinado o acordo. A CONTEC novamente mostrou que está a serviço dos banqueiros e aprovou um acordo para prejudicar os funcionários”, afirma Vanderci Silva, bancários o Mercantil e diretor do Sindicato.

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