27 junho 2008

Assembléia aprova novo PCS da Caixa negociado pelos trabalhadores

Foi aprovada em assembléia realizada na noite de quinta-feira, dia 26, na na Sede dos Bancários em Taubaté, a proposta negociada pelos trabalhadores com a Caixa Econômica Federal para o novo Plano de Cargos e Salários (PCS) dos empregados.

A proposta foi arrancada da direção da empresa depois de duro embate na mesa de negociação e da grande mobilização nacional dos bancários.


Confira aqui as tabelas para entender melhor o PCS aprovado.


A migração para o novo plano é facultativa ao bancário, ou seja, é ele quem decide se entra ou não no formato aprovado. Vale ainda salientar que novo PCS passa a fazer parte da Convenção Coletiva de Trabalho vigente.


Entenda
- A principal conquista é a unificação das tabelas dos empregados admitidos até 1989 e a partir de 1998. O piso e o teto, que ficaram em R$ 1.244 e R$ 3.700, respectivamente, proporcionam uma amplitude de 197,4% na carreira, que agora passa a ter 48 níveis, melhorando a perspectiva de ascensão e elevando o percentual do interstício de 1,54% para 2,35%.


Para compensar os empregados que ficaram sem receber promoção por mérito e para a desistência de ações colidentes ao PCS, será feito o pagamento de parcela indenizatória, livre da incidência de imposto de renda, que varia de R$ 500 (para os recém-contratados) a R$ 10 mil (empregados mais antigos), de acordo com um cálculo que combina o salário padrão (após o enquadramento na nova tabela) com o tempo de serviço na Caixa.


A adesão ao novo PCS é vinculada ao saldamento do Reg/Replan. Durante as negociações que resultaram na proposta aprovada pela assembléia dos empregos, a Caixa informou que irá propor à Funcef a abertura de novo prazo para adesão ao saldamento.


Negociações
- Foram meses de negociação em torno do Plano de Cargos e Salários. Um dos principais temas debatidos foi em relação ao tempo em que os empregados ficaram sem ter qualquer tipo de promoção por mérito, por conta do longo período em que a Caixa esteve sob a gestão de Fernando Henrique Cardoso.


Os empregados propuseram o acréscimo de dois deltas e a direção da Caixa não queria fazer qualquer pagamento. Depois do embate, a empresa recuou e apresentou a proposta que criava a parcela indenizatória que variava entre R$ 311 e R$ 8.000.

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