08 maio 2008

Campanha de Combate à violência contra as crianças e os jovens

A Fetec-CUT/SP, a Afubesp e a Contraf/CUT lançaram na terça, dia 6, a Campanha de Combate à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, que conta com apoio de diversas outras entidades. Durante o lançamento a delicada e dolorosa questão dos abusos contra menores foi discutida abertamente pelos convidados que participaram da mesa de debates.

> Leia a cartilha da campanha

Transcender a esfera sindical e trabalhista e ampliar a luta por uma sociedade mais justa.Esse é o objetivo da FETEC/CUT-SP, ao lançar a Campanha. De acordo com a diretora de Políticas Sociais da FETEC/CUT-SP, Maria Izabel da Silva, a campanha visa informar sobre tais abusos, além de estimular denúncias, de forma a coibir a prática e favorecer a penalização dos abusadores. “Não é justo ver direitos humanos desrespeitados. Por isso precisamos refletir sobre que país nós queremos e, a partir daí, darmos a nossa contribuição”, declara a coordenadora da campanha.

De acordo com estudos da The American Humane Association, 80% das vítimas de abuso sexual infantil conhecem seus abusadores. Desse grupo, aproximadamente 68% é membro da própria família, 80% dos abusadores são homens e 20% mulheres. A média de idade do início do abuso é de 9,2 anos para as mulheres e 7,8 a 9,7 para os homens.

A data - Com o movimento, os bancários esperam difundir a data de 18 de maio, cuja origem remonta ao assassinato da menina Araceli Cabrera Crespo, em 1973, em Vitória (ES), após ter sido raptada, drogada e estuprada por dois rapazes de classe média. Por influência das famílias, eles nunca foram condenados, apesar de o crime ser considerado hediondo.

Campanha - A primeira fase da campanha conta com distribuição de cartazes, adesivos e uma cartilha de 28 páginas com informações sobre causas, tipos e conseqüências de violência sexual contra crianças e adolescentes, além da classificação de abusadores e orientações para identificação e prevenção dos abusos. Também será divulgado o Disque 100, de abrangência nacional e gratuito, que recebe denúncias preservando o anonimato do autor da ligação. Para um segundo momento, a entidade projeta a organização de debates com envolvimento de demais setores do movimento sindical e organizações da sociedade civil.

Fontes: Fetec/SP e SP Bancários

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